Eu adoro ler memes de outras pessoas, mas mais que isso adoro responder memes, existe algo super profundo que a psicologia provavelmente explica sobre querer saber mais sobre si mesmo, principalmente os gostos e atitudes.
Este meme eu já havia visto em vários blogs, acho ele bem divertido, mas a oportunidade de começar um mês certinho nunca havia rolado antes de hoje.
Peguei ele no blog da Tábata que pegou no blog da Ana Carolina, que pegou no blog de outra pessoa e por aí vai...
Enfim, essa é a lista:
Dia 01 – Sua música favorita
Dia 02 – Seu filme preferido
Dia 03 – Seu programa de televisão favorito
Dia 04 – Seu livro favorito
Dia 05 – Uma citação de alguém
Dia 06 – Uma experiência inesquecível
Dia 07 – Uma foto que te faz feliz
Dia 08 – Uma foto que te deixa irritado / triste
Dia 09 – Uma foto que você tirou
Dia 10 – Uma foto de você há mais de dez anos
Dia 11 – Uma foto sua recente
Dia 12 – Um conto
Dia 13 – Um livro de ficção
Dia 14 – Um livro não-ficcional
Dia 15 – Uma fotomontagem
Dia 16 – Uma musica que faz você chorar (ou quase)
Dia 17 – Uma obra de arte (pintura, desenho, escultura, etc)
Dia 18 – Um poema
Dia 19 – Um talento seu
Dia 20 – Um hobby
Dia 21 – Uma receita
Dia 22 – Um site
Dia 23 – Um vídeo do YouTube
Dia 24 – Seu lugar preferido
Dia 25 – O seu dia, em grande detalhe
Dia 26 – Sua semana, em grande detalhe
Dia 27 – Este mês, em grande detalhe
Dia 28 – Este ano, em grande detalhe
Dia 29 – O que você espera, os sonhos e planos para os próximos 365 dias
Dia 30 – O que você quiser
Dia 31 – O Bônus ou O Fim
Começo amanhã, no primeiro dia de outubro, legal, não é?
Qual será minha música favorita? :S
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Mark Zuckerberg, o Mr. Facebook
Ele tem 26 anos, com uma fortuna de $6,9bi, e segundo a revista "Forbes" Mark Zuckerberg é o 35º na posição dos mais ricos dos EUA, ultrapassando o fundador da Apple, Steve Jobs, que ficou em 42º lugar com $6,1bi.
Em menos de dois anos o criador do Facebook transformou sua fortuna de $1,5bi e fez com que os olhos dos EUA e do resto do mundo se virassem para ele.
Mark é jovem, e pela sua fortuna agora deve estar com milhões de mulheres atrás dele.
Se imagine com 26 anos e com a vida garantida, em todas as reportagens que vi ele estava com um sorriso no rosto e na pura espontaneidade, e quem não estaria, não é?
Faz pouco tempo que ele veio para o Brasil - SP fazer um marketing do Facebook, é Orkut, o Sr. que se cuide, de quebra Mark comeu até um churrasquinho, é o que mostram suas fotos no perfil do que virou seu império, sim, o Facebook.
Sinceramente acho ele um foférrimo, que deveria vir pro Rio Grande do Sul para nós batermos um papo legal, mas como nem tudo na vida é tão fácil... hehe, não que eu deseje isso de verdade, tudo por um bom texto, não? - mentira.
É Bill Gates, já foi a sua era de poder sobre as pessoas, mesmo você ainda tendo mu(uuuuu)ito dinheiro.
As últimas novidades sobre esse solteiro, fofo e rico é que um filme foi feito sobre a criação do Facebook, "A rede social", logo estará nos cinemas, e é claro, para as pessoas que como eu não tem um em sua cidade poderão (ser dumau) baixar ele na internet!
O filme é dirigido por David Fincher, o mesmo diretor que na minha humilde opinião, arrasou com "O curioso caso de Benjamin Button"
Deixo com você o trailer do filme, só por que vale mais que todas as minhas palavras:
P.S.: agora deixo o meu facebook para vocês, sou esperta.
Faz pouco tempo que ele veio para o Brasil - SP fazer um marketing do Facebook, é Orkut, o Sr. que se cuide, de quebra Mark comeu até um churrasquinho, é o que mostram suas fotos no perfil do que virou seu império, sim, o Facebook.
Sinceramente acho ele um foférrimo, que deveria vir pro Rio Grande do Sul para nós batermos um papo legal, mas como nem tudo na vida é tão fácil... hehe, não que eu deseje isso de verdade, tudo por um bom texto, não? - mentira.
É Bill Gates, já foi a sua era de poder sobre as pessoas, mesmo você ainda tendo mu(uuuuu)ito dinheiro.
As últimas novidades sobre esse solteiro, fofo e rico é que um filme foi feito sobre a criação do Facebook, "A rede social", logo estará nos cinemas, e é claro, para as pessoas que como eu não tem um em sua cidade poderão (ser dumau) baixar ele na internet!
