Um olhar erguido, um olhar perdido. Uma mente que sobrevoa o mundo da solidão, o mundo da exaustão. Um título, um caderno sem rabiscos. Uma pena no ar, e um anzol no mar. Maria, ficava apenas na janela a esperar. Um nome comum, ou será que ninguém é somente mais um?
Sonhos descendo pela cachoeira, e amores tentando conseguir resultados. Um pé de couve crescendo ali, e outro sonho se despedaçando aqui. João dando passos lentos e demorados. Será que tudo isso é mesmo mais uma história infantil? Ou será que não passa de dores de uma pessoa ardil?
Cachos dourados, silhuetas apertadas, quem sabe voltamos alguns séculos, ou ainda tudo pode não passar de um baile de carnaval.
Frases que não dão certo, coisas certas que não são frases. Um ponto ali, outro aqui, e depois achamos que o vento poderia ter cor. Maria resolve ir para a floresta. E nem tudo no mundo fica seguro para sempre.
Os casulos se despedaçaram, e João decidiu dar uma volta. Cores estranhas, quantas cores estranhas. Uma folha cinza, e uma árvore azul, de repente uma moeda que não é ouro, não é bronze. Tudo indefinido, tudo espalhado. Olhos embaçados, gotas de suor no chão.
Um pulo dois pulos. O silêncio, sem vozes, sem sussurros. Maria tenta gritar, mas nada sai. Gargantas trancadas, precisamos achar as chaves.
Um fio de cabelo no ar, um bilhete rasgado no chão, tudo isso não passa de João. Um riso estridente levanta a terra que ainda está inconsciente no chão. Uma grande verruga no nariz. Será que passamos a página sem prestar atenção?
Uma casa doce, e um menino gordo. Será a fogueira está quente o bastante? Um osso mordido na mão, e o olhar aflito no chão. Uma gaiola fechada, uma mulher mal amada.
Canibal, ou será que ela é mesmo tão anormal?
Um momento de desatenção, e lá se vai mais uma vida sem salvação. Besteiras, manhãs sem paixão, ou será que é verdade que tudo vai acabar sem perdão?
Uma chave achada, e uma lágrima perdida. Um barulho suave de um tricô se abrindo. Um pulo ao chão e passos correndo em meio a escuridão.
João se esconde em sua casa, o mais longe possível, provavelmente no porão.
Maria corre e corre, consegue sem nenhuma explicação entrar em baixo do seu colchão.
Uma última lágrima, e quatro pálpebras fechadas entrando em um mundo que pessoas sem salvação vão morrer sem ao menos conhecer. Sonhos, sorrisos e alguns suspiros de alívio.
Imagem: Google
a muito fofa sua história eu ameii õ/
ResponderExcluir"Uma última lágrima, e quatro pálpebras fechadas entrando em um mundo que pessoas sem salvação vão morrer sem ao menos conhecer. Sonhos, sorrisos e alguns suspiros de alívio."
muito boa beijão D:
Que bom que gostou das previsões, haha. Ótima história, você escreve muito bem MESMO. Ótimo 2010 pra você, beijosss
ResponderExcluirTem talento hein! Gostei da história!! Aliás, estou gostando de passar por aqui. Além de segui-lá já adicionei aos blogs que frequentemente leio. Beijos!!!
ResponderExcluirQue lindo, você escreve melhor a cada texto, gosto muito daqui :)
ResponderExcluirBeijos
Bela história. Adorei o estilo da tua escrita. É... diferente, não sei. Mas é de um jeito bom.
ResponderExcluirVou ouvir mais música francesa pra ver se me inspira xD
Beeijos.
ola companheira de blog, obg pela visita!
ResponderExcluir:* vou te seguir.