Em um clique não estamos mais aqui, em um clique o mundo gira e pode nos deixar na mão. Apenas um clique...
A vida muda de direção, como o vento. Às vezes uma leve brisa e outras vezes grandes furacões. A diferença é que não temos meteorologistas para dizer o que vai acontecer, tudo é uma grande surpresa, como um presente de uma pessoa desconhecida, não sabemos o que nos espera. Nunca sabemos o que nos espera.
Não podemos nunca dizer ter certeza de algo sobre o futuro, pois ele muda... Nós mudamos.
Mudam nossos desejos, nossa rotina, nossos tiques estranhos... Tudo muda.
Então, cuidado com o que você deseja cuidado. Pois tudo pode mudar, e no final pra você nada pode sobrar.
domingo, 31 de janeiro de 2010
A vida voa como o vento
E lá se vai mais um mês, sabe, às vezes não notamos como o tempo passa rápido, mas é difícil não perceber nesses momentos. Agora só faltam onze meses para o ano acabar e começar tudo de novo, um ano mais velha, um ano mais madura (espero).
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Ser indecifrável
As vezes alguns brincam dizendo que não gostariam de ser tão humanos, afinal, temos necessidades, precisamos de mais coisas do que um robô para sobreviver. Mas mesmo as vezes parecendo tão frágeis somos fortes, mais fortes até que robôs...
Podemos muitas vezes sobreviver com o fio da vida quase escapando, se esvairando, indo embora. Um fio de vida, uma corda pegando fogo, dependemos disso algumas vezes, mas muitos de nós se mostraram fortes o bastante para andar nessa corda bamba chamada vida.
Comparar robôs a nós chega a ser ridículo. Somos mais capazes, temos a centelha brilhante da vida em nós, somos humanos e capazes de tudo. Sabemos a hora certa de ajudar, a hora certa de lutar, a hora certa de dizer não ou sim. Em outras palavras temos cérebros e ossos, somos seres humanos.
Quando alguém se machuca, nós sabemos que devemos ajuda-lo. Pelo menos os seres bons sabem.
Quando vemos algo que gostamos, tentamos todas as coisas para consegui-lo, desde que isso não prejudique ninguém. Pelo menos os seres bons não prejudicam.
Existem também seres maus, seres humanos que não se importam com a humanidade, com o mundo, que só querem saber deles mesmos. Fazem de tudo para se dar bem, e machucam desnecessariamente outras pessoas, pessoas inocentes.
Esse mesmo mundo que por acaso sofre tantas catástrofes naturais. E para ele não existe nada melhor do que seres bons, aqueles seres que ajudam, aqueles seres que sobrevivem em meio a tijolos caídos e poeira. Seres fortes, seres que são capazes de enfrentar os desafios da vida. Não importando a idade ou o tamanho. São retirados de escombros segurando ainda firme a corda bamba da vida, a corda que agüenta todos os pesos e todos os pensamentos. Todos os seres humanos.
Os mais ruins que se cuidem, pois os seres bons sempre conseguirão se sair melhor. A vida é assim, os desenhos animados são assim, os filmes, as novelas... E espero que a vida também seja.
Os seres humanos são perfeitos, existem coisas em nós que nem os maiores cientistas podem explicar. Somos indecifráveis e sempre temos algo para aprender e ensinar.
Podemos muitas vezes sobreviver com o fio da vida quase escapando, se esvairando, indo embora. Um fio de vida, uma corda pegando fogo, dependemos disso algumas vezes, mas muitos de nós se mostraram fortes o bastante para andar nessa corda bamba chamada vida.
Comparar robôs a nós chega a ser ridículo. Somos mais capazes, temos a centelha brilhante da vida em nós, somos humanos e capazes de tudo. Sabemos a hora certa de ajudar, a hora certa de lutar, a hora certa de dizer não ou sim. Em outras palavras temos cérebros e ossos, somos seres humanos.
Quando alguém se machuca, nós sabemos que devemos ajuda-lo. Pelo menos os seres bons sabem.
Quando vemos algo que gostamos, tentamos todas as coisas para consegui-lo, desde que isso não prejudique ninguém. Pelo menos os seres bons não prejudicam.
Existem também seres maus, seres humanos que não se importam com a humanidade, com o mundo, que só querem saber deles mesmos. Fazem de tudo para se dar bem, e machucam desnecessariamente outras pessoas, pessoas inocentes.
Esse mesmo mundo que por acaso sofre tantas catástrofes naturais. E para ele não existe nada melhor do que seres bons, aqueles seres que ajudam, aqueles seres que sobrevivem em meio a tijolos caídos e poeira. Seres fortes, seres que são capazes de enfrentar os desafios da vida. Não importando a idade ou o tamanho. São retirados de escombros segurando ainda firme a corda bamba da vida, a corda que agüenta todos os pesos e todos os pensamentos. Todos os seres humanos.
Os mais ruins que se cuidem, pois os seres bons sempre conseguirão se sair melhor. A vida é assim, os desenhos animados são assim, os filmes, as novelas... E espero que a vida também seja.
Os seres humanos são perfeitos, existem coisas em nós que nem os maiores cientistas podem explicar. Somos indecifráveis e sempre temos algo para aprender e ensinar.
Bebê abortado, fonte: Google
Pauta para Blorkutando, tema: "Ser humano"
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Momentos ao sol e ao vento
O sol iluminava o seu olhar, e o modo que ela olhava lembrava algo de certo modo protetor e divertido, como se ele fosse algo totalmente dela, algo que não seria de mais ninguém.
O vento batia nos cabelos dele que ia direto para seu rosto, ele sorria, um sorriso protetor e divertido, como se ela fosse algo totalmente dele, algo que não seria de mais ninguém.
O momento, aquele momento, nenhum dos dois jamais esqueceria, independente de qual rumo à vida deles tomasse. Se eles se separassem guardariam aquela lembrança para eles mesmos. Se continuassem juntos contariam aos seus filhos.
Na sombra das árvores eles caminhavam.
Ela olhava para os pés, com um leve rubor na face, rindo de algo que ele acabara de dizer.
Ele olhava para ela, com as mãos suando, esperava que ela risse de todas as suas piadas assim a vida inteira.
Ninguém jamais vai saber se eles ficaram ou não juntos. O momento era deles, os olhares, os sorrisos, tudo era totalmente deles. Só resta a nos esperar, esperar o nosso próprio momento chegar.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Viver é simples
Marcar a vida como algo maravilhosamente bom. Isso é o que todos deveriam fazer. Deveriam.
Deveríamos valorizar ela mesmo quando caímos em alguma desgraça ou quando acontece algo ruim com alguém que amamos muito, nessas horas devemos provar o quanto é bom viver. E provar isso não significa pular, gritar ou começar a intensificar tudo, nós só precisamos viver. Sem lamentações, ou qualquer tipo de coisa que estrague o que estamos fazendo.
Não inventaram algo mais simples que viver. Nós humanos é que criamos os problemas, nós que inventamos as coisas que estragam a vida. Somente nós.
Se existe algo ruim devemos sempre ver a sua causa, e pensar no problema como algo que pode ser resolvido.
Deus deu a vida para todos nós, então como resposta a ele que tal não viver pelos cantos chorando e se lamentando por algo que não deu certo. Tem problemas muito maiores do que o seu namorado que te traiu com uma garota que você conhece, muito maiores...
Sorria mais, mas, por favor, nada exageradamente.
Converse mais, mas nada de fazer as pessoas enjoarem de você.
E por fim, leia mais, ler também é viver, ler é aprender.
Vivam, vivam e vivam (eu já disse que não existe nada mais maravilhoso?).
Deveríamos valorizar ela mesmo quando caímos em alguma desgraça ou quando acontece algo ruim com alguém que amamos muito, nessas horas devemos provar o quanto é bom viver. E provar isso não significa pular, gritar ou começar a intensificar tudo, nós só precisamos viver. Sem lamentações, ou qualquer tipo de coisa que estrague o que estamos fazendo.
Não inventaram algo mais simples que viver. Nós humanos é que criamos os problemas, nós que inventamos as coisas que estragam a vida. Somente nós.
Se existe algo ruim devemos sempre ver a sua causa, e pensar no problema como algo que pode ser resolvido.
Deus deu a vida para todos nós, então como resposta a ele que tal não viver pelos cantos chorando e se lamentando por algo que não deu certo. Tem problemas muito maiores do que o seu namorado que te traiu com uma garota que você conhece, muito maiores...
Sorria mais, mas, por favor, nada exageradamente.
Converse mais, mas nada de fazer as pessoas enjoarem de você.
E por fim, leia mais, ler também é viver, ler é aprender.
Vivam, vivam e vivam (eu já disse que não existe nada mais maravilhoso?).
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Sentimentos e escolhas...
Algumas coisas definham com o tempo, e no escuro mofam, estragam. Não existe mais sentido algum em carregá-las junto para o lugar onde vamos.
Sentimentos...
Poderia até dizer que alguns dos meus ainda andam comigo, ou que carrego eles para todos os lugares aonde vou, mas estaria mentindo. E não gosto de mentir.
Tenho medo de mostrar o que sinto, tenho medo de formar intrigas, medo de ser julgada. Medo, ele também é um sentimento. Ele e mais outros milhões, eles fazem nossa vida ser o que ela é, eles nos definem.
Mas acho que minto para vocês quando digo isso. Por que li em um livro (para ser mais exata Harry Potter e a câmera secreta) que não são nossas qualidades ou defeitos que nos definem, e sim nossas escolhas. Pensem nessa frase, e vejam o verdadeiro significado dela. O mundo não pode dizer pra você o que você vai ser só porque você tem algo que faz com que gostem ou odeiem você. As suas próprias escolhas é que vão fazer isso.
E como eu parti ligeiramente de sentimentos a escolhas, devo dizer que os dois são incalculavelmente importantes.
Deixo pra vocês alguns sentimentos legais como amor e felicidade, e já vou me retirando, vou dar uma olhada nos que eu guardo aqui comigo, e estão aos poucos definhando. Quero jogar eles fora, digamos que eu me iludo muito fácil.
Beijos e um ótimo fim de semana, e para todos muita paz (e para não deixar o lado hippie escondido) e amor também!
Sentimentos...
Poderia até dizer que alguns dos meus ainda andam comigo, ou que carrego eles para todos os lugares aonde vou, mas estaria mentindo. E não gosto de mentir.
Tenho medo de mostrar o que sinto, tenho medo de formar intrigas, medo de ser julgada. Medo, ele também é um sentimento. Ele e mais outros milhões, eles fazem nossa vida ser o que ela é, eles nos definem.
Mas acho que minto para vocês quando digo isso. Por que li em um livro (para ser mais exata Harry Potter e a câmera secreta) que não são nossas qualidades ou defeitos que nos definem, e sim nossas escolhas. Pensem nessa frase, e vejam o verdadeiro significado dela. O mundo não pode dizer pra você o que você vai ser só porque você tem algo que faz com que gostem ou odeiem você. As suas próprias escolhas é que vão fazer isso.
E como eu parti ligeiramente de sentimentos a escolhas, devo dizer que os dois são incalculavelmente importantes.
Deixo pra vocês alguns sentimentos legais como amor e felicidade, e já vou me retirando, vou dar uma olhada nos que eu guardo aqui comigo, e estão aos poucos definhando. Quero jogar eles fora, digamos que eu me iludo muito fácil.
Beijos e um ótimo fim de semana, e para todos muita paz (e para não deixar o lado hippie escondido) e amor também!
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
O sol, a lua e o seu sorriso refletido no mar
O sol, o mar, a lua e o seu sorriso.
Não preciso de mais nada.
Mas aqui não tem mar,
O sol e a lua nunca se encontram.
E o seu sorriso...
Ah, o seu sorriso,
Não sei se consigo vêlo como via antes,
Acho que deixou de brilhar.
Menos que o sol,
Menos que a lua,
E no mar parou de refletir.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Amor ou dor, façam suas apostas
- Você é louca, ou o quê? - seu sorriso era tão lindo, seu olhar era verdadeiro e me fazia delirar. Fingi fechar a cara para ele e continuei fazendo meus deveres da escola, sabia que se olhasse pra ele perderia toda minha concentração.
