Vou fazer uma simulação literal para todos vocês, vou tentar mostrar como deveria ser a história de Josefina, mas não é.
Josefina é uma menina muito vaidosa e acabou de comprar um calçado novo de salto alto. Chegando em casa ela senta no sofá e grita “MÃÃÃE, traz meu calçado novo”, a mãe de Josefina que é uma mulher que adora fazer as vontades da filha traz o calçado para ela, ele tem um salto altíssimo, que deixaria modelos como Carol Trentini no chinelo. Josefina coloca o calçado, e com muita rapidez se levanta, ela tenta dar o primeiro passo, mas cai, tenta se levantar sem sucesso algum. Então ela aprende que ela deve subir os cm do salto aos poucos e não ir direto pro salto quinze. Josefina aprendeu. Josefina foi inteligente e trocou o calçado, para não ficar tropeçando cada vez que erguesse uma perna.
Bom, essa mini-história que eu acabei de contar não tem nada a ver com a realidade. Não acreditem nela, por que na história verdadeira não existe nenhuma Josefina, provavelmente ela tem um nome que está na moda, e existe mais um trilhão de pessoas com o mesmo, então para não machucar/ofender minhas leitoras vou continuar com Josefina.
Josefina é uma menina muito vaidosa, ela tem um cabelo chapado, e adora quando dizem que ela é linda, ela se arreganha toda por dentro, mas exteriormente ela fica se fazendo dizendo que “aquele elogio não é pra ela”. Ela não comprou somente um calçado novo, ela já comprou milhares de calçados novos, e um a mais não faz diferença alguma. Ela ainda está na loja experimentando o calçado, está em dúvida entre aquele rosa lindo e maravilhoso e aquele preto mais maravilhoso ainda. Então ela liga pra mãe dela com uma voz de menina sem sorte e diz: “MÃÃÃE, eu não sei qual escolher”, a mãe dela que adora fazer as vontades dela diz: “Pode pegar os dois minhas filha”. Ela coloca os calçados pela primeira vez e caminha como uma princesa, sem tropeçar, quase flutuando. Ela é uma garota feliz... Mimada e feliz.
Vamos fazer uma “visualização” das duas histórias, na primeira a Josefina é uma menina mais acordada, ela sabe o que é real ou não, ela errou, e tropeçando aprendeu o que é certo ou errado. Figurativamente essa história seria de uma garota que com seus próprios erros e seus próprios pés descobriu algumas verdades sobre a vida, mesmo a mãe dela mimando-a.
Já na segunda história Josefina precisa que alguém a chacoalhe para o mundo real. Figurativamente essa garota não sabe se errou ou não, se ela ofendeu alguém ela não notou, nem percebeu, deixou passar. Ela ainda está cega, surda e muda para o que se passa ao seu redor. O mundo dá voltas, mas e daí? O carro também.
E a segunda garota é o tipo que eu odeio, tem tanta coisa melhor pra se preocupar enquanto o mundo fútil ocupa a cabeça delas. O que são sapatos, cabelo e unhas quando não temos nossa própria alma? Eu digo a vocês: NADA absolutamente NADA.
Eu acho que toda a garota tem que se preocupar consigo mesma é claro, mas isso até um certo nível. Porque se sua conversa sobrevive na base disso cuide-se, você tem sérios problemas.
E sabe o que garotas fúteis precisam? Um balde de água fria. Sim, congelando, que melhore até a alma e façam a realidade aparecer como um jato na memória. Até eu preciso em alguns momentos, por que quem nunca se odiou por algo que fez, por favor, atire a primeira pedra. Desde a vez que bateu o pé no canto do guarda-roupa até o momento em que terminou algo que deveria ter continuação. Sim, todas nós temos algo de Josefina.
Imagem: Google
oO ~ alguém me acorde. Acho que agora o Blogger fez as pazes com meu PC...^^'
ResponderExcluirMuito bom o texto ....adorei a comparação com a Modelo Carol Trentini....é a realidade.
ResponderExcluir"E sabe o que garotas fúteis precisam? Um balde de água fria. Sim, congelando, que melhore até a alma e façam a realidade aparecer como um jato na memória."²
concordo com voce, algumas garotas fazem o possivel para esconderem de si mesmas o real, o verdadeiro. mas um dia elas aprenderão que as coisas estao muito alem da duvida de qual sapato escolher.
ResponderExcluirgostei muito. beijos ;*