O filme é dirigido por David Fincher, o mesmo diretor que na minha humilde opinião, arrasou com "O curioso caso de Benjamin Button"
Deixo com você o trailer do filme, só por que vale mais que todas as minhas palavras:
P.S.: agora deixo o meu facebook para vocês, sou esperta.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
A filha da Lua e a bola adornada
Hoje quando acordei eu sabia que eu havia sonhado, mas não havia jeito de me lembrar o que. Na escola começaram a falar em sonhos, de novo tentei lembrar, não obtive sucesso.
Eu gosto de falar sobre sonhos, gosto de pensar que mesmo dormindo eu posso viver, e como não lembrei o que sonhei nessa noite, gostaria de contar um outro sonho meu, um sonho que eu tive já faz mais de um mês, mas que ainda se mantém intacto em minha mente.
Obs: Todos os nomes desse texto foram retirados para não haver problemas com os amigos.
Eu diria que já eram quase nove hora da noite, eu já estava dentro do apartamento, a luz era natural, como se fosse dia. Era uma janta entre amigos, uma garota com cabelos longos e negros estava sentada em um banco ao lado da estante da entrada, em cima dessa estante havia um espelho.
Eu caminhei vagarosamente, como se flutuasse, me olhei no espelho sem ver meu reflexo, me abaixei normalmente e abri uma gaveta da estante, havia alguns papéis, e embaixo deles uma bola pequena, do tamanho de uma bola de beisbol, era de um tipo de vidro forte, e tinha ao seu redor desenhos como se fosse uma flor nascendo, mas não existia flor, eram em branco, detalhados demais, delicados demais.
Pensei que fosse oca, peguei ela muito curiosa e cuidadosa, ela se iluminou, poderia dizer que era parecida com um sol, mas achei-a mais parecida com a lua. Olhei para a garota de cabelos negros e compridos ao lado da estante, perguntei a ela se ela era filha da lua, não sei por que, mas alfo me disse que aquela bola adornada e ela eram parecidas, aquela bola era a lua! pensei, o olhar da garota foi cruel, não falei mais nada.
Ela não pediu para pegar o objeto que ainda brilhava em minhas mãos, mas eu entendi, e assim dei-o pra ela. Quando ela segurou a bola adornada se encapou de um veludo vermelho forte, como uma Melissa, foi meu pensamento, se escondeu como se fosse uma tartaruga, só que ao invés de casco era o tecido de veludo vermelho da Melissa!
Sai de perto dela, não disse nada e nem sei se andei, mas passei pela cozinha, estava como sempre, nada de excepcional.
Depois da cozinha tive que passar pela lavanderia para ir para a área de trás, mas parei ao me deparar com uma mulher que nunca havia visto antes, ela carregava muitas roupas, era gorda, muito gorda e negra, não sabia quem era, mas não dei bola, queria chegar até a área onde ficava a churrasqueira.
Me assustei ao descobrir que a cozinha estava lá, afinal, eu havia acabado de passar por ela à menos de um minuto, como ela foi parar ali?
O que estava acontecendo na casa da minha amiga? Sem perceber como, fui parar na varanda, olhei para o lado e vi uma de minhas amigas subindo pelo telhado, e logo atrás dela vinha o primo do meu pai e seu filho, eles pularam e vieram parar do meu lado.
Então...
Então eu acordei, 6:30 da manhã, despertador tocando e chamando para mais um dia de aula com a bunda achatada na cadeira.
Eu gosto de falar sobre sonhos, gosto de pensar que mesmo dormindo eu posso viver, e como não lembrei o que sonhei nessa noite, gostaria de contar um outro sonho meu, um sonho que eu tive já faz mais de um mês, mas que ainda se mantém intacto em minha mente.
Obs: Todos os nomes desse texto foram retirados para não haver problemas com os amigos.
Eu diria que já eram quase nove hora da noite, eu já estava dentro do apartamento, a luz era natural, como se fosse dia. Era uma janta entre amigos, uma garota com cabelos longos e negros estava sentada em um banco ao lado da estante da entrada, em cima dessa estante havia um espelho.
Eu caminhei vagarosamente, como se flutuasse, me olhei no espelho sem ver meu reflexo, me abaixei normalmente e abri uma gaveta da estante, havia alguns papéis, e embaixo deles uma bola pequena, do tamanho de uma bola de beisbol, era de um tipo de vidro forte, e tinha ao seu redor desenhos como se fosse uma flor nascendo, mas não existia flor, eram em branco, detalhados demais, delicados demais.
Pensei que fosse oca, peguei ela muito curiosa e cuidadosa, ela se iluminou, poderia dizer que era parecida com um sol, mas achei-a mais parecida com a lua. Olhei para a garota de cabelos negros e compridos ao lado da estante, perguntei a ela se ela era filha da lua, não sei por que, mas alfo me disse que aquela bola adornada e ela eram parecidas, aquela bola era a lua! pensei, o olhar da garota foi cruel, não falei mais nada.
