sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não existe o nada, não entre nós

Entre nós, não existe nada - foram suas palavras.
Que insegura eu fico em relação a opiniões próprias, olhe como tudo pode ser dinâmico e louco. Por que eu conheço o nada, e ele não é assim.
O nada é um sentimento tão vazio que não tem profundidade, o nada não é uma estrela no horizonte, nem é o horizonte. O nada é puro, é selvagem, e se anula por adjetivos contrários. O nada não traz coisas boas, nem leva coisas ruins, o nada é triste, é feliz, o nada é não pensar em ninguém, e não ter alguém. O nada é exatamente aquilo que todos queremos manter distância, mas que uma hora ou outra conhecemos.
E posso dizer com confiança; eu conheço o nada, e ele não é assim.
Entre nós, não existe o nada.




"Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas."


2 comentários:

  1. Ai que lindo! *-*
    Se encaixa perfeitamente pelo que estou passando agora e me fez bem sentir melhor! kkk

    bjs :*

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  2. Profundo!
    Acho que eu também definaria o nada dessa forma. Muito, muito bom *-*

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Nunca sabemos de tudo.

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