terça-feira, 30 de novembro de 2010

- Vem!

Vem, sinta o sopro da noite, deixe seus cabelos soltos, deixe que eles se agitem. Vem, não tenha medo que a escuridão te supreenda, os sons é que fazem o momento. Vem, que mesmo cega, sem a luz, ainda posso ouvir teus passos, teus gritos. Vem, que mesmo diferente o mundo te faz mais.

Foto por mim, na foto: Júlia Helfenstein
Texto pra nova Amelie Poulain.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Meta 37

Hoje tomei um banho de chuva por vontade própria. Já estava um pouco molhada pelo tempo que esperei meu pai no centro, então pensei: "essa não é uma das minhas metas do 101 em 1001?" Sim, era, então lá vou eu...
E realmente, lá fui eu, coloquei um calção e girei entre pingos e respingos da minha tão adorada chuva. Eu amo chuva, está em mim, e em cada trovoada eu sentia um pouco mais do meu eu descendo ao solo, eu achava a mim mesma, entre cargas negativas e positivas, eu me encontrava, descobrindo a sensibilidade de minha pele, e fazendo o calor de novembro ir literalmente por água abaixo.
Eu ria sozinha, e nos reflexos das janela de minha casa eu ressucitei algo que tinha se perdido em algum canto empoeirado dentro de mim: a felicidade.
A leveza de ser eu mesma, de estar em mim, de rir sem precisar de algo mais concreto do que estar ali, de ter sangue correndo nas veias.
Eu só estava esperando a chuva vir...

sábado, 27 de novembro de 2010

Lapso

Tendo um lapso temporário de lembranças, mudando alguns conceitos e esperando a chuva vir.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Então, que seja doce

"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada." 
Caio Fernando Abreu

Algumas verdades devem ser ditas como se fossem labaredas de fogo: rápidas e com um poder de destruição avassaladoras.
Nunca ninguém me perguntou se eu aceitava gostar de escrever, eu simplesmente gosto, e isso faz com que eu amanheça todos os dias com uma imensurável vontade de viver, está em mim, faz parte de mim, sou eu na forma mais literária da vida. 
Se eu aceito gostar? Sim, mas só por que tudo que chega em minha vida sempre é recebido de braços abertos, pode me destruir, me fazer sofrer, mas mesmo assim  se ajusta a mim ficando cada vez maior, mesmo algumas vezes isso estando distante no espaço físico, e outras no espaço mental.
Afinal, tudo é tão infinito, e minha alma é ainda mais...
A escrita é apenas uma forma da minha vida que todos podem conhecer, já que eu mesma me fecho para o que me rodeia.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cambaleante cansaço e outras cositas mas

Eu, Alessandra, estou cansada. Este não é nenhum texto indireto, e não está sendo escrito em um momento de tédio.
Tenho duas provas amanhã, das quais não sei nada. Tenho que ler dois capítulos de sociologia, e estudar função exponencial.
As últimas semanas passaram corridas, semana retrasada faltei todas as aulas em virtude do Poncho em Cena, o teatro.
Semana passada, faltei três dias por causa da viagem para o Beto Carrero.
Essa semana a chapa para o grêmio estudantil está tomando meu tempo em aula, então, não tenho nem ideia das regras da função exponencial.
E não, isso não é uma reclamação.
Só estou cansada, minha cabeça dói, meus pés, minhas costas, meus olhos e até meu pescoço. Hoje ainda tenho que ir novamente na escola, as oito horas da noite, por isso tenho que tomar banho e decidir se seco o cabelo ou não. Torçam para que minha chapa ganhe pessoal, bora na luta...

CHAPA P.O.A. "Pensar, Opinar e Agir". Vote consciente, número 1 na mente!!

Vou tentar me concentrar e ler o livro de sociologia, mesmo sabendo que Audrey Niffenegger me chama com a história de Clare e Henry.
Então eu pergunto; como me concentrar sabendo que tem um romance de quatrocentos páginas viciante e lindo esperando para ser retomado?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

101 coisas em 1001 dias

101 coisas em 1001 dias é um projeto que eu começo a participar hoje, é uma lista de objetivos, tanto materiais, mentais e de comportamento que eu quero, desejo, enfim, que terão que ser feitos em 1001 dias.
Começa hoje dia 25 de novembro de 2010 e seu término se dará no dia 21 de agosto de 2013, até lá eu posso até mesmo desistir, mas sempre tento alcançar o que desejo, 1001 dias é em torno de 2,75 anos, então é muito tempo, já vou ser maior de idade, vou ter saido da escola e provavelmente (tomara, tomara, toamara OMG!)  passado em um vestibular sem fazer cursinho, hããn sei!
Enfim, nesses 1001 dias eu vou ter oportunidade de fazer muitas coisas, mas sem perder a mim mesma, e não esquecer os objetivos de minha vida, que entre outras cositas mas se detecta claramente a faculdade de jornalismo.
Então, bora lá pessoal, que a vida é agora...
Ou não!