Ela não pediu para pegar o objeto que ainda brilhava em minhas mãos, mas eu entendi, e assim dei-o pra ela. Quando ela segurou a bola adornada se encapou de um veludo vermelho forte, como uma Melissa, foi meu pensamento, se escondeu como se fosse uma tartaruga, só que ao invés de casco era o tecido de veludo vermelho da Melissa!
Sai de perto dela, não disse nada e nem sei se andei, mas passei pela cozinha, estava como sempre, nada de excepcional.
Depois da cozinha tive que passar pela lavanderia para ir para a área de trás, mas parei ao me deparar com uma mulher que nunca havia visto antes, ela carregava muitas roupas, era gorda, muito gorda e negra, não sabia quem era, mas não dei bola, queria chegar até a área onde ficava a churrasqueira.
Me assustei ao descobrir que a cozinha estava lá, afinal, eu havia acabado de passar por ela à menos de um minuto, como ela foi parar ali?
O que estava acontecendo na casa da minha amiga? Sem perceber como, fui parar na varanda, olhei para o lado e vi uma de minhas amigas subindo pelo telhado, e logo atrás dela vinha o primo do meu pai e seu filho, eles pularam e vieram parar do meu lado.
Então...
Então eu acordei, 6:30 da manhã, despertador tocando e chamando para mais um dia de aula com a bunda achatada na cadeira.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Plácido Domingo
Não acho domingo um dia chato, na verdade o que a gente faz no domingo é que uma chatice, pra começar dormir tarde no sábado gera cansaço no domingo, que gera dor de cabeça/sono/tédio o dia todo, a gente almoça com a família, o que não é tão ruim, dependendo da família, é claro. Depois a gente finge que tem cem anos e vai dar uma cochilada, o que gera mais dor de cabeça/sono/tédio. Passa algum tempo, levantamos, olhamos pra tudo que é canto, ligamos o computador, olhamos cento e setenta sites (se você for leitora compulsiva como eu isso inclui mais de cem blogs de livros e skoob, sempre!), então a gente cansa disso, nosso rosto já está ficando oleoso pelo trabalho monumental que é teclar e apertar o mouse. Vamos para a cozinha. Lá a gente come tudo e qualquer coisa que contenha muitas calorias, então a gente ouve uma voz indignada de algum ponto não identificável da casa: "Já tá comendo! Nós acabamos de almoçar". A resposta é sempre: "Tá bom" ou "Aham", mas a gente come igual, afinal, de que adianta comer uma bolacha se tem espaço pra duas? Vamos pra frente da televisão, e se você tiver irmãos como eu que tenho duas pestes vai começar a brigar e discutir, até entrar no tapa com uma delas, o que faz com que o papai ou mamãe venha correndo apartar tudo e qualquer coisa. Aaaah, mas que legal, é nessa hora que começa a dar Faustão, então o programa tá feito, mais um domingo ordinário pra coleção de todos. Passa uma, duas, três horas, você já foi até a porta, voltou, olhou pela janela, atualizou as coisas mil vezes no orkut, chamou alguém de idiota pelo msn e ainda conseguiu bater o dedinho do pé no canto da porta. Se você for ativo vai ligar pra alguém e dar uma volta no centro se for como eu, não. Quando percebemos são dez horas da noite, e que legal, você olhou o Fantástico inteiro só pra ver a entrevista com a Julia Roberts que por acaso deu no último bloco, que destino cruel é esse? Então você toma um banho e vai dormir, com um pensamento um tanto infeliz: "que dia infrutífero!", e o pior de tudo é que nem é culpa sua...
P.S.:Eu sei que é segunda, mas me desculpem, não faz nem uma hora, quando comecei o texto ainda era domingo...
P.S.2: Eu sei que está tudo em um parágrafo, foi por querer, (me senti muito mal ao fazer isso ok?).
Placido Domingo, ironia fail. |
P.S.2: Eu sei que está tudo em um parágrafo, foi por querer, (me senti muito mal ao fazer isso ok?).
domingo, 26 de setembro de 2010
Calada e quieta
Ele se encostou na parede, e ela viu a raiva crescendo em seus olhos, uma raiva ameaçadora, que começaria ali e poderia nunca mais acabar.
Ela tentou sorrir, ele olhou cinicamente para ela, perguntou qual era a graça. Ela não respondeu, se manteve calada e quieta, seu sorriso sumiu.
Estavam tão perto um do outro, se ela erguesse a mão poderia toca-lo, segurar em sua mão e pedir para ele nunca mais larga-la. Mas por mais que quisesse não faria, os sentimentos estavam distantes e separados, a tensão era palpável.
Ela não falou nada, e ele muito menos.
Ela pegou sua bolsa que estava jogada no chão e saiu, ele pode ter até pensado em para-la, mas não o fez, deixou que ela fosse, e uma lágrima desceu até seus lábios, algo que não se repetiria jamais, ele prometeu a si mesmo.
