quarta-feira, 30 de junho de 2010

Vícios da juventude

Não existem formas corretas de amar. Não podem definir termos ou contratos para o que sentir ou quando sentir, simplesmente acontece.
Deixar-se levar pelo coração pode ser considerado um vício, algo que depois de experimentar algumas vezes se torna indomável. Não considero isso um defeito, pois não adianta tentar repudiar os sentimentos, entre a razão e a emoção, a razão muitas vezes acaba dando-se por vencida, assim a emoção fica com seu lugar garantido no pódio. Não que eu desconsidere a razão, tenho um profundo respeito pela racionalidade, e quem me conhece sabe disso, já deixei milhões de vezes a emoção de lado, enquanto fazia com que a parcialidade dominasse a minha vida, mesmo eu achar muito errado dar preferência a injustiça.
Normalmente quando gostamos de algo momentaneamente tomamos decisões precipitadas, mas depois de refletir, de pensar, percebemos como fomos idiotas, e isso não se dá uma ou duas vezes, mas sim muitas em nossa vida, e isso se chama agir com a emoção.
Desculpem-me a tagarelice desnecessária, só estou em uma fase em que se pede reflexão, não esquecendo é claro, com muito Jane Austen na veia.
Como livros clássicos me deixam com vontade de pensar sobre os meus próprios sentimentos eu resolvo escrever e deixar assim as coisas mais claras, não que tudo que eu pense seja de conhecimento geral, ou seja, eu não escrevo tudo aqui.
Mas enfim, ótimos resto de semana, beijos&queijos.

O que acharam do novo lay? Vocês não sabem o trabalho que dá pra arranjar as imagens!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nada impede as pessoas de não terem objetivos na vida, de não terem sonhos. Nada impede ninguém de não ter desejos, se a liberdade existe como todos gostam de exaltar,  podemos dizer que as próprias escolhas são feitas disso, de sermos diferentes e ansiarmos por coisas diversificadas. Mas o que seria da vida humana sem algo para correr atrás? O que seria da vida humana sem uma fé maior? Sem um objetivo para manter as coisas sempre em ordem?
Imagine a vida sem aquilo que você tanto quer, imagine você não ter no que pensar antes de dormir, imagine você caminhando para um nada.
Não existem pessoas sem objetivos, assim como não existem pessoas sem fé.
Quando você cheira uma flor, você não vê o perfume, você o sente, e é nisso que se baseia a fé, no sentir.
Não interessa se você é judeu, budista, cristão, hindu, islamista, espírita ou taoísta.
Você tem que ter fé em algo maior que você, algo em que você acredite. E isso não é nenhum tipo de sermão cafona em que você vai terminar de ler e chorar rindo, pensando em como as pessoas são tolas tentando mudar opiniões.
O mundo é feito de escolhas, algumas vezes não tão boas, não tão certas, e não acreditar em Deus pode ser uma das suas. Discorde se quiser, mas se você não tem fé em algo, você não tem um verdadeiro objetivo.
Pense em como seria sua vida sem aquilo em que você tanto acredita;
Imagine você sem Deus? O fato é que você pode questionar se Ele existe ou não, deram para o mundo todo histórias prontas, histórias que algumas vezes ficam sem respostas, como por exemplo, ir para o inferno só por que Eva comeu uma fruta, questionar faz parte da vida, se você não questiona, você não aprende.
Muitas pessoas criticam aqueles que questionam, mas eu não diria que calar a boca e sentar quieto é um modo de aprender.
Imagine você sem a ciência? Ela já nos ajudou, já curou e está sempre nos ensinando mais, mas você a conhece o bastante para dizer que ela é a sua fé? Que é ela que o mantém adiante? Que é ela, a ciência, é que faz com que você corra atrás do que você tanto anseia?
Se essa é a sua fé, eu bato palmas pra você, primeiro pela sua coragem de ir contra milênios de história, de ir contra opiniões formados, e anciões que sempre conseguem argumentar o bastante para ter a verdade entre as mãos. Depois pela tolice, de não conhecer a ciência o bastante e confiar nela a ponto de crer que ela é a sua religião.
O ateísmo é para os céticos, pois não se tem algo em que ter fé, em que acreditar verdadeiramente. Não se tem uma base na vida, algo em que se possa dizer eu acredito verdadeiramente, mesmo algumas vezes tendo dúvidas o mundo gira em torno de milênios de histórias bem contadas, e você acreditando ou não se não fosse a religião, e na maioria das vezes o cristianismo, muitas coisas não seriam realidade.
A religião baseada em algo que acreditamos ser maior que nós é o que mantém os seres vivos em comunhão, acreditem vocês, querendo ou não, o mundo estaria quadrado de tantas guerras e violência.
Adolf Hitler foi católico, mas depois se desvirtuou totalmente, querendo ser o próprio Deus, se as pessoas não têm algo a que temerem elas tentam dominar uma as outras, tentam ter cada vez mais poder, e ferem o mundo com suas injustiças.