Perguntinha rápida:
Se o que vivemos a um milésimo de segundo atrás é passado, será que o presente é real?

Super post em resposta aparece um dia desses. Prometo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A súplica

- Vem comigo? - ela falou com a mão estendida, a sensibilidade saindo por todos os poros do seu corpo.
Ele olhou. Olhou. Olhou.
- Por quê? - Ele finalmente falou.
- Por que eu preciso de você. Preciso que você segure minha mão, quero sentir seu cheiro, olhar sua face, sorrir quando você sorrir. Quero você.
- Isso não é o bastante, não pra mim. Não sustenta as voltas que o mundo pode dar, as perdas que eu posso sentir - os olhos dele mostravam medo.
- Mas eu perder você não pode ser uma dor maior para mim, do que a que você irá sentir? - ela olhou-o suplicante.
- Você acha? - ele encarou o fundo dos seus olhos - Por que se você estiver com total e plena certeza sobre isso eu seguro a sua mão e não largo nunca mais.
O silêncio tomou o lugar, os olhos dela se encheram de lágrimas, seu braço caiu ao lado do corpo. O corpo que guardava a dor de não querer fazer ele sofrer.
- Fique. Não terá a mim, mas terá a ela, me fará sofrer, por que te amo, mas ela, mesmo indiferente a você o terá. Fique, mesmo que a dor assome minha alma, mesmo que eu nunca mais te veja, olhe em seus olhos ou veja seu sorriso. Então eu vou... Mas vou bem devagarinho, por que quase tudo que vai embora bruscamente, não volta para o que foi feito. E você tem meu amor e eu fui feita para você, então eu vou, com passos lentos para eu poder sentir os últimos resquícios de seu perfume, eu vou, com a alma fragmentada pela perda. Mas vou de cabeça erguida, por que quero que você lembre de mim como me conheceu, com todos os sentidos ligados e fingindo que tenho um coração.


Nada mais clichê que esse tipo de texto que eu escrevo, mas fiquem sabendo que não existe nada melhor que escrever uma história sem nomes e com muito sentimento.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Duzentos e trinta e sete

Tem a ver com gosto do merengue, o cheiro do litoral.
Tem a ver com a ansiedade no corpo, a tensão nos sorrisos e o companheirismo.
Tem a ver com a mala atrasada, o livro de bolso e o tempo passando.
Tem a ver com pneus cheios, água engarrafada e portas trancadas.
Duzentos e trinta e sete músicas, cem ritmos diferentes, um doritos de queijo nacho e um título assombrador.
Duas baterias cheias, uma memória boa e o protetor solar pronto para acabar.

Merengues, foto por mim

Vou pro Beto Carrero, e pra praia, então o post foi em homenagem, haha. Beijos e boa viagem pra mim!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Kate Middleton e Príncipe William

Sou a nova fofoqueira do pedaço, e pra quem não sabe também sou viciada em família real e qualquer coisa que seja minimamente arcaica.
A nova informação, para quem não olha televisão (oooi, JN), é que a Kate Middleton, a plebéia rica sem sangue azul, e o Príncipe William de Gales estão noivos e vão casar na metade do ano que vem. O anel de noivado dela foi dado de presente de Charles (o filinho da mamãe) para minha amada Lady Di, achei um pouco triste a cor, como se fosse luto e não felicidade, mas quem sou eu para reclamar os poucos euros que deve ter sido gasto para compra-lo se a Srta. Middleton ficou feliz?

Imagem: G1

Tomara que Kate seja um pouco mais segura de si, todos sabemos que Diana poderia ter durado mais se fosse mais esperta, era sentimentalista, isso acabou com ela.
Kate e William namoram há quase oito anos, apenas uma vez romperam (oficialmente claro, revistas não dizem toda a verdade), e agora vão casar, lindos pombinhos não?

