A verdade é que amanhã é meu aniversário. Eu faço 15 anos, a idade tão esperada por quase todas as adolescentes. Mas não a minha.
Algumas coisas mudaram em minha vida essa semana, isso não tem como negar. Eu me mudei e comprei quatro livros (haha, adoro contar quando compro livros), Enterrada viva – biografia da Janis Joplin, Dom Casmurro, O menino de asas e Querido John.
Amanhã, no dia do meu aniversário, vou estar viajando para um torneio de vôlei estadual, o JERGS. E isso é muito triste, queria passar meu aniversário em casa, e não suando, com dor em todos os músculos e suja. Mas to firme aqui; eu agüento.
Nunca me disseram que eu iria mudar quando fizesse 15 anos, mas parecia que em meu cérebro eu tinha uma pré-programação, como se 15 anos fossem iguais a maturidade, inteligência, respeito dos outros para com a gente. Mas esse pensamento é errado.
Nada irá mudar de hoje para amanhã, eu simplesmente vou seu um ano mais velha, se eu quisesse maturidade e etc. teria que ganhar isto do ano de 2009 ao 2010, aos poucos, como uma conquista.
Tenho medo de envelhecer rápido demais e não ver o tempo passar.
Tenho medo de não conhecer ninguém que me faça feliz de verdade.
Tenho medo de não escolher uma profissão segura.
Tenho medo de mim mesma. Algumas vezes sou um perigo.
Tenho medo de não conquistar as coisas, de sonhar demais e viver de menos.
Não gosto de temer, mas faz parte, e a cada aniversário eu sei que faz mais um ano que estou nesse mundo, como um ser pensante, que pode sentir, cheirar, olhar, pensar, ouvir e falar. E eu agradeço por isso.
Lembro de ouvir uma conversa de meu pai e minha mãe que eles falavam mais o menos isso:
Mãe: “A Alessandra já tá na quarta série!”
Pai: “É mesmo...”
Saudade da quarta série, saudade de ser criança...
Parabéns pra mim então!
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