domingo, 27 de junho de 2010

O peso da compaixão

Havia um sorriso melancólico por trás daquele rosto, um sorriso íntimo, que não gostava de aparecer. Nem o próprio o conhecia, ou não gostava de dizer que sabia que o sorriso existia.
Dores eram sinalizadas a distância, ele sabia o que era sofrer, o que era amar, o que era matar...
Sua mente enchia potes de egoísmo e individualismo.
Ele pedia perdão, mas em vão...
A raiva era controlada, os sentimentos não vazavam por entre suas vértebras intocadas, ele se mantinha nulo, não escolhia, não tocava, não gostava de ser racional, pois isso o deixava mal.
A tortura de todas as manhãs era ter que ouvir o som da voz dela em sua cabeça, estava  sempre presente, uma ferida aberta eternamente, sob o peso incondicional de levar o sangue ao chão.
O medo não era nada comparado a solidão, a cegueira deixava-o de olhos abertos, olhos abertos na escuridão, olhos abertos sobre as águas, sobre o peso da compaixão, sobre a dor de não receber mais perdão.
Não sei dizer se ali existe escapatória, não sei dizer se algum dia vai mudar, mas as frutas que caíram nunca mais voltarão ao seu lugar.
A escuridão ali presente nunca viu réstia de luz, os olhos tristes e encabulados, os lábios murchos e amargurados, morrerão sem ver a beleza do céu, sem sentir o doce calor de um beijo com amor.


                      
Pauta para Palavras Mil
Tema: Imagem

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma dose de tudo que há de melhor

Meu dia está tenebroso hoje, é o tipo de dia em que se chora antes de dormir, ou em que eu choro enquanto escrevo isso, como quero uma vibe boa vou escrever um texto sobre as coisas boas do mundo, bem ao estilo Florzinha, Docinho e Lindinha. Por quê?
Por que como minha mãe sempre me diz, inclusive disse isso hoje, a gente deve ver sempre o lado positivo de todas as coisas. Então, é isso ai:
Eu não gosto de acordar cedo, mas como é bom que exista o amanhecer, que exista o sol, como é bom que ele nasça e se ponha todos os dias. Como é bom eu ter visão para conseguir vê-lo, como é bom sentar na frente de casa e enquanto o sol se põe.
Eu não gosto de ter pesadelos, mas como é bom descobrir que não estou em estado vegetativo e que eu posso me levantar como bem entender.
Como é bom ter medo, pois assim eu sei que acontecerem coisas ruins terão sempre pessoas ao meu lado pra me apoiar.
Como é bom viver, como é bom ter duas pernas, dois braços, dois olhos, um nariz, dois buraquinhos no nariz, todos os dentes inteiros e um coração intacto!
COMO É BOM VIVER!
Prometo parar de me estressar, mesmo eu não sendo feita de tudo que há de melhor no mundo (meninas super poderosas) eu sei que existem coisas piores do que pelo que eu passo.
Beijos e boa semana!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Infortúnios e coisitas mais!

Uau! Foi isso que Lady Diana Spencer disse ao ver o Príncipe Charles pela primeira vez pessoalmente.
Uau! É isso que eu digo quando estou com dor de cabeça.
Ontem de manhã me deu uma vontade de andar de bicicleta. Estava frio e eu não queria caminhar, tinha um sol gostoso e eu fiquei imaginando como seria bom estar com a minha bicicleta ali. O vento batendo na cara, as bochechas geladas e o nariz vermelho. Sim andar de bicicleta é bom, e faz tanto tempo que eu não ando, às vezes deixamos algumas coisas boas de lado não é?
Ontem de tarde me deu um ataque romantismo mode on e eu olhei "Orgulho e Preconceito" - de novo -, não me culpe eu tenho uma paixão totalmente não-opcional por esse filme, e fala sério, Jane Austen não escreveu livros, ela fez arte, isso sim, cada personagem tem uma personalidade tão delineada e diferente, sempre se encaixando um ao outro que me arrepio só de pensar no quanto deve ser estressante escrever um livro.
Ontem de noite dancei muito "Lady marmalade - Christina Aguilera" - não entendam -, haha, minhas pernas doem.
Cheguei nove e meia da noite em casa e fui tomar banho, então dormi feito um anjinho, mas com o cabelo MOLHADO!
O que foi o fim da picada por que eu estou com gripe e acordei com a cabeça doendo muito, a dor parou de tarde, mas agora voltou! Ai que triste!
Pra piorar meus lábios estão hipermegaultra rachados, e podem crer dói. Além é claro de eu ter que usar a porcaria da borrachinha no aparelho, o que ta fazendo com que meu dentes fiquem sensíveis e eu não consiga mastigar nada direito!
Tive teatro hoje de tarde e isso me animou um pouco, mas mesmo assim estou estressada, essa semana anda muito opressiva, sério eu olho pro meu dia de amanhã e vejo um trabalho e uma prova, eu olho pra depois de amanhã e vejo mais um trabalho e entrega de boletins, to mal e precisava desabafa. Fisicamente sinto mais dor que mentalmente, meus músculos estão num estado totalmente blérgh.
E outra, eu não aguento mais trabalho sobre a Copa do Mundo, todas as professoras, entende o que é isso?! Todas as professoras passaram trabalho!
Tchau, se eu não sair daqui minha cabeça vai cair, e sinto muito, sem cabeça eu não sobrevivo ¬¬'