Desculpe, ultimamente eu tenho andado bem avulsa aqui não é? É que às vezes blogger cansa, já faz mais de dois anos que posto aqui, e isso desanima. Mas estou firme e forte ainda!
Beijos :*
Ela tentou sorrir, ele olhou cinicamente para ela, perguntou qual era a graça. Ela não respondeu, se manteve calada e quieta, seu sorriso sumiu.
Estavam tão perto um do outro, se ela erguesse a mão poderia toca-lo, segurar em sua mão e pedir para ele nunca mais larga-la. Mas por mais que quisesse não faria, os sentimentos estavam distantes e separados, a tensão era palpável.
Ela não falou nada, e ele muito menos.
Ela pegou sua bolsa que estava jogada no chão e saiu, ele pode ter até pensado em para-la, mas não o fez, deixou que ela fosse, e uma lágrima desceu até seus lábios, algo que não se repetiria jamais, ele prometeu a si mesmo.
Desculpe, ultimamente eu tenho andado bem avulsa aqui não é? É que às vezes blogger cansa, já faz mais de dois anos que posto aqui, e isso desanima. Mas estou firme e forte ainda!
Beijos :*
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Democracia: aquilo pelo que lutamos
O voto obrigatório para mim não é uma contradição, pelo menos não no Brasil. O voto não deve ser visto como um dever, pois ele é um direito, e como cidadãos deveríamos ser espertos o bastante para aproveitar a oportunidade que temos de fazer o Brasil se tornar um país cada vez melhor.
O tempo da ditadura já passou, vivemos em um país democrático, onde as pessoas podem escolher a pessoa que vai fazer o Brasil melhorar.
Por que o voto obrigatório não é uma contradição?
Por que sem o voto obrigatório a maioria dos brasileiros não votaria, não se informaria, não saberia quem são os candidatos, e muitas vezes nem o qual foi o resultado da votação. Não saberiam o nome do próprio presidente, e algumas vezes do prefeito da cidade!
Isso é o cúmulo do absurdo, mas temos que admitir para nós mesmos que é a verdade em um país em que muitos dos cidadãos não tem educação e meios dignos de sobrevivência.
Se não pensarmos seriamente sobre isso até poderíamos pensar que isso remonta a Grécia Antiga na época de Sólon, é quase a mesma estrutura democrática, afinal, foi lá que começou o voto obrigatório, mas não podemos nos dar ao luxo de achar que é a mesma coisa. Os tempos mudaram, a escravidão não existe mais, pelo menos não abertamente, o poder os ricos sobre os pobres fica menor com a aprendizagem, e não existem mais leis de pena de morte. Então não vamos nos enganar com as aparências.
Mesmo a votação também sendo obrigatória no tempo de Sólon, não podemos comparar isto com o tempo atual, por que antigamente se tratava dos primeiros direitos de alguns cidadãos, hoje se trata de direitos conquistados que devemos manter para não suicidarmos nosso próprio país.
Sim, eu acho certo o voto obrigatório, mesmo com outros países mostrando que daria certo isso não precisar ser um dever, com toda a certeza seria uma maravilha se cada pessoa do Brasil votasse por conta própria sem precisar de uma lei para isso, mas aqui não é assim, e temos que entender, ou pelo menos tentar, que não vai ser de uma hora para outra que as coisas irão mudar.
Os homens e mulheres brasileiros de todas as classes sociais, raça, sexo e opinião conquistaram o direito de votar, por que agora não honrar as pessoas que tanto lutaram pelo que hoje conhecemos como liberdade democrática e fazer a nossa parte prestando atenção nas propagandas e votando com sabedoria?
Eu ainda não voto, mas por que não posso, e não por que não quero, quando fizer dezesseis anos o título de eleitor vai ser uma das primeiras coisas que vou fazer.
Precisamos do voto obrigatório, o Brasil não seria o mesmo sem isso.
O tempo da ditadura já passou, vivemos em um país democrático, onde as pessoas podem escolher a pessoa que vai fazer o Brasil melhorar.
Por que o voto obrigatório não é uma contradição?
Por que sem o voto obrigatório a maioria dos brasileiros não votaria, não se informaria, não saberia quem são os candidatos, e muitas vezes nem o qual foi o resultado da votação. Não saberiam o nome do próprio presidente, e algumas vezes do prefeito da cidade!
Isso é o cúmulo do absurdo, mas temos que admitir para nós mesmos que é a verdade em um país em que muitos dos cidadãos não tem educação e meios dignos de sobrevivência.
Se não pensarmos seriamente sobre isso até poderíamos pensar que isso remonta a Grécia Antiga na época de Sólon, é quase a mesma estrutura democrática, afinal, foi lá que começou o voto obrigatório, mas não podemos nos dar ao luxo de achar que é a mesma coisa. Os tempos mudaram, a escravidão não existe mais, pelo menos não abertamente, o poder os ricos sobre os pobres fica menor com a aprendizagem, e não existem mais leis de pena de morte. Então não vamos nos enganar com as aparências.