- Porque eu seria louca? - respondi ainda de cabeça baixa, sabia que seu olhar estava cravado em mim.
- Por que é sábado à noite e você ainda está ai, grudada nesses cadernos - ele falou com ar de esqueceu de mim é - olha pra mim Sara, não finge que eu não estou aqui.
Virei devagar meu rosto e fiquei encarando-o, estava tentando não rir, mas ele era bom demais pra ser deixado de lado, abri um dos melhores sorrisos que poderia vir de mim, ele me beijou e me abraçou, como se fosse a última vez, com uma força e ao mesmo tempo uma tensão. Algo que não era natural dele, já conhecia seu jeito, e as vezes me cansava dele, namorávamos a quase dois anos, e as vezes eu sentia que algo estava errado, mas pra mim ele ainda era maravilhoso.
Ficamos algum tempo sentados no sofá de minha casa, abraçados, esquecendo do mundo e das pessoas que conviviam com nós.
Então chegou a hora em que ele teve que me dar tchau, parecia que tinham energias negativas ao nosso redor, tristes, como se algo precisasse ser dito.
Eu o levei até a porta, ele com a expressão triste, me deixou em um desespero interior, o que quer que fosse que o deixou chateado, estava me deixando nervosa, fechei minhas mãos com força e os nós de meus dedos começaram a ficar brancos.
- O que aconteceu com você? - eu perguntei, não querendo saber a resposta - eu fiz alguma coisa Igor?
Ele me olhou, tentando ler minha expressão, mas ao mesmo tempo sem querer olhar de verdade para mim.
- Tenho que te falar uma coisa - ele suspirou ao dizer isso, como se estivesse cansado por algum motivo que era imperceptível para mim.
- Então fala - eu meus pensamentos eu até cogitei a idéia dele terminar comigo, mas sem querer ofender a mim mesma disse para meu cérebro que era impossível, tínhamos passado uma tarde maravilhosa, ele não iria fazer isso comigo, teria que ter motivos, explicações... e eu saiba ele não tinha nem um nem outro.
- É meio complicado - ele me olhou, mas eu não falei nada, esperei ele continuar - eu... sabe... mudado...
O que ele queria dizer com aquilo? Eu sabe mudado? Deu uma crise de loucura nele ou o quê?
- Você tem mudado? - tentei adivinhar o que ele gaguejou há alguns segundos.
- Não só eu - ele suspirou novamente - tudo ao meu redor, nós crescemos Sara, não é a mesma coisa, eu e você, não dá mais. Está tudo desgastado, é difícil pra mim terminar assim do nada mas...
- MAS O QUÊ? - eu gritei com todas as minhas forças, um homem que estava passando na rua olhou para nós, ainda estávamos na porta de casa, e eu estava a fim de socar ele a porta e o que viesse pela frente, tentei contar até dez, mas foi mais difícil do que eu pensara, no três eu já havia começado a gritar de novo - VOCÊ ESPEROU A TARDE INTEIRA ANTES DE FALAR ISSO? - vi que havia alguns vizinhos espiando, eu estava vermelha, mas não pela vergonha, mas pelo ódio que quase saltava de minhas veias, e pra piorar os nós de meus dedos estavam horrivelmente brancos de tanta força que eu fazia com as mãos, sempre acontecia quando eu ficava nervosa.
Ele olhou para mim, e até ia tentar dizer alguma, mas antes disso acontecer o empurrei pra fora do portão de minha casa.
- NÃO FALE MAIS COMIGO - então eu abaixei a voz, em um tom brevíssimo -, não olhe mais para mim, e nunca mais tente ter algum tipo de contato comigo entendeu? - eu fui empurrando ele pela calçado com uma raiva quase selvagem, sabia que se alguém me visse agora pensaria que estava me transformando em um leão, mas não importava nada poderia diminuir a dor que eu estava sentindo.
- Hei, para com isso Sara, calma, eu só... terminei com você - ele falou ultrajado como se ele que fosse a pessoa que estava sendo usada.
- SAI DAQUI! - eu gritei com todas as minhas forças, até minha mãe foi ver o que estava acontecendo.
E finalmente ele virou as costas para mim saiu em uma caminhada rápida, quase correndo, voltei pra casa com nojo da cara de Igor e de seu olhar que um dia fora verdadeiro.
Entrei em casa com passos pesados e fazendo barulho deixando minha mãe atordoada sem saber o que fazer.
- Filha, o que foi que houve - ela falou com a voz maternal que todas as mães tem - eu posso te ajudar com alguma coisa?
"Pergunta errada mamãe, ninguém pode me ajudar".
Depois de subir as escadas fechei a porta do meu quarto com força, fazendo um estrondo ensurdecedor.
Deitei na minha cama e deixei as lágrimas rolarem, e foram tão fáceis, e ao mesmo tempo tão inúteis. Dizem que elas servem para limpar nossos olhos, mas na verdade elas limpam a nossa alma. Não me importei em não fazer barulho, chorei alto.
E o que eu mais queria era poder ter feito isso antes dele, sempre existem dois lados, o amor e a dor, mas a humilhação destrói ainda mais quando já sabemos que a dor vai vir. Eu não sabia se era ilusão, sempre pensei que aquilo o que ele sentia fosse paixão. Mas parecia que havia muitas coisas em que eu havia me enganado. Ele foi hipócrita, e escondeu seus sentimentos, os verdadeiros pelo menos por muito tempo. Tempo demais...
Nunca me considerei sensível, mas vi que precisava ser mais forte e mais controlada. Respirei fundo e meus pensamentos foram sumindo. Dormi.
E nessa noite sonhei que eu era forte, auto-suficiente e inabalável. Um dia seria real, e nenhum um homem no mundo me faria sofrer novamente.
- Porque eu seria louca? - respondi ainda de cabeça baixa, sabia que seu olhar estava cravado em mim.
- Por que é sábado à noite e você ainda está ai, grudada nesses cadernos - ele falou com ar de esqueceu de mim é - olha pra mim Sara, não finge que eu não estou aqui.
Virei devagar meu rosto e fiquei encarando-o, estava tentando não rir, mas ele era bom demais pra ser deixado de lado, abri um dos melhores sorrisos que poderia vir de mim, ele me beijou e me abraçou, como se fosse a última vez, com uma força e ao mesmo tempo uma tensão. Algo que não era natural dele, já conhecia seu jeito, e as vezes me cansava dele, namorávamos a quase dois anos, e as vezes eu sentia que algo estava errado, mas pra mim ele ainda era maravilhoso.
Ficamos algum tempo sentados no sofá de minha casa, abraçados, esquecendo do mundo e das pessoas que conviviam com nós.
Então chegou a hora em que ele teve que me dar tchau, parecia que tinham energias negativas ao nosso redor, tristes, como se algo precisasse ser dito.
Eu o levei até a porta, ele com a expressão triste, me deixou em um desespero interior, o que quer que fosse que o deixou chateado, estava me deixando nervosa, fechei minhas mãos com força e os nós de meus dedos começaram a ficar brancos.
- O que aconteceu com você? - eu perguntei, não querendo saber a resposta - eu fiz alguma coisa Igor?
Ele me olhou, tentando ler minha expressão, mas ao mesmo tempo sem querer olhar de verdade para mim.
- Tenho que te falar uma coisa - ele suspirou ao dizer isso, como se estivesse cansado por algum motivo que era imperceptível para mim.
- Então fala - eu meus pensamentos eu até cogitei a idéia dele terminar comigo, mas sem querer ofender a mim mesma disse para meu cérebro que era impossível, tínhamos passado uma tarde maravilhosa, ele não iria fazer isso comigo, teria que ter motivos, explicações... e eu saiba ele não tinha nem um nem outro.
- É meio complicado - ele me olhou, mas eu não falei nada, esperei ele continuar - eu... sabe... mudado...
O que ele queria dizer com aquilo? Eu sabe mudado? Deu uma crise de loucura nele ou o quê?
- Você tem mudado? - tentei adivinhar o que ele gaguejou há alguns segundos.
- Não só eu - ele suspirou novamente - tudo ao meu redor, nós crescemos Sara, não é a mesma coisa, eu e você, não dá mais. Está tudo desgastado, é difícil pra mim terminar assim do nada mas...
- MAS O QUÊ? - eu gritei com todas as minhas forças, um homem que estava passando na rua olhou para nós, ainda estávamos na porta de casa, e eu estava a fim de socar ele a porta e o que viesse pela frente, tentei contar até dez, mas foi mais difícil do que eu pensara, no três eu já havia começado a gritar de novo - VOCÊ ESPEROU A TARDE INTEIRA ANTES DE FALAR ISSO? - vi que havia alguns vizinhos espiando, eu estava vermelha, mas não pela vergonha, mas pelo ódio que quase saltava de minhas veias, e pra piorar os nós de meus dedos estavam horrivelmente brancos de tanta força que eu fazia com as mãos, sempre acontecia quando eu ficava nervosa.
Ele olhou para mim, e até ia tentar dizer alguma, mas antes disso acontecer o empurrei pra fora do portão de minha casa.
- NÃO FALE MAIS COMIGO - então eu abaixei a voz, em um tom brevíssimo -, não olhe mais para mim, e nunca mais tente ter algum tipo de contato comigo entendeu? - eu fui empurrando ele pela calçado com uma raiva quase selvagem, sabia que se alguém me visse agora pensaria que estava me transformando em um leão, mas não importava nada poderia diminuir a dor que eu estava sentindo.
- Hei, para com isso Sara, calma, eu só... terminei com você - ele falou ultrajado como se ele que fosse a pessoa que estava sendo usada.
- SAI DAQUI! - eu gritei com todas as minhas forças, até minha mãe foi ver o que estava acontecendo.
E finalmente ele virou as costas para mim saiu em uma caminhada rápida, quase correndo, voltei pra casa com nojo da cara de Igor e de seu olhar que um dia fora verdadeiro.
Entrei em casa com passos pesados e fazendo barulho deixando minha mãe atordoada sem saber o que fazer.
- Filha, o que foi que houve - ela falou com a voz maternal que todas as mães tem - eu posso te ajudar com alguma coisa?
"Pergunta errada mamãe, ninguém pode me ajudar".
Depois de subir as escadas fechei a porta do meu quarto com força, fazendo um estrondo ensurdecedor.
Deitei na minha cama e deixei as lágrimas rolarem, e foram tão fáceis, e ao mesmo tempo tão inúteis. Dizem que elas servem para limpar nossos olhos, mas na verdade elas limpam a nossa alma. Não me importei em não fazer barulho, chorei alto.
E o que eu mais queria era poder ter feito isso antes dele, sempre existem dois lados, o amor e a dor, mas a humilhação destrói ainda mais quando já sabemos que a dor vai vir. Eu não sabia se era ilusão, sempre pensei que aquilo o que ele sentia fosse paixão. Mas parecia que havia muitas coisas em que eu havia me enganado. Ele foi hipócrita, e escondeu seus sentimentos, os verdadeiros pelo menos por muito tempo. Tempo demais...
Nunca me considerei sensível, mas vi que precisava ser mais forte e mais controlada. Respirei fundo e meus pensamentos foram sumindo. Dormi.
E nessa noite sonhei que eu era forte, auto-suficiente e inabalável. Um dia seria real, e nenhum um homem no mundo me faria sofrer novamente.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Erros e imperfeições
Errar. Uma palavra tão dolorosa nos ouvidos de alguns. Nós humanos somos cheios de imperfeições, somos seres errados, e ao mesmo tempo tão certos.
Errar faz parte, desde o jardim da infância até a faculdade, não saberíamos calcular um mais um e nem descobrir a raiz de nove se não houvesse erros.
Erramos quando aprendemos a escrever, erramos quando já sabemos escrever, erramos com o primeiro namorado, com o noivo e com o marido. Nós erramos. Às vezes erros bobos como quando esquecemos o nome de tal pessoa, às vezes erros mais complicados como esquecer um trabalho na escola, ou fazer alguma besteira para alguém que conhecemos.
Errar faz parte da vida, da minha da sua, e de qualquer outra pessoa.