Orgulho e Preconceito - filme *---*

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Confrontos

Já fazia 136 malditos dias. Longos, demorados e infernais. Afonso sabia o número de cor por que a dor de estar tão longe de tudo que amava fazia com que ele só pensasse nisso; na volta daquele lugar horrível, onde tudo é tão limitado, tão escasso e longe dos privilégios que sempre teve.
A saudade da família aos poucos corroia suas veias como se fosse veneno, sentia ódio por todos esses transgressores políticos que tinham uma vida extremamente luxuosa e boa nos Estados Unidos da América, enquanto Afonso e outras centenas de soldados sentiam a insegurança de não saber quando poderia acontecer o próximo ataque e se sobreviveriam.
O sangue gelava quando Afonso pensava que poderia ser o próximo a morrer. 4.394 americanos já haviam sido mortos até aquele momento, quantos mais precisariam para por fim aquilo? Quantas famílias ainda precisariam ser avisadas que seu filho, seu pai, seu irmão morreu?
Aquele conflito estava desencadeado a tantos anos, que muitos ainda se perguntam por que da ocupação por parte dos EUA, será mesmo que é por bombas nucleares? As dúvidas dos soldados eram diariamente o pior sofrimento, e só havia uma coisa que acalmava aqueles corações despedaçados pela guerra...
Cartas.
Quando se está perto de tudo que se ama e que se conhece de verdade não damos importância para o que nos cerca, para o que segura nossa mão ou o que nos faz sentir bem; o que aumenta ainda mais o baque de se sentir distante.
Mesmo Afonso estando inconformado não havia chances de falar com a família se não por meio de cartas. Algumas vezes demoravam semanas, mas havia sempre uma certeza: elas chegavam.
E hoje para a felicidade nada infinitesimal de Afonso era o dia de cartas, onde todos aqueles homens de farda ficavam piegas tentando ler o mais rápido possível, para depois reler, e reler, e reler, até que chegasse outra para consolar as tantas almas desconsoladas.

Afonso se sentou na poeira e deixou a arma ao seu lado, sem medo e sem tensão, só com a vontade de todas as partículas de seu corpo de ler aquela carta.
Abriu com cuidado, tentando não sujá-la e se pos a ler.

Querido Afonso, 


Primeiro desculpe a sua mãe pelo tamanho da carta, sua avó Nilza morreu ontem a noite, seu pai está cuidando de tudo, acabamos esquecendo de escrever a carta, eu sei que é importante receber algo, principalmente estando tão longe da família.
Eu sei que é difícil pra você, tão sozinho e sem ninguém receber uma notícia desse porte. Rezo toda a noite pela sua vida, às vezes é tão difícil conviver com a saudade que já me peguei acordando de noite milhares de vezes pensando em você.
Filho, eu te amo, e você sabe disso, não posso me demorar mais, pois o tempo está passando, e como você sabe se eu não chegar na hora a carta não vai ser entregue a você. Não nesse mês.
Com amor, 
Dolores.

Afonso guardou a carta e começou a sentir uma profunda nostalgia dos tempos em que ficava conversando com a avó sobre coisas vãs, coisas tolas. Quando ela o mimava ou o xingava. Não poderia ver ela uma última vez, nem se despedir, só esperava que ela estivesse sempre ao seu lado, como sua mãe e seu pai, em outro continente.

 Pauta para Bloínquês
Edição Visual.

sábado, 19 de junho de 2010

Quatro vidas

08h23min da manhã

Bino caminhava trôpego pela rua, era domingo de manhã, havia acordado mais uma vez na calçada, jogado em uma rua qualquer. Percebeu-se com a blusa manchada de sangue, o cabelo continuava intacto em seu sempre "original" topete ruivo e ainda mantinha o cavanhaque levemente sedutor.
Não sabia definir o que havia acontecido na noite anterior. Poderia ter tentado abusar de alguma mulher, o que não seria a primeira vez, estranhas como as mulheres são hoje em dia ela ou elas teriam batido nele, o sangue pelo menos teria uma explicação.
Sua cabeça latejava, lembrava o som de besouros. Não sabia o que tinha feito, e só tinha uma certeza, também não sabia para onde estava indo.

10h00min da manhã

Tinha sido uma noite cansativa para Calunga, estava trabalhando como um escravo na rede de seguranças mais forte de São Paulo, a boate da noite anterior estava tão cheia e exaustivamente barulhenta que o trabalho começou a ser levado para casa.
Uma mulher totalmente maluca e com cara de doente se agarrou em outra dizendo que era pra ela largar o cara com quem ela estava dançando. Um homenzinho com um cavanhaque ridículo que ficou dando trela pra mulher louca e concordando quando ela dizia que ele era o Brad Pitt. As duas mulheres ficaram enlouquecidas juntas e se pegaram no tapa quando o homenzinho saiu deixando as duas sozinhas. A mulher com cara de doente resolveu ir atrás do tal homem depois que Calunga apartou a briga delas. Ela deu uma surra no tal do Brad Pitt de mentira. Ele ficou tão mal que o dono da boate mandou Calunga levar ele pra casa e tirar o resto da noite de folga para cuidar do homem e não criar problemas com a polícia.
Seu colega de apartamento não ficou nada feliz quando ele chegou com o homem todo ensaguentado dentro de casa, o homem do cavanhaque havia vomitado em cima das folhas da última reunião dos AA que o colega era presidente.
Sabia que se o colega aguentava o barulho inquietante 24h. por dia de seus 2000 mil besouros sul-asiáticos, então comprar uma briga não seria nada simpatico, que culpa tinha Calunga se colecionar insetos era seu forte e sua renda era ser forte?
O pior de tudo é que o homem ensanguentado do cavanhaque havia sumido, era dez da manhã e Calunga pensava que o homem pelo menos poderia ter dito obrigado. Fazer o que, devia ter se assustado ao acordar em uma casa estranha.