Mesmo a votação também sendo obrigatória no tempo de Sólon, não podemos comparar isto com o tempo atual, por que antigamente se tratava dos primeiros direitos de alguns cidadãos, hoje se trata de direitos conquistados que devemos manter para não suicidarmos nosso próprio país.
Sim, eu acho certo o voto obrigatório, mesmo com outros países mostrando que daria certo isso não precisar ser um dever, com toda a certeza seria uma maravilha se cada pessoa do Brasil votasse por conta própria sem precisar de uma lei para isso, mas aqui não é assim, e temos que entender, ou pelo menos tentar, que não vai ser de uma hora para outra que as coisas irão mudar.
Os homens e mulheres brasileiros de todas as classes sociais, raça, sexo e opinião conquistaram o direito de votar, por que agora não honrar as pessoas que tanto lutaram pelo que hoje conhecemos como liberdade democrática e fazer a nossa parte prestando atenção nas propagandas e votando com sabedoria?
Eu ainda não voto, mas por que não posso, e não por que não quero, quando fizer dezesseis anos o título de eleitor vai ser uma das primeiras coisas que vou fazer.
Precisamos do voto obrigatório, o Brasil não seria o mesmo sem isso.
Países em azul são designados "democracias eleitorais" pela pesquisa de 2010. |
Fonte: Democracia
Pauta para Bloínquês
Edição opinativa
Tema: "A maior contradição da democracia brasileira?"
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Sou gaúcha, sim senhor!
Para quem não sabe, ou não mora no Rio Grande do Sul, por que quem mora (como eu) com certeza sabe, que do dia 14 a 20 de setembro comemoramos a semana Farroupilha, que é como uma homenagem à Revolução Farroupilha, a Revolução Farroupilha durou dez anos e foi a maior Revolução do Brasil.
Ocorreu basicamente porque os gaúchos estavam insatisfeitos com o governo “café-com-leite” (São Paulo e Minas Gerais), que além de apenas investirem em seus estados, aumentaram o imposto sobre o sal (importante ingrediente do charque gaúcho), e o imposto sobre a venda dos produtos produzidos aqui. Fazendo assim, as pessoas de outros estados buscarem esses produtos em outros países pela metade do preço. Havia outros motivos, mas esse foi o principal. Em de 18 de setembro de 1835, José Mariano de Mattos, Gomes Jardim, Pedro Boticário, Paulino da Fontoura e Domingos José de Almeida, fizeram uma reunião e decidiram que dentro de dois dias (20 de setembro de 1835), tomariam militarmente Porto Alegre e destituiriam o presidente provincial Antônio Rodrigues Fernandes Braga.
A Guerra durou 10 anos (até 02 de fevereiro de 1845), e em 11 de setembro de 1846 foi proclamada a República Rio-Grandense.
Os gaúchos se orgulham disso até hoje, e isso inclui a mim.
Pra quem não sabe, existem as danças tradicionais do Rio Grande do Sul, que são ensaiadas por grupos de CTG's (Centro de Tradições Gaúchas) ou de escolas, sim atividade extra curricular, baby.
Eu dancei na Ivernada Artística da Escola Poncho Verde durante sete anos, então imaginem, o negócio está no sangue!
Parei esse ano, o que foi burrice, mas logo, logo pretendo voltar, só que não na escola.
Eu não sei como as pessoas de outros estados vêem esse nosso amor pelo Rio-Grande e sua história, eu particularmente tenho um orgulho danado pelo meu estado.
Esse ano as lágrimas me vieram aos olhos quando vi meu grupo dançar, tudo bem, não era o mesmo, não tinha as mesmas pessoas, mas não deixava de ser o meu grupo!
Essa semana eu estava no salão, esperando para cortar o cabelo, e começou a tocar o hino do Rio Grande do Sul no rádio, e duas mulheres começaram a rir e debochar do dito cujo, com frases como: "desliga essa coisa" ou "o que que é isso minha nossa!", o sangue me subiu a cabeça e me deu vontade de pular no pescoço delas e chacoalha-las até elas se tocarem, por que OMG eu sei de cor o hino, e canto pra quem quiser ouvir, e senti vergonha das duas por que poow, ela eram gaúchas TCHÊ!
Então, para acabar com toda a dor do meu peito por não estar mais dançando, aí vai algumas fotos dos anos anteriores, bem velhas ok? E logo após o hino do Rio Grande do Sul.
Ocorreu basicamente porque os gaúchos estavam insatisfeitos com o governo “café-com-leite” (São Paulo e Minas Gerais), que além de apenas investirem em seus estados, aumentaram o imposto sobre o sal (importante ingrediente do charque gaúcho), e o imposto sobre a venda dos produtos produzidos aqui. Fazendo assim, as pessoas de outros estados buscarem esses produtos em outros países pela metade do preço. Havia outros motivos, mas esse foi o principal. Em de 18 de setembro de 1835, José Mariano de Mattos, Gomes Jardim, Pedro Boticário, Paulino da Fontoura e Domingos José de Almeida, fizeram uma reunião e decidiram que dentro de dois dias (20 de setembro de 1835), tomariam militarmente Porto Alegre e destituiriam o presidente provincial Antônio Rodrigues Fernandes Braga.