Kate Middleton e Príncipe William

  O que me deixa triste é a forma como as duas histórias, a de Diana e Charles e agora William e Kate são parecidas, só espero que não termine do mesmo jeito. Mesmo tendo uma paixão por Lady Diana sei que precisa ter muita fibra pra enfrentar a orla de paparazzis  e puxa saquistas que rodeiam a nobreza britânica. Falou a entendida.
Kate Middleton se formou em História da Arte - huum - na mesma faculdade que William de Gales frequentou, foi lá que se conheceram, ela é rica, mas não faz parte da realeza.
Tomara que ela não vire Lady, imagine só como o povão do Brasil iria rir? Lady Kate!
Boa sorte para os noivos, eles vão precisar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Personalidade: Annie Leibovitz

Annie Leibovitz
Annie Leibovitz estudou pintura, mas foi com a fotografia que ela se garantiu. Por volta de 1970 ela começou a trabalhar na  revista Rolling Stone, onde ficou até o ano de 1983, ela deu a revista um novo olhar, com fotos como a de John e Yoko.

John e Yoko, na manhã da morte dele 22 de janeiro de 1981
para revista Rolling Stone
Linda Ronstadt em sua cama pegando um copo de água,
para a revista Rolling Stone 1976
A partir de 1980 Annie teve destaque na revista Vanity Fair, começa também a usar mais luz e mais cores em suas fotografias.

Demi Moore grávida, capa da Vanity Fair 1991

Penélope Cruz e Woody Allen ensaio para Vanity Fair

Annie Leibovitz se reconheceu como homossexual quando assumiu seu caso de anos com Susan Sontag uma escritora que morreu de leucemia. Annie passou com Sontag os últimos dias antes dela morrer.

Susan Sontag, já com leucemia

Angelina Jolie

Whoopie Goldberg em uma banheira de leite

Johnny Depp e Kate Moss em NYC, 1994

Miley Cyrus, para Vanity Fair

Lucy Liu

Annie Leibovitz tem três filhos, e dois deles (gêmeos) com Susan, nascidos de uma mãe de aluguel.

Rainha Elizabeth II, EUA, 2007

Barack Obama e família na Casa Branca

Eu a admiro por causa de seu trabalho maravilhoso, pela sua fama com a fotografia e por mostrar com a imagem o que ela pensa.
Annie te vários livros publicados, um deles ela está montando agora, se chama Women, se quiser conhecer um pouco clique aqui.

domingo, 14 de novembro de 2010

O gosto ardente do tédio

Hoje senti o gosto inoportuno do tédio. Mas foi um tédio incomum, não do tipo que se sente em domingos normais, nem em tardes sedentárias, mesmo que isso seja a realidade do momento.
O gosto foi ardente, mas foi um ardente estranho, do tipo que eu nunca havia provado, uma mistura de pimenta fraca, orégano com frango e morango azedo. Sinta os gostos... Imagine.
O que tem a ver com tédio todos esses gostos? Absolutamente nada.
Na verdade gosto de tentar sentir o que eu penso. Torna tudo mais real, e faz com que eu ocupe minha cabeça com algo.
Estranho eu ser assim, tão... desocupada Sei lá. Mas se eu não mostrar o que eu penso, quem é que vai comparar o tédio a pimenta fraca? Ninguém.
Por isso que eu escrevo, para libertar meus próprios pensamentos, e deixar eles voarem pelo tempo que acharem necessários. Até que um dia voltem para mim, mais completos, mais seguros e mil vezes mais interessantes.
O tédio que eu sinto, nada tem a ver com falta de escolhas ou de não ter o que fazer, o tédio é estimulado pela minha ansiedade, minha maldita e sempre presente ansiedade. Sim, eu tenho esse problema, mas, qual é o seu defeito? Prove que não tenha e eu me rendo a você.
Sem eles não existiriam as qualidades.