Se culpar por errar também faz parte, mas viver com a culpa, com algo que já passou, ficar o tempo inteiro se culpando por um mísero erro, por pior que seja ele é doloroso não só para a pessoa como quem com vive com ela.
Existem alguns erros que tem desculpa que podem ser perdoados, e podemos deixar passar, mas como eu disse só alguns erros. Já outros...
Por exemplo, uma pessoa que mata outra (exemplo fortinho esse não?), com plena consciência do que está fazendo, ele pode até ser perdoado por Deus, mas por mim não. Eu não vou perdoar alguém que matou uma pessoa inocente que tinha toda a vida pela frente, essa pessoa sim pode se culpar o resto da vida pelo seu erro. Um erro que eu tenho como inadmissível.
Existem erros e erros, de diferentes níveis e tipos, devemos sempre ter uma visão ampla de qual é qual.
E depois que se erra uma vez temos que ter inteligência pra não errar a mesma coisa duas vezes. Eu já fiz isso, e como pessoa errante digo, tentem não faze-lo. E um ditado para acompanhar: “Errar uma vez é humano, duas é burrice”.
Errar pode soar muito leve quando comparada a outras palavras, não abusem dos seus erros, e não façam deles algo extraordinário, não vivam para tentar acerta-los. Vivam para ser felizes, porque afinal tentamos não errar para tornar tudo melhor.
Errar faz parte, desde o jardim da infância até a faculdade, não saberíamos calcular um mais um e nem descobrir a raiz de nove se não houvesse erros.
Erramos quando aprendemos a escrever, erramos quando já sabemos escrever, erramos com o primeiro namorado, com o noivo e com o marido. Nós erramos. Às vezes erros bobos como quando esquecemos o nome de tal pessoa, às vezes erros mais complicados como esquecer um trabalho na escola, ou fazer alguma besteira para alguém que conhecemos.
Errar faz parte da vida, da minha da sua, e de qualquer outra pessoa.
Se culpar por errar também faz parte, mas viver com a culpa, com algo que já passou, ficar o tempo inteiro se culpando por um mísero erro, por pior que seja ele é doloroso não só para a pessoa como quem com vive com ela.
Existem alguns erros que tem desculpa que podem ser perdoados, e podemos deixar passar, mas como eu disse só alguns erros. Já outros...
Por exemplo, uma pessoa que mata outra (exemplo fortinho esse não?), com plena consciência do que está fazendo, ele pode até ser perdoado por Deus, mas por mim não. Eu não vou perdoar alguém que matou uma pessoa inocente que tinha toda a vida pela frente, essa pessoa sim pode se culpar o resto da vida pelo seu erro. Um erro que eu tenho como inadmissível.
Existem erros e erros, de diferentes níveis e tipos, devemos sempre ter uma visão ampla de qual é qual.
E depois que se erra uma vez temos que ter inteligência pra não errar a mesma coisa duas vezes. Eu já fiz isso, e como pessoa errante digo, tentem não faze-lo. E um ditado para acompanhar: “Errar uma vez é humano, duas é burrice”.
Errar pode soar muito leve quando comparada a outras palavras, não abusem dos seus erros, e não façam deles algo extraordinário, não vivam para tentar acerta-los. Vivam para ser felizes, porque afinal tentamos não errar para tornar tudo melhor.
Pauta para Blorkutando, tema: "Eu erro, Eles erram, Nós erramos"
Desmoronando e calculando
Eu não queria pensar naquilo, não queria mostrar a mim mesma que era real. Sempre me mostrei tão forte, mas é errôneo acreditar nisso, sou discreta, não mostro nem em meus piores dias a verdade sobre o que estou sentindo. Não faz diferença, as pessoas não poderão me ajudar, seria inútil, sem razão.
Só queria poder mudar, não só o que eu sinto, mas o porquê de eu sentir isso seria melhor... Mudaria a mim mesma. Mas a vida é assim, se fosse como nós queremos não teria sentido, não seria a vida, não seria as pessoas que eu conheço, não seria o destino do mundo. E quem sou eu para mudar o mundo?
Algumas pessoas fazem escolhas erradas, mas são as escolhas delas mesmas, são escolhas que as vezes machucam, e como machucam...
Por mais simples que pareça para alguns, não é assim tão simples para mim. Desenrola outras coisas, coisas que aconteceram, muda o meu futuro e atinge minha auto-estima, e quando isso acontece todos descobrem algo sobre mim. Eu tenho sentimentos.
E depois de alguns O's e A's, o mundo desmorona. Ninguém poderia me livrar dessa, sou só eu por mim mesma, nada mais que uma garotinha orgulhosa com medo de demonstrar o que sente.
É que alguns problemas não são o que parecem ser, estão todos escondidos, embaixo do cobertor, esperando para atacar na hora em que eu for dormir, problemas, me lembra tanto a matemática, me lembra alguns zeros da minha vida, mas agora não são só cálculos, é a vida e eu, eu e a vida.
Um dos grandes problemas é que prefiro coisas subentendidas. Prefiro me desmanchar em lágrimas (o que ainda não aconteceu) e escrever (o que estou fazendo) do que falar com alguém sobre meus problemas não entendidos e calculados nem por mim mesma.
Que crueldade, existem pessoas que me machucam sem perceber (ou percebem e fingem não ver), a verdade é que não existe uma verdade para tudo isso, são só minhas palavras, minhas palavras contra o coisas reais são os meus pensamentos que viajam demais. São só minhas palavras, e elas não são nada contra pessoas mais fortes, e que podem mandar e desmandar em quem quiserem, as vezes sem querer, as vezes com maldade.
Eu sei que não sou nada contra isso, afinal, só tenho minhas palavras.
Imagem: www.cherrybam.com
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domingo, 17 de janeiro de 2010
Relembrar é viver (?)
Estava eu em um momento vegetativo em frente a televisão, quando aparece a propaganda de um programa em que dizia: "Relembrar é viver". Eles relembravam os melhores momentos do tal programa.
Então como sempre, eu me aprofundei no assusnto.
Sabe quando estamos com nossos amigos e não fazemos mais nada além de relembrar tempos passados? Em que ao invés de fazermos mais coisas para marcar nossa história, nós sentamos, conversamos e relembramos. Tenho certeza que todos já tiveram estes momentos, por mais mínimos que foram.
E então pensando nisso, será que isso é bom? E será que relembrar é mesmo viver?
Eu acho que relembrar é ótimo, pois mostra a nós, nossos amigos e familiares a quanto tempo estamos juntos, e que já passamos por dificuldades e também por coisas boas.
Mas será que é mesmo viver?
Para mim é, a todo tempo estamos vivendo, independente de como. Sentados ou de pé, é sempre viver. Cada um faz suas escolhas, a sua é um viver intensamente, sem regras? Ou é uma calmaria danada, onde as regras fazem parte do jogo?
Em qualquer uma das duas você vai estar vivendo, do seu jeito, do jeito que você acha melhor. Temos que respeitar todas as maneiras de viver, relembrando, ou não.
Criticar faz parte da vida, eu posso achar tal roupa mais bonita mas garanto que algumas pessoas vão acha-la feia. E é por isso que o mundo é tão maravilhoso, pelas diferenças. Se alguém escrevesse do mesmo jeito que eu, ou tivesse um blog parecido, iria ser muito chato. As pessoas não são robôs, elas são humanas, maravilhosamentes humanas, com DNA's diferentes e pensamentos diferentes. Orgulhem-se como eu me orgulho. Ou talvez não, afinal, somos diferentes, e pessoas diferentes sentem orgulho por coisas diferentes.
Então como sempre, eu me aprofundei no assusnto.
Sabe quando estamos com nossos amigos e não fazemos mais nada além de relembrar tempos passados? Em que ao invés de fazermos mais coisas para marcar nossa história, nós sentamos, conversamos e relembramos. Tenho certeza que todos já tiveram estes momentos, por mais mínimos que foram.
E então pensando nisso, será que isso é bom? E será que relembrar é mesmo viver?
Eu acho que relembrar é ótimo, pois mostra a nós, nossos amigos e familiares a quanto tempo estamos juntos, e que já passamos por dificuldades e também por coisas boas.
Mas será que é mesmo viver?
Para mim é, a todo tempo estamos vivendo, independente de como. Sentados ou de pé, é sempre viver. Cada um faz suas escolhas, a sua é um viver intensamente, sem regras? Ou é uma calmaria danada, onde as regras fazem parte do jogo?
Em qualquer uma das duas você vai estar vivendo, do seu jeito, do jeito que você acha melhor. Temos que respeitar todas as maneiras de viver, relembrando, ou não.
Criticar faz parte da vida, eu posso achar tal roupa mais bonita mas garanto que algumas pessoas vão acha-la feia. E é por isso que o mundo é tão maravilhoso, pelas diferenças. Se alguém escrevesse do mesmo jeito que eu, ou tivesse um blog parecido, iria ser muito chato. As pessoas não são robôs, elas são humanas, maravilhosamentes humanas, com DNA's diferentes e pensamentos diferentes. Orgulhem-se como eu me orgulho. Ou talvez não, afinal, somos diferentes, e pessoas diferentes sentem orgulho por coisas diferentes.
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sábado, 16 de janeiro de 2010
Um lugar especial
Marta olhou para mim, foi como um último suspiro antes do adeus. Um triste adeus. Uma amizade tão forte como a nossa não podia acabar assim, nós sabiamos que iriamos tentar nos ver, e manter contato, mas não é fácil como parece.
Ela pediu para nos encontrarmos na casa da árvore que fica no jardim de minha casa, eu não sabia o porque desse pedido, mas agora olhando para ela eu entendia. Foi ali que passamos os melhores dias de nossa vida. Os mais engraçados, os mais divertidos e os mais interessantes.
Ela pegou minhas mãos e as apertou, olhou para mim com os olhos marejados, mas não deixou de mostrar o quanto sentia de estar indo embora.
- Carlos, promete que não esquece de mim? - ela me perguntou descrente que eu responderia sim, baixou a cabeça e chorou.
- Marta, olha nos meus olhos - ela continuou com a cabeça baixa, com a minha mão ergui sua cabeça e o olhar dela foi de encontro ao meu - eu nunca vou me esquecer de você, você sabe que eu te amo muito, e que mesmo separados nós vamos continuar sendo amigos, Marta, confia em mim, nós vamos nos ver novamente. Nem que para isso eu tenha que virar o mundo atrás de você, acredita em mim?
- Sim - aquilo não foi bem um sim, estava mais para um resmungo, mas eu deixei passar.
Eu a abracei, com força, aquele seria um dos últimos abraços. Não parecia real, ela fazia parte de mim, quando ela fosse não existiria mais um Carlos completo, ou um Carlos que ajudva alguém. Seria só o Carlos, um qualquer e sem amigos. A saudade seria enorme, só ganharia da distância.
- Vamos descer - eu falei -, já está anoitecendo.
Ela hesitou, não queria sair da casa na árvore, sabia que fora dali existia um mundo real, com desasatres, choros e as vezes alguns sorrisos.
- Vamos - ela falou se levantando, mas não sem antes deixar uma lágrima cair - está mesmo tarde.
Eu desci a escada de madeira, estava ficando velha, mas ainda aguentava o nosso peso. Ela desceu logo depois.
- Sabe Carlos, eu nunca me esquecerei de você - ela foi descendo lentamente, eu já havia chegado ao chão - e nunca me esquecerei deste lugar.
Ela botou os pés no chão e ao mesmo tempo que ela fazia isso eu a abraçava, dessa vez ela chorou de verdade, um choro com som, e não como se fosse atrapalhar alguém.
Depois de dar tchau para meus pais a levei até o portão. O sol estava se pondo, e ela foi com passos lentos até sua casa, vi ela pela última vez, tão única... Tão Marta.
Ela pediu para nos encontrarmos na casa da árvore que fica no jardim de minha casa, eu não sabia o porque desse pedido, mas agora olhando para ela eu entendia. Foi ali que passamos os melhores dias de nossa vida. Os mais engraçados, os mais divertidos e os mais interessantes.