13h20min da tarde

Não ajudava em nada ter insônia para Thalita, chegava sempre ao ápice do estresse nas noites em que não havia mais nada para fazer, estudante do segundo ano em publicidade tinha um fraco desnecessário por famosos, mais de mil fotos do Brad Pitt e uma tensão exageradamente acumulada.
Normalmente saia no sábado à noite para dar uma esfriada, dançar um pouco e achar alguém minimamente interessante, principalmente se se a noite estivesse para insônia.
É verdade que havia bebido um pouco demais na noite anterior, o que sempre gera confusão. Na sua mente sobravam alguns vestígios de que fora expulsa da boate, e que teve uma briga com alguém, mas poderia ser só simples imaginação, se bem que teria colocado em prática os três anos de Box que havia feito.

07h05min da manhã

Aquele zumbido chato e incessante, o modo calmo e complacente de Calunga lidar com tudo e as noções ordinárias de higiene que ele tinha levavam Arselio a loucura.
Na última noite Calunga havia levado para o apartamento um bebado, Arselio o conhecia de outras épocas, quando ainda saia para "trançar" algumas. O homem um tal de Bruno, Breno, ou sei lá, era o rei da charlataria barata e desclassificada. Em menos de um minuto podia fazer coma que todas as mulheres a sua frente saissem ou ficassem para sempre. Contava mais lorota do que pai de santo, e ontem estava ali, deitado ao lado do vidro de besouros, Arselio sabia que ele ia acordar com uma dor de cabeça desgraçada, bem feita, quem mandou vomitar nos formulários dos AA? Teria que pedir outros e não era fácil fazer com que os “amiguinhos" anônimos assinassem aquilo, começando pelo fato de que teriam que estar sãos.
Arselio tirou o homem o charlatão pra fora antes de Calunga acordar, seria um problema a menos para aquela manhã de domingo, foi fácil colocar o homem em uma ruela qualquer sem que ele acordasse.
Agora só tinha que achar outro apartamento pra morar, de preferência em que o colega de apartamento não tivesse uma tara por insetos nojentos.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bruce Barton - coisas que nem eu sei explicar direito.

Aqueles passos soltos e vazios, aqueles gostos estranhos e indiscretos, o modo objetivo de alertar, o modo singular de ignorar.
As maneiras diferentes de cumprimentar e de me encarar.
Estática, como um fio de cabelo com frizz em dias de chuva, eu parei traumatizada pela relutância de meu ser, meu medo de mostrar os meus próprios sentimentos, as obras enfadonhas que minha alma guarda com rancor.
O modo desastrozo de pensar, a significânicia de um olhar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sussurros surdos

Vem soprar no meu ouvido palavras que não quero ouvir,
Sussurros surdos, como se fossem vento,
Toques discretos, como se fossem o sol.

Vem soprar no meu ouvido coisas sem sentido,
Um gigante sem casa, um amante sem dor,
O modo como meus olhos caem ao te encontrar,
Tudo é significante, tanto eu quanto você.

Vem soprar no meu ouvido coisas que me façam sorrir,
Vem aqui, sopre pra mim algo que eu não possa esquecer.
Sussurre em meu ouvido como se fosse pela primeira vez.