A Guerra durou 10 anos (até 02 de fevereiro de 1845), e em 11 de setembro de 1846 foi proclamada a República Rio-Grandense.
Eu que tirei essa foto, meu orgulho até hoje :) |
Pra quem não sabe, existem as danças tradicionais do Rio Grande do Sul, que são ensaiadas por grupos de CTG's (Centro de Tradições Gaúchas) ou de escolas, sim atividade extra curricular, baby.
Eu dancei na Ivernada Artística da Escola Poncho Verde durante sete anos, então imaginem, o negócio está no sangue!
Parei esse ano, o que foi burrice, mas logo, logo pretendo voltar, só que não na escola.
Eu não sei como as pessoas de outros estados vêem esse nosso amor pelo Rio-Grande e sua história, eu particularmente tenho um orgulho danado pelo meu estado.
Esse ano as lágrimas me vieram aos olhos quando vi meu grupo dançar, tudo bem, não era o mesmo, não tinha as mesmas pessoas, mas não deixava de ser o meu grupo!
Essa semana eu estava no salão, esperando para cortar o cabelo, e começou a tocar o hino do Rio Grande do Sul no rádio, e duas mulheres começaram a rir e debochar do dito cujo, com frases como: "desliga essa coisa" ou "o que que é isso minha nossa!", o sangue me subiu a cabeça e me deu vontade de pular no pescoço delas e chacoalha-las até elas se tocarem, por que OMG eu sei de cor o hino, e canto pra quem quiser ouvir, e senti vergonha das duas por que poow, ela eram gaúchas TCHÊ!
Então, para acabar com toda a dor do meu peito por não estar mais dançando, aí vai algumas fotos dos anos anteriores, bem velhas ok? E logo após o hino do Rio Grande do Sul.
Alana, Priscila, eu, Elisabeth e Pamela |
Concurso :) |
Saudades... |
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
O Vale e o violão
Era a terceira vez naquela tarde que o mesmo homem passava em frente a minha casa, não que isso fosse proibido, mas com certeza não era nada normal. Loches não era uma comuna muito grande, tinha seis mil habitantes, sete mil no máximo.
A França tem muitos outros lugares além de Paris, e obras maravilhosas pelo seu interior, como o Castelo de Loches, no Vale do Loire. Minha cidade é linda, e por isso sempre havia turistas, mas nunca muito perto de onde eu e mamãe morávamos, nós gostávamos do silêncio, adorávamos a paz ao anoitecer em dias de verão, e a chuva que caía nos invernos frios, nós éramos felizes em Loches.
O céu nublado declarava chuva, a noite chegaria já.
- Sofia, Sofia, - minha mãe me chamou quebrando a linha do pensamento - venha me ajudar a recolher as roupas, começou a chover, querida!
Fui correndo até ela, senti uma gota de chuva em meus lábios, como beijo sem paixão. Recolhemos todas as roupas em poucos segundos, e logo estávamos dentro de casa fechando todas as janelas e portas. Eu adorava morar ali, naquela casa de pedras, o vento ao anoitecer batia nelas resultando em um chiado muito original e especial.
Olhei para fora, com um sorriso no rosto, e lá estava ele de novo, segurando seu maldito violão, a chuva cada vez mais forte fez meu estômago embrulhar de dúvidas, pedir se ele queria entrar, tomar um banho e comer algo, ou deixa-lo na chuva, com frio e fome? Não pensei por muito tempo, abri a porta da frente e corri até ele, estava realmente muito ensopado.
Olhei em seus olhos, percebi que eram castanhos, sorri.
- Não quer entrar? Se continuar aqui fora vai ficar doente e... - o barulho de um trovão interrompeu - entre, vamos.
Peguei sua mão, e ele ficou me olhando pelo que pareceram horas.
- Agora entendo o que ele quis dizer com a palavra anjo, você parece mesmo um... - ele falou como se conversássemos sobre o tempo.
- Você o conheceu? - ele me olhou longamente sem responder, eu o chacoalhei - você conheceu meu Henri?
A chuva já tinha nos ensopado, e minhas lágrimas ao lembrar do passado se misturavam com as gotas que caiam do céu.
- Sim, eu conheci seu Henri. - ele tocou em meu ombro - antes de ele morrer pediu que eu lhe entregasse isso - ele levantou o violão sujo e molhado com a outra mão e me estendeu.
Peguei o violão, com mais lágrimas saindo de meus olhos.
- Ele me disse que tinha que ser neste dia, passei a manhã e a tarde te procurando, - ele riu hesitante - você é Sofia, não é?