FRANGO, EU E A TRANCINHA

sábado, 13 de novembro de 2010

Através do Espelho - A minh'alma falou

Eu acho engraçado como o tempo passa e algumas coisas continuam as mesmas. Como se fosse um déjà vu, só que da mesma vida.
Sabe quando nos tocamos que tem coisas que podem nunca passar? E (se) quando passarem vão deixar marcas terrivelmente fortes dentro de nós?
Estou lendo um livro sobre um anjo e uma menina, Através do Espelho de Jostein Gaarder, e nele eles mostram o quão maravilhoso é o mundo, e como nós humanos não vemos isso.
Nós somos cegos para o que nos cerca, conseguimos achar uma moeda no chão, mas poucos acham sua própria dignidade, conseguimos discutir horas sobre a cor do cabelo de tal pessoa, mas esquecemos de olhar para a folha que cai ao chão, poucos notam a troca das estações, e o quanto isso é importante.
O mundo dá voltas, esquecemos e lembramos de coisas, continuamos a vida como se tudo fosse um mar de rosas, mas realmente é? Para começar imagine um mar de rosas? Loucura total!
Pensamos sobre tantas coisas para descobrir que muitas vezes nosso erro se encontra nas coisas mais imbecis, como por exemplo tentar esquecer o que é já faz parte de nós.


"Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não enxergaríamos mais a nós mesmos."


Jostein Gaarder, Através do Espelho


Qual é a distância de um pensamento para outro?
A mesma da terra até a lua?
Não sabemos, correto? O mundo não é uma grande bolha, por que uma bolha é só uma bolha. Eu não sei o que o mundo não é, mas com certeza eu sei o que ele é. Enlouquecedor, assustador e maravilhosamente detalhado.


O QUE É UMA BOLHA?



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

HAICAI 俳句

Descobrindo diferenças,
Aprendendo que mudanças prendem pessoas.
E fazendo menos desavenças.


PAAARA TUDO! ESSE FOI O PRIMEIRO HAICAI DA MINHA VIDA!
Um Haicai se baseia no seguinte, a última sílaba da primeira linha tem que rimar com a última sílaba da terceira linha. E a segunda sílaba da segundo linha, tem que rimar com a sétima sílaba contando da terceira sílaba da segunda linha em diante.
Olhem:

Descobrindo diferenças,
Aprendendo que mudanças prendem pessoas.
E fazendo menos desavenças.

Gostaram? Ou não fui feliz?

Só pra constar: Essa forma de escrita é de origem japonesa e valoriza a objetividade.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Teatro e Pink - a nova mamãe do pedaço!

A semana anda corrida, faço teatro na minha escola e do dia 8 a 11 de novembro acontece 10º Poncho em Cena, minha peça está em cartaz, se chama "A Procissão dos Elefantes" e foi escrita por Roberto Villani. É uma história simples, sobre pessoas simples, que gostam de histórias simples. Até agora tem dado tudo certo, e eu estou feliz, por que trabalhamos muito essas últimas semanas na nossa peça e no final é sempre bom saber que valeu a pena todo o tempo que gastamos com isso.

eu (como Sofia), Brendha (como Mercedes),
Elisabeth (como Milene, e aquilo é uma peruca),
 Fernando (como Leonardo) e Fernanda (como Carmem).

E não querendo importunar ninguém com noticias desnecessárias, a Pink está grávida! WOOOOW
Segundo a revista "US Weekly" ela e o maridão Carey Hart vão ter um filho, ela está com doze semanas de gravidez e segundo a mesma revista; "Ela será uma mãe brilhante".
Desde que ela não troque o filho no chão do supermercado e depois raspe todo o cabelo, ela pode ter quantos filhos quiser. É claro que também tem que manter uma linha de fundamento com suas música não é? Ninguém merece decair depois de ter um filho, principalmente ela que arrasa total com suas músicas.

Pink e Carey Hart que esperam o primeiro filho!
Escutem o que para mim é a mais clássica de todas as músicas da Pink:

domingo, 7 de novembro de 2010

Com aqueles olhos d'água, chora meu filho!

Aqueles olhos d'água, mimi
- Fiquei muito balançado depois que eu a vi - suspiro - com aqueles olhos - pausa sorridente -, que eu chamava de olhos d'água.