domingo, 13 de junho de 2010

Grávida aos dezesseis - Lori

Estava eu ziguezagueando pelos canais ontem à tarde, quando "encontrei" a MTV, estava começando "16 and pregnant" (Grávida aos dezesseis), adoro esse programa, e resolvi olhá-lo.
O "Grávida aos dezesseis", mostra garotas de 16 anos que engravidaram, são norte americanas e geralmente bem de vida, todas elas tem condições de cuidar dos filhos e com a menina de ontem não foi diferente.
Lori estava grávida, e em alguns momentos se mostrou feliz por isso, era a única família de "verdade" que ela iria ter, pois sua mãe biológica a deu para adoção quando dezesseis anos antes se encontrou na mesma situação em que Lori estava.
Os pais adotivos de Lori eram contra o aborto, e ela também (e eu também), mas eles colocavam a maior pressão pra ela dar filho, no caso a adoção aberta, onde ela pode visitar o bebê, mas não criar.
Cory o ex-namorado dela e pai do bebê era totalmente contra isso, mas ele não podia ajudar Lori em nada, se ela quisesse criar o filho ela teria que sair de casa, mas ela não tinha opções, não tinha para onde ir, e Cory não se mostrava muito gentil em ceder a sua casa.
Em alguns momentos senti certa raiva da mãe de Lori, como se ela estivesse magoada por sua filha ter filhos biológicos e ela não. O pai de Lori ia sempre na onda da mãe, eu percebi dúvidas quando ele falava pra ela dar o filho.
Estavam colocando a coitada da Lori contra a parede, Cory em certo momento teve que ceder e aceitar que não poderiam criar o filho, os dois estavam realmente estourando de tantas dúvidas.
Sem a ajuda de mais ninguém Lori também aceitou a adoção aberta, e como eu estou numa vibe de histórias reais que emocionam chorei baldes junto com a Lori quando o Cory se despediu do filho.
Eu sei que a Lori perderia toda a sua juventude criando o Aidan (foi esse o nome que ela escolheu), mas ela tinha condições de criá-lo e de dar uma boa vida para o filho, os pais de Lori me decepcionaram. Foram totalmente contra os meus princípios, imagine ter um filho e não poder viver com ele?
Fiquei com nojo de Lori por ser tão fraca e não ter nenhuma palavra firme a dar. No final aparece ela e suas amigas se divertindo, como uma pessoa consegue ser feliz sabendo que o filho que ela gestou nove meses não está com ela?
Eu não sei, mas respeito opiniões.

 
Lori, seu pai e sua mãe.

 
 Cory se despedindo de Aidan, Lori segurando-o.

 Os pais adotivos, Aidan e Lori se despedindo.

Lori

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Histórias reais

Em questões literárias essa semana foi muito produtiva. Terminei de ler "O Diário de Nina" de Nina Lugovskaia, e li "O Castelo de Vidro" de Jeannette Walls. Dois livros interessantíssimos e que são leitura obrigatória antes de morrer, #semmentira.
Os dois livros são verídicos. São histórias diferentes e ao mesmo tempo irreverentes, cada uma do seu próprio modo.
O primeiro livro "O diário de Nina"  de Nina Lugovskaia se passa na capital da Rússia, Moscou, no ano de 1932 a 1937. Em 1932 Nina tinha apenas treze anos, e já via o lugar que vivia com olhos de um adulto, conseguia descrever o mundo ao seu redor com muita clareza, e odiar os "bolcheviques" e Stalin mais do que suas irmãs mais velhas, Lyalya e Genya (gêmeas).
"O Diário de Nina" não é um livro político, ela fala sobre a própria vida, sobre seus sentimentos, com a mistura de raiva pelos que estão no poder. Ela sabe que está sendo oprimida, que milhões de pessoas morrem de fome nessa Rússia stalinista, "Passam-se coisas estranhas na Rússia. Fome, canibalismo...", isso foi escrito dia 31 de Agosto de 1933
Em alguns momentos o livro se torna repetitivo, mas isso logo é quebrado, Nina fala muito sobre a escola, sobre seus estudos e gosta acima de tudo de definir a natureza.
O que me deixou mais abalada, em todo o livro foi que aconteceu com ela por escrever o diário. O pai de Nina era totalmente contra Stalin, e por isso estava preso, em 1937 os "bolcheviques" revistaram a casa de Nina levando todo e qualquer registro, incluindo o diário dela e de sua irmã Lyalya.
Prenderam Nina, as suas irmãs, e a mãe, pelo que havia sido escrito nos cadernos, dizendo que elas estavam indo contra o povo, ficaram presas até 1942, Nina que sonhava ser escritora nunca mais escreveu nada, ela virou pintora e cenógrafa, e não voltou a sua "amada" Moscou nenhuma vez antes de morrer.
Esse livro é um achado histórico, é muito comparado com "O Diário de Anne Frank", mas eu não diria isso, as histórias são diferentes, e a Nina é muito mais complexa do que Anne.



 "O terror stalinista no caderno de uma menina soviética", as partes sublinhadas em vermelho da imagem debaixo foram feitas pela NKVD, os "policiais" de Stalin, para marcar as partes em que ela agredia Stalin e seu modo de governar.

Nina Lugovskaia com 11 anos

O segundo livro "O Castelo de Vidro" de Jeannette Walls é uma recomendação do tipo que tem que ser "seguida".  Não quero falar sobre a história desse livro, queria que vocês lessem por si próprios, pois eu ri muito, chorei, e fiquei pasma tantas vezes que é quase impossível descrever. 
É uma autobiografia, escrita de uma maneira tão perfeita que até assusta.
O tipo de história que mostra que qualquer pessoa pode dar a volta por cima, e que viver bem só depende de nós mesmos. 
Pareceu cafona demais? Pois não é!
As memórias são vívidas ao extremo, de tão impactante até minha mãe leu o livro, e ela só lê livros quando a gente está de férias ou quando o livro é muito bom mesmo. Depois de ler "O Castelo de Vidro" vi que não tenho tantos problemas com minha família, por que pra vocês terem uma noção a primeira memória dela é "Eu peguei fogo", e ela diz isso literalmente, por que ela se queima fazendo salsichas, com apenas três anos!
Na família Walls eles viviam como se fossem nômades, e choca muito o modo bipolar com que Rose deixava seus filhos soltos pelo mundo. Os quatro irmãos dormiam em caixas de papelão, passaram fome e mesmo assim conseguiram dar a volta por cima. É isso aí!
Leiam gente, por favor, por favor, por favor, e se alguém ler, venha me contar o que achou, morro de curiosidade para saber segundas opiniões (que não seja da minha mãe)!
Já instiguei amigas minhas a lerem, e até já emprestei o livro, quando eu falo que o livro é bom, é por que é bom mesmo! Acho que não posso fazer mais nada para que vocês tentem encontrar o livro e lê-lo não é?