- Sim, eu sou Sofia, não quer entrar, e bom, comer algo e se secar? - ele era amigo de Henri e estava ali, me entregando o violão que eu havia comprado e dado de presente neste mesmo dia há exatamente dois anos atrás.
- Não, só queria te entregar isso Sofia - ele me examinou e se virou - Adeus.
- Espere - eu gritei - onde posso te encontrar? Qual é o seu nome?
- Você não pode me encontrar, e meu nome, de que adiantaria? Seria um rótulo, apenas isso.
A chuva caía mais forte, e em meio às nuvens pesadas vi ele desaparecer, não sabia quem ele era, nem para onde estava indo, mas em compensação, eu tinha o violão.
A França tem muitos outros lugares além de Paris, e obras maravilhosas pelo seu interior, como o Castelo de Loches, no Vale do Loire. Minha cidade é linda, e por isso sempre havia turistas, mas nunca muito perto de onde eu e mamãe morávamos, nós gostávamos do silêncio, adorávamos a paz ao anoitecer em dias de verão, e a chuva que caía nos invernos frios, nós éramos felizes em Loches.
O céu nublado declarava chuva, a noite chegaria já.
- Sofia, Sofia, - minha mãe me chamou quebrando a linha do pensamento - venha me ajudar a recolher as roupas, começou a chover, querida!
Fui correndo até ela, senti uma gota de chuva em meus lábios, como beijo sem paixão. Recolhemos todas as roupas em poucos segundos, e logo estávamos dentro de casa fechando todas as janelas e portas. Eu adorava morar ali, naquela casa de pedras, o vento ao anoitecer batia nelas resultando em um chiado muito original e especial.
Olhei para fora, com um sorriso no rosto, e lá estava ele de novo, segurando seu maldito violão, a chuva cada vez mais forte fez meu estômago embrulhar de dúvidas, pedir se ele queria entrar, tomar um banho e comer algo, ou deixa-lo na chuva, com frio e fome? Não pensei por muito tempo, abri a porta da frente e corri até ele, estava realmente muito ensopado.
Olhei em seus olhos, percebi que eram castanhos, sorri.
- Não quer entrar? Se continuar aqui fora vai ficar doente e... - o barulho de um trovão interrompeu - entre, vamos.
Peguei sua mão, e ele ficou me olhando pelo que pareceram horas.
- Agora entendo o que ele quis dizer com a palavra anjo, você parece mesmo um... - ele falou como se conversássemos sobre o tempo.
- Você o conheceu? - ele me olhou longamente sem responder, eu o chacoalhei - você conheceu meu Henri?
A chuva já tinha nos ensopado, e minhas lágrimas ao lembrar do passado se misturavam com as gotas que caiam do céu.
- Sim, eu conheci seu Henri. - ele tocou em meu ombro - antes de ele morrer pediu que eu lhe entregasse isso - ele levantou o violão sujo e molhado com a outra mão e me estendeu.
Peguei o violão, com mais lágrimas saindo de meus olhos.
- Ele me disse que tinha que ser neste dia, passei a manhã e a tarde te procurando, - ele riu hesitante - você é Sofia, não é?
- Sim, eu sou Sofia, não quer entrar, e bom, comer algo e se secar? - ele era amigo de Henri e estava ali, me entregando o violão que eu havia comprado e dado de presente neste mesmo dia há exatamente dois anos atrás.
- Não, só queria te entregar isso Sofia - ele me examinou e se virou - Adeus.
- Espere - eu gritei - onde posso te encontrar? Qual é o seu nome?
- Você não pode me encontrar, e meu nome, de que adiantaria? Seria um rótulo, apenas isso.
A chuva caía mais forte, e em meio às nuvens pesadas vi ele desaparecer, não sabia quem ele era, nem para onde estava indo, mas em compensação, eu tinha o violão.
Adeus, meu sonho sem esperança
Estou tentando não pensar em você
Você não pode apenas me deixar?
(Tradução de Almost Lover - A Fine Frenzy)
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Mil palavras,
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domingo, 12 de setembro de 2010
This is the real deal
Queria que ela tivesse gritado comigo, eu teria me sentindo melhor.
Então eu seria a usada, eu seria a certa. E as pessoas se voltariam contra ela, e não contra mim.
Ela poderia ter gritado! Poderia ter gritado e então eu sairia chorando, sairia por que havia um motivo, por que existia algo por trás daquilo.
Mas ela não gritou, apenas sorriu falsamente, aquilo era ela; uma cobra ardilosa.
Então eu segurei as lágrimas, segurei-as como se minha vida dependesse disso, por que eu até posso ser fraca, mas as pessoas não precisam ficar sabendo.
Levantei a cabeça e continuei, simples assim.
Não existiu algo com o que eu pudesse me gabar nesta história.
This is the real deal.
Então eu seria a usada, eu seria a certa. E as pessoas se voltariam contra ela, e não contra mim.
Ela poderia ter gritado! Poderia ter gritado e então eu sairia chorando, sairia por que havia um motivo, por que existia algo por trás daquilo.