Ela pegou minhas mãos e as apertou, olhou para mim com os olhos marejados, mas não deixou de mostrar o quanto sentia de estar indo embora.
- Carlos, promete que não esquece de mim? - ela me perguntou descrente que eu responderia sim, baixou a cabeça e chorou.
- Marta, olha nos meus olhos - ela continuou com a cabeça baixa, com a minha mão ergui sua cabeça e o olhar dela foi de encontro ao meu - eu nunca vou me esquecer de você, você sabe que eu te amo muito, e que mesmo separados nós vamos continuar sendo amigos, Marta, confia em mim, nós vamos nos ver novamente. Nem que para isso eu tenha que virar o mundo atrás de você, acredita em mim?
- Sim - aquilo não foi bem um sim, estava mais para um resmungo, mas eu deixei passar.
Eu a abracei, com força, aquele seria um dos últimos abraços. Não parecia real, ela fazia parte de mim, quando ela fosse não existiria mais um Carlos completo, ou um Carlos que ajudva alguém. Seria só o Carlos, um qualquer e sem amigos. A saudade seria enorme, só ganharia da distância.
- Vamos descer - eu falei -, já está anoitecendo.
Ela hesitou, não queria sair da casa na árvore, sabia que fora dali existia um mundo real, com desasatres, choros e as vezes alguns sorrisos.
- Vamos - ela falou se levantando, mas não sem antes deixar uma lágrima cair - está mesmo tarde.
Eu desci a escada de madeira, estava ficando velha, mas ainda aguentava o nosso peso. Ela desceu logo depois.
- Sabe Carlos, eu nunca me esquecerei de você - ela foi descendo lentamente, eu já havia chegado ao chão - e nunca me esquecerei deste lugar.
Ela botou os pés no chão e ao mesmo tempo que ela fazia isso eu a abraçava, dessa vez ela chorou de verdade, um choro com som, e não como se fosse atrapalhar alguém.
Depois de dar tchau para meus pais a levei até o portão. O sol estava se pondo, e ela foi com passos lentos até sua casa, vi ela pela última vez, tão única... Tão Marta.
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"Para aqueles que também tem um lugar especial e um amigo especial, independente do lugar e do amigo"
Pauta para Upon Once a Time, frase: "e nunca me esquecerei deste lugar".
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Um pouco de cultura... ou não
Bom, nesses últimos dias (de férias) que se passaram tive a oportunidade de ler dois livros ótimos, e quero compartilhar essa história para vocês para mostrar que eu sou uma menina educada.
O primeiro livro se chama O chá do amor e a autora é a Jennifer Donnelly. A história começa em Londres 1888 com o Jack estripador matando mulheres. Fiona que é a principal é apaixonada por Joe desde a infância. Eles guardam dinheiro para abrir uma loja. O pai de Fiona morre nas docas e ela, mais tres irmãos e a mãe tem que se mudar (para um lugar horrível). Joe acaba tendo relação sexuais (bêbado) com Millie, a garota mimada que Fiona odeia. Millie engravida e Joe tem que casar com ela. Jack o estripador aparece na casa vizinha da de Fiona e mata a mãe dela, o irmão mais velho dela entra em pânico e foge e é encontrado morto e o bebe morre doente. Então só ela (de 18 anos) e Seamie (de 5 anos) sobrevivem.
Ela vai até o escritório do dono da empresa de onde seu pai trabalhava para receber uma indenização e acaba ouvindo que seu pai foi assassinado. Ela tropeça e o dono da Burton Tea escuta, no susto ela pega um maço de dinheiro e foge. Vai até a casa de Roddy, que era como irmão para o seu pai e pega seu irmão. Foge para Nova York com ele na casa de seu tio irmão de seu pai usando o dinheiro que pegou sem notar na Burton Tea. Na ida para Nova York ela conhece Nick, e eles viram muito amigos. Lá em N.Y. ela conquista o mundo e fica muito rica mas não sem enfrentar milhões de dificuldades, conquistar alguns milhonários e conhecer diferentes pessoas que vão ajuda-la. Joe em Londres se separa de Millie, por que ela perdeu o bebe.
Bom essa história ainda tem um monte de implicações e eu queria muito que vocês a lessem, então não vou contar toda ela. Ela é super interessante, um verdadeiro romance de tirar o fôlego, espero que gostem e que leiam, é realmente fantástica, e mostra como as mulheres podem ser fortes e aguentar qualquer barra.
O segundo livro se chama Pegando fogo e a autora é a Meg Cabot (deusa minha), ele é um chick-lit, cômico e de fazer as garotas suspirarem e se identificarem.
Katie vive mentindo ela tem um namorado chamado Seth jogador de futebol americano mas o trai com Eric o garoto do teatro, ela gosta de tirar fotos e é uma garota popular. Trabalha em um restaurante em que o prato principal são os quahogs, que também é o nome do time de futebol americano, que por acaso ela odeia mas ela concorre a princesa quahog da cidade, mente para tudo e todos sobre tudo e todos, e para piorar sua situação seu amigo de infância Tommy Sullivan está de volta a cidade, então ela vai ter que escolher, ele e a verdade ou a turma pop e as mentiras?
O livro é bom mesmo galera, e eu que fiz as sinopses, pode ter ficado horrível mas eu fiz com amor e é isso que vale.
Um enorme beijo para todos que lêem o que eu escrevo. Um trilhão de abraços apertados!
O primeiro livro se chama O chá do amor e a autora é a Jennifer Donnelly. A história começa em Londres 1888 com o Jack estripador matando mulheres. Fiona que é a principal é apaixonada por Joe desde a infância. Eles guardam dinheiro para abrir uma loja. O pai de Fiona morre nas docas e ela, mais tres irmãos e a mãe tem que se mudar (para um lugar horrível). Joe acaba tendo relação sexuais (bêbado) com Millie, a garota mimada que Fiona odeia. Millie engravida e Joe tem que casar com ela. Jack o estripador aparece na casa vizinha da de Fiona e mata a mãe dela, o irmão mais velho dela entra em pânico e foge e é encontrado morto e o bebe morre doente. Então só ela (de 18 anos) e Seamie (de 5 anos) sobrevivem.
Ela vai até o escritório do dono da empresa de onde seu pai trabalhava para receber uma indenização e acaba ouvindo que seu pai foi assassinado. Ela tropeça e o dono da Burton Tea escuta, no susto ela pega um maço de dinheiro e foge. Vai até a casa de Roddy, que era como irmão para o seu pai e pega seu irmão. Foge para Nova York com ele na casa de seu tio irmão de seu pai usando o dinheiro que pegou sem notar na Burton Tea. Na ida para Nova York ela conhece Nick, e eles viram muito amigos. Lá em N.Y. ela conquista o mundo e fica muito rica mas não sem enfrentar milhões de dificuldades, conquistar alguns milhonários e conhecer diferentes pessoas que vão ajuda-la. Joe em Londres se separa de Millie, por que ela perdeu o bebe.
Bom essa história ainda tem um monte de implicações e eu queria muito que vocês a lessem, então não vou contar toda ela. Ela é super interessante, um verdadeiro romance de tirar o fôlego, espero que gostem e que leiam, é realmente fantástica, e mostra como as mulheres podem ser fortes e aguentar qualquer barra.
O segundo livro se chama Pegando fogo e a autora é a Meg Cabot (deusa minha), ele é um chick-lit, cômico e de fazer as garotas suspirarem e se identificarem.
Katie vive mentindo ela tem um namorado chamado Seth jogador de futebol americano mas o trai com Eric o garoto do teatro, ela gosta de tirar fotos e é uma garota popular. Trabalha em um restaurante em que o prato principal são os quahogs, que também é o nome do time de futebol americano, que por acaso ela odeia mas ela concorre a princesa quahog da cidade, mente para tudo e todos sobre tudo e todos, e para piorar sua situação seu amigo de infância Tommy Sullivan está de volta a cidade, então ela vai ter que escolher, ele e a verdade ou a turma pop e as mentiras?
O livro é bom mesmo galera, e eu que fiz as sinopses, pode ter ficado horrível mas eu fiz com amor e é isso que vale.
Um enorme beijo para todos que lêem o que eu escrevo. Um trilhão de abraços apertados!
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Sonhos, choros e algumas vidas em meio a areia
Ela sempre tentava ser doce. Até o dia em que não guardou mais o que estava dentro de si. O barulho do mar sempre soava tão vazio em seus ouvidos, melancólico, solitário. Como ela. Achava engraçado quando ouvia dizer que poetas se inspiravam nele. Talvez os poetas que fazem poemas tristes, somente eles.
O que mais a intrigava eram todos aqueles casais olhando o sol se pôr, talvez por causa da sua solidão, do que um dia a fez sofrer. Ela não sabia, tentava arranjar algumas respostas para a vida, os sentidos dela, mas assim como o sol tudo desaparecia, e logo voltava para incomoda-la novamente, alguns pensamentos tolos, outros irritantes.
A areia começa a esfriar em baixo de seus pés, o sereno, a noite caindo, a água do mar, tudo ajudava um pouco.
Ficou tanto tempo olhando para dentro de si e nem percebeu que não havia mais ninguém na praia, somente ela. Se levantou e deu uma chacoalhada na sua sai branca, a “enorme” saia branca, assim que sua mãe a chamava. E que saudades ela sentiu dela, todos diziam que ela estaria sempre ali, ao seu lado, mas ela já não tinha tanta certeza disso, algumas vezes ela não tinha certeza de mais nada, um mundo de incertezas e de escolhas erradas.
Saiu da areia indo para a calçada, ainda estava um pouco quente ali, a areia é diferente das pedras. A areia escorre pelos dedos, como a vida algumas vezes desaparece do corpo de alguém. Como o de sua mãe. A pedra é forte como uma rocha, como a morte talvez, sempre ali, sem se importar com sentimentos. Forte, como ela queria ser.
Botou os calçados em seu pé e saiu andando, a espera de algo mais da vida, algo que ainda seria importante, uma oportunidade, ela só não sabia qual seria.
Em meio a coqueiros e perguntas ela se foi, deixando na areia sonhos, sonhos que poderiam ser levados pelo mar, ou guardados em baixo de uma pedra qualquer, por que as pedras são fortes. Quem sabe não tão fortes para agüentar seus sonhos, mas fortes o bastante para deixar marcas, marcas ou cicatrizes, sonhos, choros e algumas vidas em meio a areia.
O que mais a intrigava eram todos aqueles casais olhando o sol se pôr, talvez por causa da sua solidão, do que um dia a fez sofrer. Ela não sabia, tentava arranjar algumas respostas para a vida, os sentidos dela, mas assim como o sol tudo desaparecia, e logo voltava para incomoda-la novamente, alguns pensamentos tolos, outros irritantes.
A areia começa a esfriar em baixo de seus pés, o sereno, a noite caindo, a água do mar, tudo ajudava um pouco.
Ficou tanto tempo olhando para dentro de si e nem percebeu que não havia mais ninguém na praia, somente ela. Se levantou e deu uma chacoalhada na sua sai branca, a “enorme” saia branca, assim que sua mãe a chamava. E que saudades ela sentiu dela, todos diziam que ela estaria sempre ali, ao seu lado, mas ela já não tinha tanta certeza disso, algumas vezes ela não tinha certeza de mais nada, um mundo de incertezas e de escolhas erradas.
Saiu da areia indo para a calçada, ainda estava um pouco quente ali, a areia é diferente das pedras. A areia escorre pelos dedos, como a vida algumas vezes desaparece do corpo de alguém. Como o de sua mãe. A pedra é forte como uma rocha, como a morte talvez, sempre ali, sem se importar com sentimentos. Forte, como ela queria ser.
Botou os calçados em seu pé e saiu andando, a espera de algo mais da vida, algo que ainda seria importante, uma oportunidade, ela só não sabia qual seria.
Em meio a coqueiros e perguntas ela se foi, deixando na areia sonhos, sonhos que poderiam ser levados pelo mar, ou guardados em baixo de uma pedra qualquer, por que as pedras são fortes. Quem sabe não tão fortes para agüentar seus sonhos, mas fortes o bastante para deixar marcas, marcas ou cicatrizes, sonhos, choros e algumas vidas em meio a areia.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Um closet de sapatos caros
Enquanto algumas garotas gastam de 500 a 1000 reais em um tênis, roupas e bugigangas, outras não tem nem metade de um quinto disso.