Memórias de uma família que aprendeu a criar finais felizes.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Procura-se

Como machuca ver quantas coisas a gente perde com o passar dos anos.
E eu falo de tudo, absolutamente tudo que envolve a vida humana.
Eu lembro que quando eu era pequena vivia perdendo minhas bonecas, eu sei que isso é banal, mas eu ficava desesperada quando isso acontecia. Minha mãe sempre acabava achando todas elas (e foram muitas), mas mesmo assim a sensação de não ter mais aquilo fazia com que meu coração se apertasse, na maioria das vezes eu chorava, imagine só eu perder uma boneca?
O tempo passou, e cá estou eu, com milhões de outras coisas perdidas além de bonecas.
Amigas, soluções para a drástica vida, um celular, fios de cabelo, amores e algumas amoras.
Eu poderia dizer que foi o vento que levou tudo isso, ou que eu me perdi em uma floresta escura e acabei no outro lado, careca, sozinha, com fome e sem nenhum meio de comunicação, mas é uma mentira, uma metáfora mal feita e suja.
Comecei esse texto por que olhei uma foto de uma amiga minha que mora em BA e senti muitas saudades dela, eu moro no RS, e não vejo ela a mais de um ano. Sabe aquelas pessoas que você cresce junto? Que você sabe tudo a respeito e não consegue viver sem? Pois é, descobri que a perdi.
Perdi-a para outras pessoas que podem segurar a mão dela quando ela precisar, e que podem ouvi-la quando ela quiser desabafar. Perdi-a para o mundo, a minha amiga, e minha mãe não pode me ajudar a encontrá-la dessa vez.
Nunca tive soluções para minha drástica vida, então vamos passar essa, não se pode perder o que nunca se teve não é?
Perdi meu celular hoje de manhã, não me abalei nem um pouco, tava na hora dele mesmo, mas se alguém achar, por favor, entre em contato, o papel de parede era a foto de uma mulher embaixo de uma árvore com folhas amarelas (outono amor), eu tirei a foto num momento super profundo então não ridicularizem, não sei quem é a mulher, mas adoro aquele árvore, ela sempre me lembra que existem quatro estações.
Fios de cabelos eu sempre perco, é fato, então eu não os procuro, eu deixo que o vento os leve, mesmo essa metáfora sendo mal feita e suja.
Quanto aos amores, foi só para vocês se identificarem com o texto e acharem que eu sou super intensa e romântica, quando na verdade eu não sou. Os amores são só amores, que foram, que ainda existem e que podem nascer. Perdidos? Alguns quem sabe sim.
Já as amoras, estão incluídas em tudo isso por que quando coloquei amores lembrei de um livro chamado Amores&Amoras da Jude Deveraux, o livro é ótimo e muito, mas muito intenso e romântico, então quem sabe assim os amores, que me levaram as amoras, que fez eu lembrar o livro tenha tido algum resultado gratificante para alguém, e visto que mesmo eu não sendo nem intensa e nem romântica ainda assim eu tenho um pouco de bondade para com os outros.
Mas enfim, mesmo sem todas essas coisas, gostaria de dizer que nenhuma é inútil (imagina eu sem cabelo?), e que eu vou sobreviver, bola pra frente, não é assim que as coisas acontecem? Na verdade fiquei melhor depois de escrever essa coisa gigantesca, é interessante descobrir que o meu dom não é o humor.




Informações da semana: Estou com tendinite no pé, fui no médico e ela (ela! Mulheres vão conquistar o mundo) me receitou um remédio super forte, antes disso eu não conseguia colocar o pé no chão sem sentir dor.
Amanhã tenho JERGS (Jogos escolares do Rio Grande do Sul) de vôlei, é só a fase municipal então não vou precisar de tanta sorte, desde que meu pé continue queridinho e fofinho como está agora.