Mas ela não gritou, apenas sorriu falsamente, aquilo era ela; uma cobra ardilosa.
Então eu segurei as lágrimas, segurei-as como se minha vida dependesse disso, por que eu até posso ser fraca, mas as pessoas não precisam ficar sabendo.
Levantei a cabeça e continuei, simples assim.
Não existiu algo com o que eu pudesse me gabar nesta história.
This is the real deal.
Or not...
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Pesadelo
Ele está lá, por mais que eu peça para não aparecer.
É sombrio, se esconde entre as entranhas nuas de minha mente,
É como um homem mau que não aprendeu a amar.
Ele está lá como se já fizesse parte de mim,
Ele é parte de mim.
O seu véu negro me cobre com o peso da escuridão,
Meus olhos tentam se abrir, são suplicantes,
Querem luz e querem paz,
E não o pavor que sentem sem intenção.
Tenho medo de dormir, pois sei que ele estará lá,
E lenta e demoradamente entrará dentro de mim,
Tento me manter acordada,
Tento fazer o melhor para ele não chegar a mim.
Nada adianta, eu posso retardar, mas ele nunca irá me deixar.
Dizem que seu nome é outro,
Mas eu o chamo de sonho escuro,
Eu sei que ele está lá,
Mesmo quando nem eu, nem ninguém o vê.
Eu o sinto.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O vento
- É o vento - ela dizia - é apenas o vento...
A manhã dourada sorria para ela, o vento acariciava sua pele de avelã e em algum momento ela viu que aquilo não podia ser real.
- Ao menos eu queria que fosse ele - ela sorriu desnecessariamente.
A manhã dourada sorria para ela, o vento acariciava sua pele de avelã e em algum momento ela viu que aquilo não podia ser real.
- Ao menos eu queria que fosse ele - ela sorriu desnecessariamente.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
A verdade sobre o amor
A carta estava em cima da mesa esperando para ser aberta por mim há pelo menos meia hora, em um de seus lados havia meu nome em um garrancho escuro e mal feito: "Destinatário: Helena Monaretto". E no outro a mesma letra com o nome dele: "Remetente: Marcus Neves". Como era cruel olhar para aquela carta e saber que ele já havia passado as mãos por ali, que a havia tocado. E se tivesse um pouco de compaixão mostrado amor em suas palavras.
Eu queria voltar no tempo, voltar para seus braços e para seu calor. Sentia saudades de Marcus, uma saudade irritante, que doía fisicamente, me fazia sentir raiva por ama-lo, me fazia odiar por acreditar em suas palavras.
* * *
6 MESES ATRÁS
* * *
Helena ficou cega, cega por algo desconhecido, pelo que ela achava que era a verdade. Seu amor crescia como uma flor, germinava e era regado pelas palavras de Marcus, recebendo como luz solar o brilho de seus olhos castanhos.
Marcus a seduziu, Helena, uma romântica incorrigível acreditou em todas as palavras que saiam dos lábios sempre suaves de Marcus. Ela estava tão apaixonada que daria a vida pelo seu amor, ou pelo que ela achava que era amor.
Para Helena quatro meses era mais tempo do que já havia passado com qualquer outra pessoa, e pensava que sabia tudo sobre Marcus, bom se ela conhecia, a cor e a comida preferida dele, sabia do que gostava, do que não gostava, sabia do que ele sentia medo, o que havia mais para descobrir sobre ele?
Ela não tinha medo de se surpreender, ela confiava nele.
Em uma manhã fria de outono, ela foi até a casa dele, estava entrando no velho e encardido prédio de Marcus, quando antes mesmo de chegar em sua casa, ouviu sua voz.
Sim, com certeza era ele, na escada de emergência do prédio, pelo jeito de falar tentava convencer alguém de alguma coisa. Helena ouviu com mais atenção, a outra voz era de mulher, soava manhosa. Já tensa, Helena abriu a porta para a escada, e com um choque ainda maior viu que era com certeza Marcus, em seu coração ela ainda acreditava que não fosse ele, queria que não fosse ele.
Ao seu lado uma mulher ruiva, com lábios finos e frios sorria com desdém.
Helena sorriu de volta, um sorriso com lágrimas, um sorriso mais frio do que o da ruiva na sua frente, não esperou mais nada, virou as costas e saiu.
* * *
TEMPO ATUAL
* * *
Olhei para a carta, dessa vez com pavor de abri-la
O maior problema foi eu acreditar que ele nunca iria me surpreender, mesmo ele tendo me dado indiretas ao longo do tempo, eu confiava nele, acreditava que era somente eu em sua vida, sem ruivas frias e desdenhosas.
Decidi que não leria aquela carta. Seria melhor deixar tudo como estava.
Rasguei-a e coloquei fogo. A verdade sobre o amor é que a confiança precisa ser mútua, um casal não é um casal com apenas uma pessoa.
Pauta para: Bloínquês (Conto/história).
Tema: Decidi que não leria aquela carta. Seria melhor deixar tudo como estava.
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