Enquanto algumas garotas acham que o tênis está velho demais porque foi usado por um mês outras andam descalças porque não tem dinheiro nem para comprar um chinelo.
Enquanto algumas garotas brigam com a mãe ou o pai por que eles não quiseram dar o tal desejado vestido para alguma festa que foram convidadas, outras choram porque não tem o que comer.
Enquanto eu escrevo isso em meu computador, e fico pensando em como vai ser chato quando as aulas começarem, outras garotas sonham com o dia que vão poder entrar em uma sala de aula, ao invés de trabalhar para sustentar a família.
Enquanto eu penso nessas garotas, as descalças famintas e sem estudo, as ricas, bem de vida e que tem tudo, se perguntam por que o cabelo delas é tão horrível, quando na verdade elas sabem que o cabelo delas é maravilhosamente liso e bem tratado.
Tentamos manter muitas verdades escondidas, como a de que sempre queremos as coisas que nossos amigos tem, ou as pessoas que nós conhecemos e achamos cool. Mas será que esse ser cool vale mesmo a pena? Ou será que não somos seguros sobre nós mesmo para vestirmos o que gostamos e não o que é modinha? Ser cool no final é a razão de tudo? Estar por dentro, ser da galera, por que todos nós sabemos que somos são levados pelas “parcerias”, mas isso é mesmo tão importante? Essas “parcerias” são normalmente estimulados pela propaganda que a cercam, e assim vai, um mundo infinito em que algumas pessoas podem ter tudo, e outras não tem nada.
Ser diferente, ser cool, ser interessante, é isso que importa? Comprar e gastar com coisas frívolas, é isso que importa? É só isso que importa?
Não dá para mostrar o quanto você é diferente e inteligente com o que você tem dentro de si? Mostrar o quanto você pode ser “cool” de uma maneira mais fácil e menos prejudicial ao bolso de seus pais? É isso que precisamos entender, todos nós.
Que o mundo é mais que um closet com sapatos, ou roupas de marca, o mundo é mostrar que somos bons o bastante para certas coisas, que podemos realizar nossos sonhos. E se o seu sonho for um closet com sapatos caros, desculpe meu amigo, eu tenho uma opinião muito bem formada sobre isso, e ela é: “arranje um trabalho e compre seus próprios sapatos”, então veremos se o seu sonho vai continuar o mesmo.
O que eu desejo a todos é que consigam achar sua própria identidade sem precisar gastar todos o próprio salário ou o salário de seus pais. Existem coisas mais importantes, vidas e sonhos que se desperdiçam por algumas notas de reais a menos. Aquelas mesmas notas que algumas vezes você acha que não vale nada.
PS: Depois disso a Alessandra virou budista.
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domingo, 10 de janeiro de 2010
O brilho de Emma
Ela abriu devagar a porta da biblioteca, e ao olhar para dentro viu James sentado em uma poltrona de frente para a lareira. Estava meio escuro, mas era claro o bastante para ele poder ler o jornal, ele tinha uma xícara de chá a sua direita, e estava usando um roupão vermelho, já era quase meia-noite e ela não queria incomodá-lo, era só mais uma empregada, com suas roupas discretas, e com um coque alto na cabeça, mas era impossível não ir fala com ele sobre isso. A governanta havia mandado ela ali, a única que poderia agüentar os insultos do patrão.
- Com licença senhor Nichols - ela falou baixo, mas ele a ouviu - a senhorita Malone está com sua carruagem ai em frente a casa, podemos abrir a porta para ela?
Ele a olhou interrogativamente.
- Mas o que ela está fazendo a essa hora? Já está tarde! - ele falou com a voz um pouco agressiva.
- Eu... Eu sei - ela deu uma leve gaguejada - mas ela disse que esse assunto só pode ser tratado com o senhor, eu tentei informa-la que o senhor não podia ser incomodado, mas ela disse que era urgente.
- Ora, mais essa agora, vizinhos que se aproveitam de nós, damos um pedaço de corda e eles já querem ela inteira - ele se levantou deixando o jornal na poltrona do lado esquerdo - qual é o seu nome mesmo?
Ele sempre esquecia o nome dela, e ela trabalhava a quase um ano ali, a governanta dizia que ela não precisava se preocupar com isso, ela só era mais uma serviçal.
- Sou a Emma senhor - ela olhou envergonhada para ele, ela sentia certa atração por aquele homem ranzinza, mas era só mais uma empregada, mais uma para que os outros pudessem pisar em cima.
- Então Emma, abra as portas para a senhorita Malone, e diga para ela subir aqui.
- Sim senhor - ela falou quase fazendo uma reverência.
- E Emma - ela já estava saindo da biblioteca e virou-se para ver o que ele queria - solte esses cabelos, tão jovem e ao mesmo tempo tão velha.
- Sim senhor Nichols - quem ele achava que ele era? O dono de todos? De certo modo quem sabe, mas não dono dela, ele podia mandar em todos os empregados que ele quisesse, mas ela não iria soltar os cabelos dela, era horrível trabalhar com eles soltos.
Foi até o haal, e avisou a governanta que ela poderia manda a senhorita Malone entrar.
- Abra a porta para ela Emma - a senhora Devils, a governanta mandou - está muito frio para uma velha como eu sair lá fora, vá ligeiro menina.
Abriu a grande porta do casarão do senhor Nichols, e saiu correndo até a carruagem da senhorita Malone.
- Senhorita, o senhor Nichols disse que você pode entrar, vamos rápido que está frio e escuro aqui fora.
- Quanto atrevimento dessa criada não é senhor Johnson? - ela falou com aquela voz de quem pode fazer o que quiser com tudo e todos - com licença mocinha, deixe-nos passar.
Emma saiu da porta da carruagem, e deu a mão para a senhorita Malone, e depois dela saiu o homem que ela havia chamado de senhor Johnson, James iria ficar bravo com ela por deixar um desconhecido entrar em casa, mas ela nada podia fazer a esse respeito.
Depois de entrarem no calor grande casarão, a senhorita Malone pediu que lhe trouxessem uma xícara de chá, pois estava com um muito frio por ter ficado tanto tempo esperando em frente à casa.
- O senhor Nichols está esperando vocês na biblioteca, por favor, me acompanhem – Emma subiu as escadas e os visitantes a seguiram.
Ela abriu a porta da biblioteca e os dois entraram.
- Não esqueça do meu chá, por favor, sim? – a senhorita Malone falou.
- Não esquecerei senhorita.
Ela fechou a porta devagar e ouviu os murmúrios da senhorita Malone:
- Que criadagem rebelde você tem James....
Emma não aguentava mais aquele trabalho e nem aquele lugar, todos mandando nela, como se ela fosse um fantoche, ela desceu as escadas correndo e foi até a cozinha, preparou um chá bem doce para a senhorita Malone, pra ver se assim a amargura dela evaporava junto com a fumaça quente do chá holandês, subiu novamente a enorme escada, bateu duas vezes na porta e ouviu em troca algumas palavras áperas.
- Quem é agora? - James falou curto e grosso.
- É a Emma com o chá da senhorita Malone - ela falou com a voz um pouco assustada.
- Entre, mas seja rápida.
Emma entrou, e com passos rápidos foi até a mulher que havia estragado a sua noite tranquila.
- Senhor Nichols, o senhor também vai querer chá? - ela perguntou antes de servir a senhorita Malone.
- Não Emma, muito obrigado.
- E você senhor Johnson? - ela falou temendo a resposta daquele homem sombrio.
Ele respondeu negativamente com a cabeça, como se quisesse dizer que as palavras não foram feitas para ser gastas com pessoas de "nível" menor que o dele.
Emma foi devagar até a senhorita Malone, mas antes de chegar na xícara dela tropeçou no pé do senhor Johnson, aquele miserável havia sido ruim o bastante para fazer isso, e com aquele grande tropeço Emma derrubou chá quente no fino e caro vestido da senhorita Malone.
- Perdoe-me senhorita, foi el... - ela falou as últimas palavras em tom tão baixo que só ela pode ouvir, parou quando do olhou para os olhos escuros e maléficos do senhor Johnson.
- Sua imprestável, criadinha inútil - a senhorita Malone se levantou e gritou isso nos ouvidos de Emma - limpe meu vestido agora, olhe o que você fez, pensa que eu sou qualquer uma, dê um jeito nisso, senhor Nichols, você já percebeu o tipo de gente que trabalha para o senhor?
- Senhorita Malone e Senhor Johnson, está tarde, acho melhor vocês irem embora, nosso assunto pode ser tratado outra hora, e você mocinha, limpe a bagunça que você fez, e leve nossos vizinhos até a porta.
- Farei isso Senhor - Emma falou de cabeça baixa, vermelha de tanta humilhação.
Ela levou eles até a carruagem, a governanta já havia ido dormir, ainda bem, era capaz de ela despedi-la se soubesse o que havia feito. Foi até a biblioteca avisar James que já havia feito o que ele mandou, e perguntar se não queria mais nada antes de dormir.
- Senhor Nichols, com licença - ela entrou na biblioteca sem esperar a resposta.
- Estou aqui - ele falou com a cabeça por trás de algum dos livros preferidos dele.
- Queria ver se o senhor não quer mais nada.... - ela deixou as palavras no ar.
- Não, você já pode dormir, eu estou indo daqui a pouco - ele falou com os olhos ainda grudados no livro.
Passou-se alguns segundos sem que Emma se mexesse.
- Adoro esse livro, o amor deles parece tão puro e ao mesmo tempo tão impossível - ela falou apontando para O morro dos ventos uivantes que estava na mão do senhor Nichols - Boa noite.
Ele olhou para ela com admiração, poucos dos empregados dele sabiam ler, e os que sabiam não conseguiam entender ou ler um livro como O morro dos ventos uivantes.
- Boa noite - ele sussurou, mas ela já havia saido.
Emma deitou-se na sua cama e ficou acordada durante alguns minutos sem conseguir dormir, pensando naquele homem tão opaco, mas com algo que as vezes brilhava nele. Enfim adormeceu, sonhando com o dia que seria a dona daquele lugar.
- Com licença senhor Nichols - ela falou baixo, mas ele a ouviu - a senhorita Malone está com sua carruagem ai em frente a casa, podemos abrir a porta para ela?
Ele a olhou interrogativamente.
- Mas o que ela está fazendo a essa hora? Já está tarde! - ele falou com a voz um pouco agressiva.
- Eu... Eu sei - ela deu uma leve gaguejada - mas ela disse que esse assunto só pode ser tratado com o senhor, eu tentei informa-la que o senhor não podia ser incomodado, mas ela disse que era urgente.
- Ora, mais essa agora, vizinhos que se aproveitam de nós, damos um pedaço de corda e eles já querem ela inteira - ele se levantou deixando o jornal na poltrona do lado esquerdo - qual é o seu nome mesmo?
Ele sempre esquecia o nome dela, e ela trabalhava a quase um ano ali, a governanta dizia que ela não precisava se preocupar com isso, ela só era mais uma serviçal.
- Sou a Emma senhor - ela olhou envergonhada para ele, ela sentia certa atração por aquele homem ranzinza, mas era só mais uma empregada, mais uma para que os outros pudessem pisar em cima.
- Então Emma, abra as portas para a senhorita Malone, e diga para ela subir aqui.
- Sim senhor - ela falou quase fazendo uma reverência.
- E Emma - ela já estava saindo da biblioteca e virou-se para ver o que ele queria - solte esses cabelos, tão jovem e ao mesmo tempo tão velha.
- Sim senhor Nichols - quem ele achava que ele era? O dono de todos? De certo modo quem sabe, mas não dono dela, ele podia mandar em todos os empregados que ele quisesse, mas ela não iria soltar os cabelos dela, era horrível trabalhar com eles soltos.
Foi até o haal, e avisou a governanta que ela poderia manda a senhorita Malone entrar.