Beijos, Alessandra Almeida.

sábado, 5 de junho de 2010

Pudicamente incorreta


Agradava-lhe saber que ainda existiam pessoas pudicas no mundo.
Agradava-lhe saber que sua tristeza era só sua, e de mais ninguém.
Tinha nojo de si mesma, do que tinha que fazer, dos valores que mentia ter. Sua mente vagava, muitas vezes repelida por vozes ríspidas, vozes rudes e grosseiras. A humilhação de seu ser era um buraco enorme, que não tinha mais como tapar.
Seus braços delgados mostravam o quanto seu corpo sofria por estar ali, quem olhava para seu corpo lia sua alma.
Era fraca e se intimidava fácil, os homens prepotentes conseguiam facilmente tê-la como quisessem como desejassem. 
Não tinha uma fonte de vida, não recebia amor, era frígida, seca, e seus lábios perdiam aos poucos toda a doçura que um dia tiveram.
A raiva estava escassa em seu corpo, dormia mal, acordava mal.
Não sabia mais o significado de felicidade, não tinha forças para lutar contra aquelas vozes ríspidas.
Seu corpo sem vida rastejava, incomodado, doente, mutilado por tantas "guerras" perdidas. 
A dor mental era sua única companhia em dias de inverno, dias em que ninguém saia para caçar, suas companheiras eram ignorantes a tal ponto que doía saber que a literatura ainda existia e que um dia ela havia virado páginas e se entregado a romances inanimados.
Doía saber que existia vida fora dali. Há muito já havia se proibido de pensar na família, aquilo queimava seu frágil coração, se ainda existia algum, é claro... Ela sofria.
A dor física já fazia parte do cotidiano, o pior era ter que viver consigo mesma, com seus próprios pensamentos.



Imagem: http://www.devonsmith.co.nz/site/aboutme

Esse texto não foi escrito de uma forma muito direta, mas é sobre as tantas mulheres que existem no mundo que são forçadas a se prostituir. Me inspirei em um filme que olhei uma vez, não lembro o nome desculpe, em que a mulher ficava enclausurada, presa e tinha que obedecer ordens em um prostíbulo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Perdoe-a

Ela clamava por perdão, não conseguia suportar o sentimento. As noites caíam cada vez mais silenciosas. Seus dias eram tão vagos que ela não podia sequer lembrar da noite anterior. Ela não sabia se ele aceitaria suas desculpas, mas sabia que havia palavras a serem ditas, palavras que não conseguiu pronunciar quando tudo acabou. Queria que o tempo voltasse para poder mudar aquela noite gélida em que o vento chacoalhava as árvores e fazia com que ela se arrepiasse com o que teria que fazer. Na época não havia saída, como era triste ver o quanto foi ingênua.
Os sentimentos de desculpas preencheram seu peito, ela sentiu uma louca vontade de sair da clausura que era aquela cabana. Pegou as chaves do carro que por tanto tempo ficaram em cima da estante empoeirada, saiu rapidamente pela velha porta e correu em direção ao carro.
Começava a chover levemente, ela entrou no carro e foi em direção a estrada de terra, ela estava com pressa, queria aliviar o seu peito, acelerava cada vez mais carro por aquela estrada deslizante. A chuva começou a ficar mais pesada, e as lágrimas de frustração por ser tão incoerente molhavam seu rosto imaculadamente pálido.
O único pensamento que tomava sua cabeça era de que precisava se desculpar o mais rápido possível, antes que fosse tarde demais, era como se o mundo fosse acabar na quele instante, naquele segundo, e nunca mais ela pudesse ver os doces olhos de Jim, as lágrimas rolavam mais rápido pelo seu rosto, só não eram mais rápidas que o seu carro. Num movimento próprio, como se quisesse se suicidar, ela virou o volante, algo estúpido ela sabia, mas era melhor se suicidar do que pedir desculpas para alguém que tinha milhares de motivos para não perdoa-la.
E então veio o silêncio, será que sua alma ainda estava ali? Não poderia ter sobrevivido...
Sua cabeça começou a latejar com força, ela tentou abrir os olhos, não tinha forças, começou a ficar tonta. Esperou alguns segundos, e viu que estava viva, sentia toda a dor que uma acidente poderia causar, inspirou fortemente e então abriu os olhos.
Enxergou tudo embaçado, mas conseguiu ver quem estava ao lado de sua cama, segurando sua mão: Jim.
Ele estava ali, ao lado dela, como sempre esteve, mil palavras sobrevoaram sua mente, mas ela nada falou, e nem poderia, olhou para ele com gratidão e novamente adormeceu.


* * *


Esse texto foi feito por com uma amiga minha, a Josiane, por msn, começou com cada uma escrevendo quatro palavras, mas então as quatro palavras viraram frases e o texto foi se formando...
É meio nervos fazer isso, mas vai na fé que dá certo. Posso dizer que saiu muito merda na nossa conversa.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vergonha "alheia"


