Eu olhei para ele, tentando não mostrar o quanto aquelas palavras faziam com que eu me sentisse suja e mentirosa. Seus olhos encontraram os meus e senti a verdade exalando em meu olhar. Mas ele não.
Ele não me conhecia o bastante, mesmo sendo meu e precisando de mim.
Meus sorrisos eram enigmas que ele não foi capaz de desvendar, minha boca queria se abrir em desculpas, mas ele era meu, e eu gosto de guardar tudo aquilo para que sirvo de base, mesmo que seja com gestos falsos, mesmo que seja com ilusões e enganos alheios.
Minha boca se escancarou em um novo sorriso, um mais tímido, era a vergonha, ele já o conhecia, mas não sabia o que significava de verdade.
Não falei nada, baixei os olhos e olhei para minhas mãos, quanto mais eu tentava me desenrolar desse grande emaranhado de fios de aranha mais as coisas ficavam confusas e complicadas.
Eu conheço todos os portos,
Cada Sul, cada Norte
Eu conheço sem esforços,
Conheço o que vão dizer
Que eu sou boa ou me maldizer,
E isso me faz sorrir...
Cada Sul, cada Norte
Eu conheço sem esforços,
Conheço o que vão dizer
Que eu sou boa ou me maldizer,
E isso me faz sorrir...
(Carla Bruni - Tradução de "J'en Connais")
Coisas assim eu nem acho palavras pra comentar.
ResponderExcluirLeva um tempo para a gente aprender a ler sorrisos, expressões, intenções. E nem sempre o que vemos é o que gostaríamos de ver.
ResponderExcluirBjs
Sentindo coisas que eu nem lembrava que existiam em mim depois de ler esse texto. JURO.
ResponderExcluirSeus textos, sempre me encantam.
Beijos
A dúvida do amor, a dúvida do que um sorrisso quer dizer, até decifrar cada um, quanta coisa não já aconteceu, e nem é o que esperavámos.
ResponderExcluirMuitas vezes o amor nos faz confusões.
ResponderExcluirEu simplesmente amei este texto. Como um todo. As palavras estão muito harmônicas Ale, de verdade. Muito belo.
ResponderExcluirMeu carinho, Marina.