- Abra a porta para ela Emma - a senhora Devils, a governanta mandou - está muito frio para uma velha como eu sair lá fora, vá ligeiro menina.
Abriu a grande porta do casarão do senhor Nichols, e saiu correndo até a carruagem da senhorita Malone.
- Senhorita, o senhor Nichols disse que você pode entrar, vamos rápido que está frio e escuro aqui fora.
- Quanto atrevimento dessa criada não é senhor Johnson? - ela falou com aquela voz de quem pode fazer o que quiser com tudo e todos - com licença mocinha, deixe-nos passar.
Emma saiu da porta da carruagem, e deu a mão para a senhorita Malone, e depois dela saiu o homem que ela havia chamado de senhor Johnson, James iria ficar bravo com ela por deixar um desconhecido entrar em casa, mas ela nada podia fazer a esse respeito.
Depois de entrarem no calor grande casarão, a senhorita Malone pediu que lhe trouxessem uma xícara de chá, pois estava com um muito frio por ter ficado tanto tempo esperando em frente à casa.
- O senhor Nichols está esperando vocês na biblioteca, por favor, me acompanhem – Emma subiu as escadas e os visitantes a seguiram.
Ela abriu a porta da biblioteca e os dois entraram.
- Não esqueça do meu chá, por favor, sim? – a senhorita Malone falou.
- Não esquecerei senhorita.
Ela fechou a porta devagar e ouviu os murmúrios da senhorita Malone:
- Que criadagem rebelde você tem James....
Emma não aguentava mais aquele trabalho e nem aquele lugar, todos mandando nela, como se ela fosse um fantoche, ela desceu as escadas correndo e foi até a cozinha, preparou um chá bem doce para a senhorita Malone, pra ver se assim a amargura dela evaporava junto com a fumaça quente do chá holandês, subiu novamente a enorme escada, bateu duas vezes na porta e ouviu em troca algumas palavras áperas.
- Quem é agora? - James falou curto e grosso.
- É a Emma com o chá da senhorita Malone - ela falou com a voz um pouco assustada.
- Entre, mas seja rápida.
Emma entrou, e com passos rápidos foi até a mulher que havia estragado a sua noite tranquila.
- Senhor Nichols, o senhor também vai querer chá? - ela perguntou antes de servir a senhorita Malone.
- Não Emma, muito obrigado.
- E você senhor Johnson? - ela falou temendo a resposta daquele homem sombrio.
Ele respondeu negativamente com a cabeça, como se quisesse dizer que as palavras não foram feitas para ser gastas com pessoas de "nível" menor que o dele.
Emma foi devagar até a senhorita Malone, mas antes de chegar na xícara dela tropeçou no pé do senhor Johnson, aquele miserável havia sido ruim o bastante para fazer isso, e com aquele grande tropeço Emma derrubou chá quente no fino e caro vestido da senhorita Malone.
- Perdoe-me senhorita, foi el... - ela falou as últimas palavras em tom tão baixo que só ela pode ouvir, parou quando do olhou para os olhos escuros e maléficos do senhor Johnson.
- Sua imprestável, criadinha inútil - a senhorita Malone se levantou e gritou isso nos ouvidos de Emma - limpe meu vestido agora, olhe o que você fez, pensa que eu sou qualquer uma, dê um jeito nisso, senhor Nichols, você já percebeu o tipo de gente que trabalha para o senhor?
- Senhorita Malone e Senhor Johnson, está tarde, acho melhor vocês irem embora, nosso assunto pode ser tratado outra hora, e você mocinha, limpe a bagunça que você fez, e leve nossos vizinhos até a porta.
- Farei isso Senhor - Emma falou de cabeça baixa, vermelha de tanta humilhação.
Ela levou eles até a carruagem, a governanta já havia ido dormir, ainda bem, era capaz de ela despedi-la se soubesse o que havia feito. Foi até a biblioteca avisar James que já havia feito o que ele mandou, e perguntar se não queria mais nada antes de dormir.
- Senhor Nichols, com licença - ela entrou na biblioteca sem esperar a resposta.
- Estou aqui - ele falou com a cabeça por trás de algum dos livros preferidos dele.
- Queria ver se o senhor não quer mais nada.... - ela deixou as palavras no ar.
- Não, você já pode dormir, eu estou indo daqui a pouco - ele falou com os olhos ainda grudados no livro.
Passou-se alguns segundos sem que Emma se mexesse.
- Adoro esse livro, o amor deles parece tão puro e ao mesmo tempo tão impossível - ela falou apontando para O morro dos ventos uivantes que estava na mão do senhor Nichols - Boa noite.
Ele olhou para ela com admiração, poucos dos empregados dele sabiam ler, e os que sabiam não conseguiam entender ou ler um livro como O morro dos ventos uivantes.
- Boa noite - ele sussurou, mas ela já havia saido.
Emma deitou-se na sua cama e ficou acordada durante alguns minutos sem conseguir dormir, pensando naquele homem tão opaco, mas com algo que as vezes brilhava nele. Enfim adormeceu, sonhando com o dia que seria a dona daquele lugar.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Alguns fatos sobre a amizade
A minha infância inteira pensei que melhores amigos existissem, e acreditava muito nisso. A minha fé era muito grande, e por isso algumas decepções foram maiores ainda.
Eu acreditava que quando eu fosse grande ainda contaria meus segredos para as mesmas pessoas, as mesmas que ouviram eu chorar quando briguei com a minha mãe, ou sorrir quando ouvi uma piada nova, mas com o passar do tempo, aprendi que não é bem assim. Todos crescemos e mudamos, e com isso nos afastamos de algumas pessoas e conhecemos outras. Nossas idéias mudam, nossos sonhos, nossos ideais de vida, nada fica o mesmo.
Eu ainda acredito na existência de melhores amigos, não foi só na minha infância, só que quando essa frase tem um pra sempre no fim, eu tenho que discordar. Melhores amigos para sempre, não, acho que não devemos perdurar essa frase dessa maneira. As vezes algumas coisas são mais complicadas do que parecem, e na hora que algum amigo tiver que escolher entre ele e nós, ele vai escolher ele mesmo.
É meio triste de algum modo que essa seja a verdade, mas nada pode muda-la. Eu tenho meus amigos, mas eu não sei o quanto pode durar, simplesmente não sei...
Só sei de uma coisa, eles existem para mim, e quando precisarem eu estarei lá.
Eles existem, e fazem de mim uma pessoa melhor.
Eu acreditava que quando eu fosse grande ainda contaria meus segredos para as mesmas pessoas, as mesmas que ouviram eu chorar quando briguei com a minha mãe, ou sorrir quando ouvi uma piada nova, mas com o passar do tempo, aprendi que não é bem assim. Todos crescemos e mudamos, e com isso nos afastamos de algumas pessoas e conhecemos outras. Nossas idéias mudam, nossos sonhos, nossos ideais de vida, nada fica o mesmo.
Eu ainda acredito na existência de melhores amigos, não foi só na minha infância, só que quando essa frase tem um pra sempre no fim, eu tenho que discordar. Melhores amigos para sempre, não, acho que não devemos perdurar essa frase dessa maneira. As vezes algumas coisas são mais complicadas do que parecem, e na hora que algum amigo tiver que escolher entre ele e nós, ele vai escolher ele mesmo.
É meio triste de algum modo que essa seja a verdade, mas nada pode muda-la. Eu tenho meus amigos, mas eu não sei o quanto pode durar, simplesmente não sei...
Só sei de uma coisa, eles existem para mim, e quando precisarem eu estarei lá.
Eles existem, e fazem de mim uma pessoa melhor.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Chick-Lit
"Chick-Lit é a literatura voltada para o sexo feminino, vulgarmente chamada de 'Literatura de Mulherzinha'. A despeito de todas as criticas, Chick-Lits são romances leves, divertidos e charmosos, que são o retrato da mulher moderna, independente, culta e audaciosa." (Fonte Wikipédia)
Muitas pessoas odeiam Chick-Lit, a discriminam chamando-a de literatura de mulherzinha. Chick-Lit é muito mais que isso, é uma literatura que usa ao mesmo tempo o humor e romance, e essa junção transforma o livro em algo viciante e ajuda mais garotas a enfrentarem seus próprios problemas.
Não falem para mim que isso é 'lixo literário" ou algo do tipo, quem leu de verdade sabe o que eu estou dizendo. As pessoas, na maioria das vezes homens, falam que essa leitura é totalmente desnecessária, é que de nada vai adiantar gastarmos tempo com isso, mas não é bem assim, garanto que eles nunca se prestaram a ler um Chick-Lit, garanto que se lessem no mínimo dois livros desse gênero a opinião deles ou delas, por que algumas mulheres também não gostam, mudaria bastante.
Acho que nunca é tarde para conhecer, aprender e ler. Já li Chick-Lit's com mais de 400 páginas em menos de um dia. Vegetei no sofá, na cama e na cadeira, mas não me arrependi.
O que eu mais queria era ter criatividade e inspiração o bastante para escrever um Chick-Lit, acho isso magnífico e muito bem feito. Se não gostam pelo menos aceitem, eu leio e amo. Mas gosto de muitos outros gêneros de livros também. Se for um livro tem que ser lido. E se ninguém disse que se arrependeu de ler, é por que valeu a pena.
No Brasil a literatura Chick-Lit ainda é pouco conhecida, e tem pouquíssimos escritores que se aventuram a isso. Mas tomara que um dia ela evolua, e com essa evolução as pessoas percam o preconceito.
Algumas dicas de Chick-Lit que gostei: A rainha da fofoca - Meg Cabot, O garoto da casa ao lado - Meg Cabot, Todo o garoto tem - Meg Cabot, Sushi - Marian Keyes, Férias - Marian keyes, Los Angeles Marian Keyes, Os delírios de consumo de Becky Bloom - Sophie Kinssela, Samantha Sweet executiva do lar - Sophie Kinssela, Fazendo meu filme - Paula Pimenta. O último é de uma escritora brasileira, e acho que vale a pena ler.
Beijos e espero que gostem das minhas dicas, tenho certeza que não vai ser perda de tempo.
Muitas pessoas odeiam Chick-Lit, a discriminam chamando-a de literatura de mulherzinha. Chick-Lit é muito mais que isso, é uma literatura que usa ao mesmo tempo o humor e romance, e essa junção transforma o livro em algo viciante e ajuda mais garotas a enfrentarem seus próprios problemas.
Não falem para mim que isso é 'lixo literário" ou algo do tipo, quem leu de verdade sabe o que eu estou dizendo. As pessoas, na maioria das vezes homens, falam que essa leitura é totalmente desnecessária, é que de nada vai adiantar gastarmos tempo com isso, mas não é bem assim, garanto que eles nunca se prestaram a ler um Chick-Lit, garanto que se lessem no mínimo dois livros desse gênero a opinião deles ou delas, por que algumas mulheres também não gostam, mudaria bastante.
Acho que nunca é tarde para conhecer, aprender e ler. Já li Chick-Lit's com mais de 400 páginas em menos de um dia. Vegetei no sofá, na cama e na cadeira, mas não me arrependi.
O que eu mais queria era ter criatividade e inspiração o bastante para escrever um Chick-Lit, acho isso magnífico e muito bem feito. Se não gostam pelo menos aceitem, eu leio e amo. Mas gosto de muitos outros gêneros de livros também. Se for um livro tem que ser lido. E se ninguém disse que se arrependeu de ler, é por que valeu a pena.
No Brasil a literatura Chick-Lit ainda é pouco conhecida, e tem pouquíssimos escritores que se aventuram a isso. Mas tomara que um dia ela evolua, e com essa evolução as pessoas percam o preconceito.
Algumas dicas de Chick-Lit que gostei: A rainha da fofoca - Meg Cabot, O garoto da casa ao lado - Meg Cabot, Todo o garoto tem - Meg Cabot, Sushi - Marian Keyes, Férias - Marian keyes, Los Angeles Marian Keyes, Os delírios de consumo de Becky Bloom - Sophie Kinssela, Samantha Sweet executiva do lar - Sophie Kinssela, Fazendo meu filme - Paula Pimenta. O último é de uma escritora brasileira, e acho que vale a pena ler.