De repente você enrubesce, tenta sumir, desaparecer. Mas ao invés disso você fica vermelha, as suas mãos suam, e as cordas vocais travam.
Existem momentos na vida que a timidez e a vergonha estragam tudo, já passei por isso, não vou negar, estou lá pronta pra apresentar um trabalho, e na hora eu travo, dá um branco, então eu começo a ler que nem uma louca o texto que eu tenho na mão para pelo menos não tirar zero, acontece, faz parte da vida.
Mas mesmo fazendo parte da vida eu sei que isso não é legal, o teatro me ajudou muito a superar a parte tímida da minha vida, ele liberta traz coisas boas e também ensina.
Mesmo sabendo que eu consigo falar em público (nos meus dias bons), falar sobre meus sentimentos é algo totalmente diferente, e muito, mas muito mais complicado. 
Tenho uma extrema dificuldade de falar o que estou sentindo, e se o faço é só pra as pessoas que eu conheço de verdade, que eu sei que são leais, que não irão interromper meus devaneios malucos. Eu particularmente prefiro ouvir, mesmo que às vezes minha memória me traía e eu esqueça o que foi falado, é a minha natureza, e segredos sempre serão guardados.
Algumas vezes eu acho que tenho mais medo do que vergonha, medo do que irão dizer, medo de ser criticada, uma frase ruim sobre mim me abala mais do que mil frases boas, não gosto muito de conceitos pessoais.
Acho que vencer a timidez é algo que tem que vir totalmente da pessoa, de ter uma determinação. Eu sei que parece impossível, mas a verdade é que tudo é uma questão de costume. Eu não quero me acostumar a falar sobre meus sentimentos, eu gosto de guardá-los para mim. 
Eu só não consigo apresentar um trabalho quando eu não sei sobre o que é que ele fala, temos que entender para poder explicar, e a wikipédia não ajuda muito nessa questão não é?
Em minha opinião força de vontade é a resposta, querer não é poder, temos que tentar para aprender.
Timidez tem muito charme sim, mas tem limites, ficar vermelha quando me falam algo que mexe comigo é uma coisa, mas se eu não consigo corresponder, ou até mesmo responder eu preciso me acostumar com esses momentos, e me alongar - perdoe esse alongar, eu sempre alongo o pescoço e as mãos quando fico nervosa.
O rubor faz parte da vida e a superação também. A gente tem que se conhecer para aprender a conviver em sociedade, reprimir a si mesmo não faz bem a ninguém, as coisas boas só vem depois que plantamos aquilo que queremos para nós mesmos. Pense nisso.



terça-feira, 1 de junho de 2010

A princesa - Meg Cabot

Não vou negar, eu estou triste, aliás, muito triste.
Vocês sabem o que significa a palavra saudade?
Sf.(a) 1. Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhado do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia.
Segundo o Dicionário inFormal é isso, e eu completo dizendo que isso dá um vazio enorme, por que sabemos que nunca vai voltar do jeito que era da primeira vez.
Não levem isso para o lado romântico, por favor, é uma paixão minha, não vou negar, mas se trata de um algo irracional, que não pensa, não fala, um objeto; um livro.
Para ser mais exata dez livros, comecei a ler essa série maravilhosa da Meg Cabot aos doze anos, "O diário da princesa", e eu fiquei uó quando comecei a ler esse livro, eu quase o engoli de uma vez só, sem mentira. 
Quase três anos depois desse primeiro livro eu já tinha lido os outros oito, penando muito pra achar eles na biblioteca municipal, e hoje terminei o último, "Princesa para sempre".
Tentei prolongar o máximo que consegui, mas não dava, simplesmente os livros da Meg fazem eu parar tudo ao meu redor e ler, ler e ler, eu esqueço o mundo com um livro dela - esqueço até como é prestar atenção as aulas de matemática - deveria ser proibido escrever tão bem - MENTIRA, PELO AMOR!
Eu tinha que escrever isso no meu blog, fez parte da minha vida, e da construção de um meu ser diarístico, por que eu tenho diário - e acreditem se quiserem, eu escrevo neles diariamente!
Eu não vou escrever aqui sobre o que se tratam os livros, nem sobre seus personagens, saibam que é sobre uma princesa, e ela se chama Mia!
Eu sei, foi muito pobre em palavras, depois de dez livros é só isso que eu consigo dizer?
Dispensem a mim por favor, ainda estou abalada por saber que a série começou em 2000 (Google deu uma força) e eu só fui ler em 2007, e terminou em 2009 e só agora (2010, dã) eu li o último! Como a minha cidade é atrasada, mas pelo menos passa cultura não é? Não reclamo, já usufrui muito da biblioteca municipal.
Não vou mentir, vai me dar uma saudade de ir até o C da literatura estrangeira com a esperança de ver um novo lançamento d'A princesa, eu sei que Meg escreve outros livros, mas mesmo assim, a série da Mia me arrasava tanto que uma época eu chorei por que meu pai não era rei - tá isso foi mentira, mas entendam o quanto essa coisa de The End me afetou.
Ai Mia, tenho que me despedir de você, não é justo comigo mesma se eu não fizer isso.
Então tchau Mia, que bom que você ficou com o Michael no final, só não gostei da faculdade que você entrou, qual era o problema com Yale?
J.P. nunca gostei de você, Lilly, você me arrasou no nono livro, e Tina, você é uma fofura, pena que o Boris é tão nojento ÉCA!
Lana, odiei você do primeiro ao oitavo livro, mas você até que não é uma inimiga tão ruim assim.
Gradmère, sem comentários. 
Mãe da Mia, um professor de álgebra? Ninguém merece! mas enfim, ele é legal, então beijos professor de álgebra, e profª. de Inglês e pai da Mia, e todo mundo do livro!
EU NÃO ACREDITO QUE EU FIZ ISSO! EU DEI TCHAU PRA PERSONAGENS!
Desconsiderem, eu mereço um tapa na cara!
Vou só agradecer a Meg, por ter tanta imaginação,e por estar por dentro das "paradas".
Tá, agora eu mereço mesmo um tapa na cara.
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