Essas foram as palavras de Gerson para Mauro na novela Passione sobre a Maysa Felícia.
Eu não sou nada fã de novelas, mas algumas vezes como sexta-feira eu olhei.
Não gosto de ridicularizar nada, me sinto mal. Mas, que merda foi essa de olhos d'água?
O jeito que ele falou foi de uma maneira tão ridícula que depois que vi isso não tinha outra coisa a fazer além de rir, qual foi a do Silvio de Abreu ao escrever isso?
Realmente novelas não foram feitas para mim, apenas para a população em geral, rs.
Mas pode ser que tenha sido só um momento meu, por que depois que eu procurei na internet e olhei de novo achei não foi nada anormal, considerando (novamente) que é uma novela.
Se quer ver com os próprios olhos vá à 5:58min:

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Fina Brisa



Um sorriso lento, doze degraus de escadas.
Um momento de susto para quem segurava uma mão.
O silêncio vespertino, o branco dominador, o reflexo assustador, o medo do meu Senhor.
A brisa fininha invadia o lugar.
Olhos escuros chegavam devagar.
Algo dizia para esquecer, outro dizia que iria descer.
Doze degraus de escadas olhando pra trás, que triste é não reconhecer.
Um par de bochechas vermelhas para guardar, e ninguém interessado em perguntar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fuga Estrelar

Um raio de luz brilhou pra mim,
Olhei para o céu tentando entender,
Olhei para você fingindo saber.
Era o brilho do olhar, dos seus olhos.

Menti para mim,
Menti para a lua,
Mas você conhecia a minha verdade,
Juntos você faria minha felicidade.

Do céu caiu em minha mão.
Uma estrela ou uma paixão?
O luar ou enganação?
Você ou minha solidão?

Reluziu como um farol na escuridão,
Foi como o fogo no auge do verão.
O meu pedido não puder fazer,
Você era ligeira, e me dava prazer.

Olhar você me fazia tremer,
Te decifrar era o mesmo que te entender,
Larguei meu sorriso na praia,
E fiquei de tocaia.

Esperei você desaparecer,
Então corri querendo te perder.
Disse mais mentiras e fugi,
Sumi...
Sumi...
E te perdi.


Pauta para Bloínquês
Edição Poesia
Tema: Estrela Cadente

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Momento sou minha, só minha

Não me diga o que fazer, isso não fará de mim sua. Nem sua, nem de mais ninguém.


Não faça compromissos. Você é tudo o que você tem. (Janis Joplin)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Personalidade: Mukhtar Mai

Mukhtar Mai
Mukhtar Mai nasceu no paquistão no ano de 1972. Quando tinha 28 anos seu irmão foi a julgamento por ter um relacionamento com uma mulher de um clã superior ao de Mai e seu irmão, ele iria sofrer pena de morte. Mas Mukhtar Mai foi pedir clemência pela sua vida, eles não o mataram, mas ela foi condenada a um estupro coletivo.
Mukhtar foi arrastada por quatro homens até um estábulo vazio, e lá, indiferente as suas súplicas e pedidos estupraram ela um após o outro.


"Não sei quanto tempo durou essa tortura infame, uma hora ou uma noite. Jamais esquecerei o rosto desses animais." (Mukhtar Mai)

Nos três dias seguintes ao estupro, permaneceu trancada em seu quarto. Não conseguia comer nem falar.
Mas ao contrário do que fazem as mulheres no Paquistão quando isso lhes acontece Mukhtar Mai não se suicidou. O jornal local publicou a sua história, e o caso acabou repercutindo internacionalmente. 
A policia então teve que agir, foram até Mukhtar Mai, e ela não recuou diante da oportunidade de denunciar seus agressores. Sofreu ameaças contra si própria e sua família, teve um primo morto pelo clã inimigo, mas não desistiu.
Teve um livro publicado chamado Desonrada com suas memórias. 

Mukhtar Mai
Hoje Mukhtar Mai aposta na educação como forma de mudar a realidade das mulheres no seu país, mesmo o Alcorão, o livro sagrado muçulmano, dizendo que homem e mulher são iguais não é isso que acontece. No Paquistão elas não podem trabalhar, freqüentar escola e muito menos mostrar sua opinião. Não são poucas as vezes que as mulheres sofrem por algo que alguém de seu clã fez, como aconteceu com a própria Mukhtar Mai, que teve que pagar a conta de "honra" do clã superior.
Hoje com as doações que recebe ela fundou uma escola para meninas e é o  símbolo mundial das mulheres muçulmanas que lutam pela igualdade.
Teve sua história publicada no The New York Times, visitou a França e foi recebida pelo Ministro de Relações Estrangeiras, foi aos EUA e aprendeu a ler e escrever.
Hoje com o dinheiro que recebe conseguiu fundar mais três escolas e consegue dar apoio as mulheres que sofrem violência.

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