Mukhtar Mai |
Mukhtar foi arrastada por quatro homens até um estábulo vazio, e lá, indiferente as suas súplicas e pedidos estupraram ela um após o outro.
"Não sei quanto tempo durou essa tortura infame, uma hora ou uma noite. Jamais esquecerei o rosto desses animais." (Mukhtar Mai)
Nos três dias seguintes ao estupro, permaneceu trancada em seu quarto. Não conseguia comer nem falar.
Mas ao contrário do que fazem as mulheres no Paquistão quando isso lhes acontece Mukhtar Mai não se suicidou. O jornal local publicou a sua história, e o caso acabou repercutindo internacionalmente.
A policia então teve que agir, foram até Mukhtar Mai, e ela não recuou diante da oportunidade de denunciar seus agressores. Sofreu ameaças contra si própria e sua família, teve um primo morto pelo clã inimigo, mas não desistiu.
Mukhtar Mai |
Hoje Mukhtar Mai aposta na educação como forma de mudar a realidade das mulheres no seu país, mesmo o Alcorão, o livro sagrado muçulmano, dizendo que homem e mulher são iguais não é isso que acontece. No Paquistão elas não podem trabalhar, freqüentar escola e muito menos mostrar sua opinião. Não são poucas as vezes que as mulheres sofrem por algo que alguém de seu clã fez, como aconteceu com a própria Mukhtar Mai, que teve que pagar a conta de "honra" do clã superior.
Hoje com as doações que recebe ela fundou uma escola para meninas e é o símbolo mundial das mulheres muçulmanas que lutam pela igualdade.
Teve sua história publicada no The New York Times, visitou a França e foi recebida pelo Ministro de Relações Estrangeiras, foi aos EUA e aprendeu a ler e escrever.
Hoje com o dinheiro que recebe conseguiu fundar mais três escolas e consegue dar apoio as mulheres que sofrem violência.
"Não sei quanto tempo durou essa tortura infame, uma hora ou uma noite. Jamais esquecerei o rosto desses animais." (Mukhtar Mai)
ResponderExcluirEssa frase também poderia ser atribuída à nossa presidenta, pensa nisso...