Em dias comuns eu apenas concordo com essa ideia, mas quando dentro de mim algo se agita e eu venho para cá meu corpo inteiro grita que cada um tem que ter o seu lugar.
E o meu lugar é o mar. Foi nessas ondas que cresci, por entre peixes e emaranhados de redes, nunca quis mais nada para mim, é isso que me faz feliz, e que clareia meus dias. Quando faz sol em terra e estou triste entro no barco e navego pela plana água de verão, logo me sinto bem, um sorriso se abre em meus lábios. Quando faz chuva e estou no barco sempre me sinto feliz, não sei se é por que a luta é maior ou por que a água salgada respinga em mim, de uma maneira ou outra em cima do mar me sinto completo, como se nada mais faltasse em minha vida.
Tem dias que me pergunto se todas as pessoas se sentem assim em determinado local, se todos se sentem em tamanha plenitude espiritual como eu, nunca consegui respostas, mesmo tendo tanto tempo para refletir. Navego sozinho, e a solidão é minha companheira, ela se esgueira para dentro do barco devagar como se não quisesse me assustar. E não me assusta. Ela é delicada, é como a morte para algumas pessoas.
É aqui que venho quando estou triste, quando estou feliz, quando preciso mostrar para mim mesmo que posso ser bom o suficiente para o mundo, para o mar.
Pauta para Bloínquês.
Edição Musical
Tema: "Onde você vai quando está triste?" When the stars go blue - Bethany Joy Lenz feat. Tyler Hilton.
Ótimo texto! Tem um selo pra você no meu blog: http://nadaconclusiva.blogspot.com/2011/01/selo.html Beijos.
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