quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vergonha "alheia"


De repente você enrubesce, tenta sumir, desaparecer. Mas ao invés disso você fica vermelha, as suas mãos suam, e as cordas vocais travam.
Existem momentos na vida que a timidez e a vergonha estragam tudo, já passei por isso, não vou negar, estou lá pronta pra apresentar um trabalho, e na hora eu travo, dá um branco, então eu começo a ler que nem uma louca o texto que eu tenho na mão para pelo menos não tirar zero, acontece, faz parte da vida.
Mas mesmo fazendo parte da vida eu sei que isso não é legal, o teatro me ajudou muito a superar a parte tímida da minha vida, ele liberta traz coisas boas e também ensina.
Mesmo sabendo que eu consigo falar em público (nos meus dias bons), falar sobre meus sentimentos é algo totalmente diferente, e muito, mas muito mais complicado. 
Tenho uma extrema dificuldade de falar o que estou sentindo, e se o faço é só pra as pessoas que eu conheço de verdade, que eu sei que são leais, que não irão interromper meus devaneios malucos. Eu particularmente prefiro ouvir, mesmo que às vezes minha memória me traía e eu esqueça o que foi falado, é a minha natureza, e segredos sempre serão guardados.
Algumas vezes eu acho que tenho mais medo do que vergonha, medo do que irão dizer, medo de ser criticada, uma frase ruim sobre mim me abala mais do que mil frases boas, não gosto muito de conceitos pessoais.
Acho que vencer a timidez é algo que tem que vir totalmente da pessoa, de ter uma determinação. Eu sei que parece impossível, mas a verdade é que tudo é uma questão de costume. Eu não quero me acostumar a falar sobre meus sentimentos, eu gosto de guardá-los para mim. 
Eu só não consigo apresentar um trabalho quando eu não sei sobre o que é que ele fala, temos que entender para poder explicar, e a wikipédia não ajuda muito nessa questão não é?
Em minha opinião força de vontade é a resposta, querer não é poder, temos que tentar para aprender.
Timidez tem muito charme sim, mas tem limites, ficar vermelha quando me falam algo que mexe comigo é uma coisa, mas se eu não consigo corresponder, ou até mesmo responder eu preciso me acostumar com esses momentos, e me alongar - perdoe esse alongar, eu sempre alongo o pescoço e as mãos quando fico nervosa.
O rubor faz parte da vida e a superação também. A gente tem que se conhecer para aprender a conviver em sociedade, reprimir a si mesmo não faz bem a ninguém, as coisas boas só vem depois que plantamos aquilo que queremos para nós mesmos. Pense nisso.



5 comentários:

  1. Eu sei o que é ser tímida. Já me disseram que teatro ajuda. Mas não me imagino fazendo teatro nunca. Eu já ate melhorei sabe, mas tem certos momentos que minha timidez atrapalha demais. Nem sempre isso é bom.

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  2. Gostei muito.
    Assunto bom de se falar e gostei do modo que você colocou ele aqui.

    Um Beiijo

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  3. Sei bem o que é isso. Ficar vermelha é a pior denúncia que pode haver de algo que a gente sente. A pior parte é quando a gente sabe que isso vai acontecer e fica mais vermelha ainda, e as pessoas adoram comentar... Mas enfim, acho que é como você disse, uma questão de costume, a timidez.
    Bom, tem alguns selos para você no meu blog. Desculpe a demora para avisar, as coisas andam meio corridas por aqui.
    Beijos!
    PS.: Li seu post passado e fiquei morrendo de vontade de ler a série. Os filmes já foram bons, os livros devem ser melhores ainda. *-*

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  4. Se você me conhecesse fora do virtual, diria que está falando aqui, neste texto, diretamente pra mim! Pretensão, né? :) Mas, por me reconhecer excessivamente tímida em alguns aspectos, me identifiquei com todo esse texto! Apesar disso, concordo com você: "...as coisas boas só vem depois que plantamos aquilo que queremos para nós mesmos!"

    Parabéns pelo belo post!! Beijinhos, ótimo fim de semana!

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  5. "...as coisas boas só vem depois que plantamos aquilo que queremos para nós mesmos!" Adorei o texto todo mas isso marcou.

    Eu não sou tímida, depende muito a ocasião!

    Beijo, até mais.

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Nunca sabemos de tudo.

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