quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Almas que voam com o vento

Deitada sobre um nada ou quem sabe sobre um tudo seu coração parou de bater, suas veias pararam de pulsar, não existia mais vida em seu corpo, virou carne e ossos, como se sua vida não tivesse valido nada, como se não tivesse visto a chuva cair ou o sol se abrir.
Como se não tivesse nascido, simplesmente morrido.
Mas há algumas horas antes ela estava viva, ela cantava, dançava e até pulava se fosse preciso. Seu olhar irradiava vida. Era engraçada, corava fácil e tinha um nível muito avançando em questão de inteligência.
Mas onde ela está agora? Eu sei que o corpo dela está ali, frio e sem vida, mas e a alma dela?
A inteligência dela continua intacta? As lembranças, as promessas? Mesmo sem cérebro, mesmo sem o corpo?
Ou a alma dela morreu ali, no momento em que seu coração congelou?
Toda uma vida se foi...
Todos os sonhos...
Quem sabe a alma dela tenha ficado rondando as pessoas, olhando de fora, invisível e às vezes passando mensagens para médiuns. Eu particularmente não gosto muito desta hipótese. Mas tenho minhas oscilações e fico tentada a acreditar.
Quem sabe exista um céu e um inferno, como cristã não deveria nem estar duvidando disso, mas eu acredito que se nós submetemos as idéias dos outros não vamos ter nossas próprias opiniões.
Ou ainda, a alma dela pode ter sumido, morreu junto ao corpo, não existe mais. Eu não acredito nessa terceira idéia, pois nós não vivemos tantas coisas para depois tudo se acabar.
Quero que exista um final mais feliz que a morte, mas antes de isso acontecer comigo eu pretendo viver muito e aproveitar o máximo agora. Um dia vai chegar à hora de eu descobrir para onde vai minha a alma e se eu puder eu aviso vocês - risada sádica.
 

 Pro Jorge, com quem falar de vida e almas não é tão difícil quanto se esperaria.

2 comentários:

  1. Tenho receio de pensar sobre isso, mas sempre acabo pensando. Tenho que admitir que tenho muito medo da morte :(

    :*

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  2. Sempre que penso nisso fico um tempão filosofando e no final não cheguei em lugar nenhum, só fiquei um pouquinho mais temorosa em pensar que o meu tempo nesta vida vai se esvaindo a cada instante. Adorei o texto.

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Nunca sabemos de tudo.

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