Beijos e espero que gostem das minhas dicas, tenho certeza que não vai ser perda de tempo.
Imagem: Google
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Dois L's para contar história
A cabeça de Luísa estava a mil, falar ou não falar? As mãos suavam, o corpo tremia todo. Uma grande decisão a tomar, grande demais para ela que era tão pequena. Ele vinha se aproximando, o garoto que ouvia todos os seus problemas, todos os seus medos, ele viu as maiores alegrias de Luísa, estava ali quando ela sofreu pelo primeiro amor, quando tomou bomba em matemática e chorou ao cair de bicicleta. Brincadeiras, sorrisos, abraços e mil histórias para contar, uma amizade antiga, e ao mesmo tempo tão presente.
- Oi Luísa, tenho uma coisa para te contar - foi a primeira coisa que ele disse ao vê-la, quando na verdade, ela é que tinha o chamado ali para dizer o quanto o amava - você estava com uma voz estranha no telefone, achei que tinha acontecido alguma coisa.
- Não, não aconteceu nada, mas, por favor, Léo, fala o que você tem pra falar antes, eu insisto, e quando eu quero, eu consigo, você sabe.
- Tudo bem, eu falo, eu falo - ele hesitou, pegou um pouco de ar e continuou - estou namorando com a Rita - ele expressou com aqueles olhos verdes, que esperava dela pulos de alegria, ou algo do tipo.
Mas ela engoliu em seco, aquilo doeu mais do que levar um tapa por algo que não tinha motivo. Seu olhar desiludido a entregou.
- O que foi Lu? Aconteceu alguma coisa? - a voz dele era preocupada e desapontada.
- Não, não, nada, imagina - lutou contra as lágrimas, e não deixou seus olhos nem ao menos marejarem com aquele triste acontecimento - que maravilha isso, ela é tão bonita, tão loira, tão perfeita... - suas últimas palavras foram ditas tão baixo que ele não ouviu.
- Que bom que gostou, estou louca para apresentar vocês duas, um dia a gente pode sair juntos, tomar um sorvete, ou ir ao cinema... Se você quiser claro - ali ela percebeu como é incrível alguns homens não notarem absolutamente nada - mas, o que você tinha para me contar?
- Nada Léo, nem era assim tão importante, esquece isso - ela falou com um tom de verdade que nem sua própria mãe iria notar a tristeza de suas palavras.
- Você tem certeza? - ele ergueu as sobrancelhas para aquelas mentiras que passaram despercebidas.
- Claro que tenho, vamos dar uma volta? - ela sorriu, um sorriso amarelo, sem forças sem convicção.
- Claro, mas tenho que voltar logo para a casa, vou sair com Rita.
- Sem problemas - ela virou o rosto para esconder os olhos dessa vez brilhando com as lágrimas que estavam prestes a descer.
À noite, na sua cama antes dormir, olhando para o teto Luísa percebeu que não tinha para quem contar seus problemas. Seu único amigo, seu único amor, já tinha alguém com quem partilhar decepções e alegrias. Lágrimas molharam seu travesseiro, e ela ficou ali, ao som de uma solidão extremamente barulhenta, que fazia sua mente borbulhar pelos destroços de um coração partido. Uma, duas horas passaram, já era de madrugada quando ela adormeceu, e com somente uma coisa em sua mente: iria esquecê-lo.
A manhã seguinte chegou, era um domingo. À tarde seus pais saíram, e ela ficou sozinha em casa, pronta para se lamentar de sua terrível vida, dois toques na porta fizeram ela se levantar do sofá e encarar a vida.
- Calma, já estou indo - ela gritou da cozinha, onde acabava de deixar seu brigadeiro.
Abriu a porta e encontrou ali a pessoa que fizera ela sentir a dor de um amor não correspondido. Leonardo.
- Oi Lu, eu tentei te ligar, mas você não atendeu, pensei que podia estar em casa, resolvi dar uma passada pra ver se estava tudo bem - e esse era o problema de ser vizinha da pessoa que se gostava. Ela tentou não demonstrar o que sentia, mas foi difícil.
- Hmmm, oi, eu, bom... - ela travou, ela nunca travava com ele. Ele era a pessoa que mais a entendia que mais a escutava que sabia absolutamente tudo sobre ela.
- O que aconteceu Luísa? Você andou chorando?- ele a olhou com mais calma - Seus olhos estão inchados, me fala, o que está acontecendo! - ele exigiu uma resposta.
- Nada, é que, bom, umas coisas ai - ela sentou no sofá e virou o rosto para a parede, ela estava vermelha, dessa vez encabulada, por medo de falar o que sentia.
- Umas coisas ai? Não existe nenhum segredo entre nós esqueceu? - ele sentou ao lado dela, e delicadamente com a mão direita foi puxando seu rosto e virando-o para seu lado.
Lágrimas desciam e passeavam tortas e incompreensíveis pelas bochechas dela. Ele estava aflito para saber o que se passava, mas nada foi dito por ela.
- Pode me dizer o que aconteceu? - a voz dele saiu rouca e para quem prestasse mais atenção um pouco nervosa.
- É que... - ela parou e olhou para baixo, não sabia se conseguiria dizer isso olhando em seus olhos, ergueu a cabeça novamente, teria que enfrentar - eu acho que eu te amo.
As palavras foram sopradas para os ouvidos de Leonardo, e pairou lentamente na sua cabeça, o fazendo flutuar. Seu olhar poderia ter vagado por mil anos luz, mas ainda estava exatamente ali.
- Eu só queria que você soubesse que eu vou ficar bem, e mesmo te amando e sofrendo por você, eu te entendo, a Rita é uma boa garota e...
Ele deu um grande beijo nela, ela correspondeu, mas parou, botou as mãos em seus ombros e o empurrou levemente.
- Sabe, eu não gosto de ser a outra - mais lágrimas, aquele beijo a faria sofrer mais ainda - por que você me beijou?
- Luísa, eu terminei com a Rita, não dava certo, quando eu contei para você eu vi a decepção em seus olhos, percebi que você importa bem mais que ela, você é a única garota que me compreendeu, e eu espero nunca te perder. Ontem eu percebi que eu te amo...
Eles se abraçaram forte em cima do sofá de Luísa, as paredes viram tudo, e o abajur poderia ter ligado tamanha era a energia presente ali. Folhas caíram de árvores fora da casa, e flores desabrocharam. Pétalas foram embora com a correnteza, e alguém pulou uma onda no mar. Mas tudo não passa do processo natural das coisas. Um beijo, algumas promessas, e dois L's para contar história.
- Oi Luísa, tenho uma coisa para te contar - foi a primeira coisa que ele disse ao vê-la, quando na verdade, ela é que tinha o chamado ali para dizer o quanto o amava - você estava com uma voz estranha no telefone, achei que tinha acontecido alguma coisa.
- Não, não aconteceu nada, mas, por favor, Léo, fala o que você tem pra falar antes, eu insisto, e quando eu quero, eu consigo, você sabe.
- Tudo bem, eu falo, eu falo - ele hesitou, pegou um pouco de ar e continuou - estou namorando com a Rita - ele expressou com aqueles olhos verdes, que esperava dela pulos de alegria, ou algo do tipo.
Mas ela engoliu em seco, aquilo doeu mais do que levar um tapa por algo que não tinha motivo. Seu olhar desiludido a entregou.
- O que foi Lu? Aconteceu alguma coisa? - a voz dele era preocupada e desapontada.
- Não, não, nada, imagina - lutou contra as lágrimas, e não deixou seus olhos nem ao menos marejarem com aquele triste acontecimento - que maravilha isso, ela é tão bonita, tão loira, tão perfeita... - suas últimas palavras foram ditas tão baixo que ele não ouviu.
- Que bom que gostou, estou louca para apresentar vocês duas, um dia a gente pode sair juntos, tomar um sorvete, ou ir ao cinema... Se você quiser claro - ali ela percebeu como é incrível alguns homens não notarem absolutamente nada - mas, o que você tinha para me contar?
- Nada Léo, nem era assim tão importante, esquece isso - ela falou com um tom de verdade que nem sua própria mãe iria notar a tristeza de suas palavras.
- Você tem certeza? - ele ergueu as sobrancelhas para aquelas mentiras que passaram despercebidas.
- Claro que tenho, vamos dar uma volta? - ela sorriu, um sorriso amarelo, sem forças sem convicção.
- Claro, mas tenho que voltar logo para a casa, vou sair com Rita.
- Sem problemas - ela virou o rosto para esconder os olhos dessa vez brilhando com as lágrimas que estavam prestes a descer.
À noite, na sua cama antes dormir, olhando para o teto Luísa percebeu que não tinha para quem contar seus problemas. Seu único amigo, seu único amor, já tinha alguém com quem partilhar decepções e alegrias. Lágrimas molharam seu travesseiro, e ela ficou ali, ao som de uma solidão extremamente barulhenta, que fazia sua mente borbulhar pelos destroços de um coração partido. Uma, duas horas passaram, já era de madrugada quando ela adormeceu, e com somente uma coisa em sua mente: iria esquecê-lo.
A manhã seguinte chegou, era um domingo. À tarde seus pais saíram, e ela ficou sozinha em casa, pronta para se lamentar de sua terrível vida, dois toques na porta fizeram ela se levantar do sofá e encarar a vida.
- Calma, já estou indo - ela gritou da cozinha, onde acabava de deixar seu brigadeiro.
Abriu a porta e encontrou ali a pessoa que fizera ela sentir a dor de um amor não correspondido. Leonardo.
- Oi Lu, eu tentei te ligar, mas você não atendeu, pensei que podia estar em casa, resolvi dar uma passada pra ver se estava tudo bem - e esse era o problema de ser vizinha da pessoa que se gostava. Ela tentou não demonstrar o que sentia, mas foi difícil.
- Hmmm, oi, eu, bom... - ela travou, ela nunca travava com ele. Ele era a pessoa que mais a entendia que mais a escutava que sabia absolutamente tudo sobre ela.
- O que aconteceu Luísa? Você andou chorando?- ele a olhou com mais calma - Seus olhos estão inchados, me fala, o que está acontecendo! - ele exigiu uma resposta.
- Nada, é que, bom, umas coisas ai - ela sentou no sofá e virou o rosto para a parede, ela estava vermelha, dessa vez encabulada, por medo de falar o que sentia.
- Umas coisas ai? Não existe nenhum segredo entre nós esqueceu? - ele sentou ao lado dela, e delicadamente com a mão direita foi puxando seu rosto e virando-o para seu lado.
Lágrimas desciam e passeavam tortas e incompreensíveis pelas bochechas dela. Ele estava aflito para saber o que se passava, mas nada foi dito por ela.
- Pode me dizer o que aconteceu? - a voz dele saiu rouca e para quem prestasse mais atenção um pouco nervosa.
- É que... - ela parou e olhou para baixo, não sabia se conseguiria dizer isso olhando em seus olhos, ergueu a cabeça novamente, teria que enfrentar - eu acho que eu te amo.
As palavras foram sopradas para os ouvidos de Leonardo, e pairou lentamente na sua cabeça, o fazendo flutuar. Seu olhar poderia ter vagado por mil anos luz, mas ainda estava exatamente ali.
- Eu só queria que você soubesse que eu vou ficar bem, e mesmo te amando e sofrendo por você, eu te entendo, a Rita é uma boa garota e...
Ele deu um grande beijo nela, ela correspondeu, mas parou, botou as mãos em seus ombros e o empurrou levemente.
- Sabe, eu não gosto de ser a outra - mais lágrimas, aquele beijo a faria sofrer mais ainda - por que você me beijou?
- Luísa, eu terminei com a Rita, não dava certo, quando eu contei para você eu vi a decepção em seus olhos, percebi que você importa bem mais que ela, você é a única garota que me compreendeu, e eu espero nunca te perder. Ontem eu percebi que eu te amo...
Eles se abraçaram forte em cima do sofá de Luísa, as paredes viram tudo, e o abajur poderia ter ligado tamanha era a energia presente ali. Folhas caíram de árvores fora da casa, e flores desabrocharam. Pétalas foram embora com a correnteza, e alguém pulou uma onda no mar. Mas tudo não passa do processo natural das coisas. Um beijo, algumas promessas, e dois L's para contar história.
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domingo, 3 de janeiro de 2010
Sonhos, sorrisos e alguns suspiros de alívio.
Um olhar erguido, um olhar perdido. Uma mente que sobrevoa o mundo da solidão, o mundo da exaustão. Um título, um caderno sem rabiscos. Uma pena no ar, e um anzol no mar. Maria, ficava apenas na janela a esperar. Um nome comum, ou será que ninguém é somente mais um?
Sonhos descendo pela cachoeira, e amores tentando conseguir resultados. Um pé de couve crescendo ali, e outro sonho se despedaçando aqui. João dando passos lentos e demorados. Será que tudo isso é mesmo mais uma história infantil? Ou será que não passa de dores de uma pessoa ardil?
Cachos dourados, silhuetas apertadas, quem sabe voltamos alguns séculos, ou ainda tudo pode não passar de um baile de carnaval.
Frases que não dão certo, coisas certas que não são frases. Um ponto ali, outro aqui, e depois achamos que o vento poderia ter cor. Maria resolve ir para a floresta. E nem tudo no mundo fica seguro para sempre.
Os casulos se despedaçaram, e João decidiu dar uma volta. Cores estranhas, quantas cores estranhas. Uma folha cinza, e uma árvore azul, de repente uma moeda que não é ouro, não é bronze. Tudo indefinido, tudo espalhado. Olhos embaçados, gotas de suor no chão.
Um pulo dois pulos. O silêncio, sem vozes, sem sussurros. Maria tenta gritar, mas nada sai. Gargantas trancadas, precisamos achar as chaves.
Um fio de cabelo no ar, um bilhete rasgado no chão, tudo isso não passa de João. Um riso estridente levanta a terra que ainda está inconsciente no chão. Uma grande verruga no nariz. Será que passamos a página sem prestar atenção?
Uma casa doce, e um menino gordo. Será a fogueira está quente o bastante? Um osso mordido na mão, e o olhar aflito no chão. Uma gaiola fechada, uma mulher mal amada.
Canibal, ou será que ela é mesmo tão anormal?
Um momento de desatenção, e lá se vai mais uma vida sem salvação. Besteiras, manhãs sem paixão, ou será que é verdade que tudo vai acabar sem perdão?
Uma chave achada, e uma lágrima perdida. Um barulho suave de um tricô se abrindo. Um pulo ao chão e passos correndo em meio a escuridão.
João se esconde em sua casa, o mais longe possível, provavelmente no porão.
Maria corre e corre, consegue sem nenhuma explicação entrar em baixo do seu colchão.
Uma última lágrima, e quatro pálpebras fechadas entrando em um mundo que pessoas sem salvação vão morrer sem ao menos conhecer. Sonhos, sorrisos e alguns suspiros de alívio.
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sábado, 2 de janeiro de 2010
Sob o céu de Paris
Bonjour mon amour
Vocês nunca se sentiram calmos a ponto de quase sair voando por ai? Leveza, plenitude, somente salvos pelas cordas que amarraram em nossos pés.
Se algum de vocês se sentiu assim, descobriu por que? Não? Pois então descubra, existe algo maravilhoso em estar calmo e bem consigo mesmo, me senti ontem assim, e agora neste exato momento está acontecendo de novo. Merveilleux.
E o melhor de tudo, eu descobri o que me deixa calma. Música francesa. Vocês estão achando estranho, ou até podem estar rindo de mim. Mas a música francesa ainda vai me deixar calma, é simplesmente perfeito. Ela descansa o meu cérebro e no final ainda é capaz de me fazer sorrir. Faz lembrar amores, e esquecer sua dores, doce... Muito doce...
Então vocês me perguntam, onde você achou música francesa sua maluca? E então eu direi, nas minhas andanças atrás de blogs legais encontrei um chamado Sob o céu de Paris. A direita desse blog vocês encontrarão uma rádio, e lá vocês poderão ouvir as músicas que me fizeram suspirar. Magnifique.
E essa é minha deixa, suspirem, sejam leves e bóiem na plenitude de toda essa vida que existe ao redor de vocês. Cortem as cordas, e não esqueçam de agradecer a Deus todos os dias pelo seu bem mais precioso. A vida.
Mille embrassades mon amour
Vocês nunca se sentiram calmos a ponto de quase sair voando por ai? Leveza, plenitude, somente salvos pelas cordas que amarraram em nossos pés.
Se algum de vocês se sentiu assim, descobriu por que? Não? Pois então descubra, existe algo maravilhoso em estar calmo e bem consigo mesmo, me senti ontem assim, e agora neste exato momento está acontecendo de novo. Merveilleux.
E o melhor de tudo, eu descobri o que me deixa calma. Música francesa. Vocês estão achando estranho, ou até podem estar rindo de mim. Mas a música francesa ainda vai me deixar calma, é simplesmente perfeito. Ela descansa o meu cérebro e no final ainda é capaz de me fazer sorrir. Faz lembrar amores, e esquecer sua dores, doce... Muito doce...
Então vocês me perguntam, onde você achou música francesa sua maluca? E então eu direi, nas minhas andanças atrás de blogs legais encontrei um chamado Sob o céu de Paris. A direita desse blog vocês encontrarão uma rádio, e lá vocês poderão ouvir as músicas que me fizeram suspirar. Magnifique.
E essa é minha deixa, suspirem, sejam leves e bóiem na plenitude de toda essa vida que existe ao redor de vocês. Cortem as cordas, e não esqueçam de agradecer a Deus todos os dias pelo seu bem mais precioso. A vida.
Mille embrassades mon amour
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
O azul do mar
Ela já estava entorpecida pela estonteante beleza do azul do mar. O sol começava a aparecer, e seus olhos ardiam por causa da luz amarela que despontava no horizonte. Baixou a cabeça tentando lembrar o que a tinha feito chegar ali, alcool, drogas e talvez alguns caras divertidos. Tudo, e ao mesmo tempo nada. Parou, olhou para cima, o vento forte fez seus cabelos voarem com força contra sua cara amassada. Ela estava com a expressão segura, parecia uma mulher independente. A verdade é que ela era. Mas tudo um dia tem seu preço. Tudo.
- A essa hora na praia? - voz estranha, em uma hora estranha e em um lugar estranho.
- Parece que sim - ela tentou ser indiferente, nada importava nem de quem era a voz, e nem o que ele poderia fazer. Ela estava de costas para ele, não iria nem perceber se ele a matasse.
- Simpatia as seis da manhã não é uma de suas qualidades - o barulho de seus passos na areia chegavam cada vez mais perto.
- Se eu ainda tiver alguma, por favor me avise.
- Bom posso dizer que vestidos pretos colados ficam ótimos em você - ele deu um sorriso divertido, mas ela não viu, ainda estava de costas.
- E quem é você? Um maluco atrás de alguém que possa incomodar? - ela sentou na areia, e largou suas sandálias ao lado, estava cansada daquelas brincadeiras tolas dos homens com quem saia.
- Bom depende de como você me ve - quem era aquela garota, ele nem tinha visto o rosto dela e já estava louco para tê-la em seus braços. Ele foi chegando mais perto, estava a apenas um metro dela.
- Eu ainda não te vi, esse é o problema - e não estava curiosa, mais um cara comum, mais um que a faria sofrer.
- Quer dar uma volta na praia? - ele ficou nervoso, e se ela não aceitasse?
- Talvez, mas garanto que se me conhecesse de verdade preferiria sair correndo agora.
- E se eu for pior que você? Se esqueceu que eu posso ser um maluco atrás de alguém pra incomodar?
- Se você for pior que eu... Bom, teremos que descobrir o que vai acontecer - ela se levantou, sua vida afinal era assim, imprevisível, uma montanha-russa de sentimentos.
Aos poucos ela foi se virando. O olhos dele encontram com os dela. Ele não era o que ela esperava. Era muito mais. Com cara de que se virou na vida, mas conseguiu suportar tudo muito bem. Sua expressão mostrava que ele não a faria sofrer, e se fizesse, ela sabia que seria forte o bastante para aguentar.
Ele viu nos olhos dela medo, medo do que poderia acontecer, os lábios dela eram tão perfeitos que se não tivesse um pouco de razão iria acabar indo com a emoção e beijaria os lábios dela. Ele fez um movimento leve com a mão, como se quisesse dizer então vamos? Ela hesitou, olhou nos olhos dele, como se penssasse "vamos ver se você é capaz" e falou:
- Antes, que tal um mergulho?
- Se é isso que você quer - ele viu que ela estava falando sério.
Ela sorriu, pensando que se ele continuasse correspondendo a tudo que ela fazia, ela acabaria se apaixonando. E nesse milésimo em que ela se desligou do mundo, ele passou correndo na frente dela, e pela primeira vez ela notou que roupa ele estava usando, um smoking. Entrou no mar correndo, ela não esperou mais nada, e foi junto.
Um, dois mergulhos, ele a pegou e a abraçou, deu um grande beijo nela, e nada nem ninguém poderia separa-los. Talvez aquilo não fosse nada, talvez fosse tudo, tudo dependia de como suas vidas continuariam.
- A essa hora na praia? - voz estranha, em uma hora estranha e em um lugar estranho.
- Parece que sim - ela tentou ser indiferente, nada importava nem de quem era a voz, e nem o que ele poderia fazer. Ela estava de costas para ele, não iria nem perceber se ele a matasse.
- Simpatia as seis da manhã não é uma de suas qualidades - o barulho de seus passos na areia chegavam cada vez mais perto.
- Se eu ainda tiver alguma, por favor me avise.
- Bom posso dizer que vestidos pretos colados ficam ótimos em você - ele deu um sorriso divertido, mas ela não viu, ainda estava de costas.
- E quem é você? Um maluco atrás de alguém que possa incomodar? - ela sentou na areia, e largou suas sandálias ao lado, estava cansada daquelas brincadeiras tolas dos homens com quem saia.
- Bom depende de como você me ve - quem era aquela garota, ele nem tinha visto o rosto dela e já estava louco para tê-la em seus braços. Ele foi chegando mais perto, estava a apenas um metro dela.
- Eu ainda não te vi, esse é o problema - e não estava curiosa, mais um cara comum, mais um que a faria sofrer.
- Quer dar uma volta na praia? - ele ficou nervoso, e se ela não aceitasse?
- Talvez, mas garanto que se me conhecesse de verdade preferiria sair correndo agora.
- E se eu for pior que você? Se esqueceu que eu posso ser um maluco atrás de alguém pra incomodar?
- Se você for pior que eu... Bom, teremos que descobrir o que vai acontecer - ela se levantou, sua vida afinal era assim, imprevisível, uma montanha-russa de sentimentos.
Aos poucos ela foi se virando. O olhos dele encontram com os dela. Ele não era o que ela esperava. Era muito mais. Com cara de que se virou na vida, mas conseguiu suportar tudo muito bem. Sua expressão mostrava que ele não a faria sofrer, e se fizesse, ela sabia que seria forte o bastante para aguentar.
Ele viu nos olhos dela medo, medo do que poderia acontecer, os lábios dela eram tão perfeitos que se não tivesse um pouco de razão iria acabar indo com a emoção e beijaria os lábios dela. Ele fez um movimento leve com a mão, como se quisesse dizer então vamos? Ela hesitou, olhou nos olhos dele, como se penssasse "vamos ver se você é capaz" e falou:
- Antes, que tal um mergulho?
- Se é isso que você quer - ele viu que ela estava falando sério.
Ela sorriu, pensando que se ele continuasse correspondendo a tudo que ela fazia, ela acabaria se apaixonando. E nesse milésimo em que ela se desligou do mundo, ele passou correndo na frente dela, e pela primeira vez ela notou que roupa ele estava usando, um smoking. Entrou no mar correndo, ela não esperou mais nada, e foi junto.
Um, dois mergulhos, ele a pegou e a abraçou, deu um grande beijo nela, e nada nem ninguém poderia separa-los. Talvez aquilo não fosse nada, talvez fosse tudo, tudo dependia de como suas vidas continuariam.
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