Ela pediu para nos encontrarmos na casa da árvore que fica no jardim de minha casa, eu não sabia o porque desse pedido, mas agora olhando para ela eu entendia. Foi ali que passamos os melhores dias de nossa vida. Os mais engraçados, os mais divertidos e os mais interessantes.
Ela pegou minhas mãos e as apertou, olhou para mim com os olhos marejados, mas não deixou de mostrar o quanto sentia de estar indo embora.
- Carlos, promete que não esquece de mim? - ela me perguntou descrente que eu responderia sim, baixou a cabeça e chorou.
- Marta, olha nos meus olhos - ela continuou com a cabeça baixa, com a minha mão ergui sua cabeça e o olhar dela foi de encontro ao meu - eu nunca vou me esquecer de você, você sabe que eu te amo muito, e que mesmo separados nós vamos continuar sendo amigos, Marta, confia em mim, nós vamos nos ver novamente. Nem que para isso eu tenha que virar o mundo atrás de você, acredita em mim?
- Sim - aquilo não foi bem um sim, estava mais para um resmungo, mas eu deixei passar.
Eu a abracei, com força, aquele seria um dos últimos abraços. Não parecia real, ela fazia parte de mim, quando ela fosse não existiria mais um Carlos completo, ou um Carlos que ajudva alguém. Seria só o Carlos, um qualquer e sem amigos. A saudade seria enorme, só ganharia da distância.
- Vamos descer - eu falei -, já está anoitecendo.
Ela hesitou, não queria sair da casa na árvore, sabia que fora dali existia um mundo real, com desasatres, choros e as vezes alguns sorrisos.
- Vamos - ela falou se levantando, mas não sem antes deixar uma lágrima cair - está mesmo tarde.
Eu desci a escada de madeira, estava ficando velha, mas ainda aguentava o nosso peso. Ela desceu logo depois.
- Sabe Carlos, eu nunca me esquecerei de você - ela foi descendo lentamente, eu já havia chegado ao chão - e nunca me esquecerei deste lugar.
Ela botou os pés no chão e ao mesmo tempo que ela fazia isso eu a abraçava, dessa vez ela chorou de verdade, um choro com som, e não como se fosse atrapalhar alguém.
Depois de dar tchau para meus pais a levei até o portão. O sol estava se pondo, e ela foi com passos lentos até sua casa, vi ela pela última vez, tão única... Tão Marta.
Imagem: Google
"Para aqueles que também tem um lugar especial e um amigo especial, independente do lugar e do amigo"
Pauta para Upon Once a Time, frase: "e nunca me esquecerei deste lugar".
GINNY! *-*
ResponderExcluirQue liindo!!
ResponderExcluirBoa sorte para 'nozes'!
:D
Beijoo!
Lindo, Lindo, Lindo.
ResponderExcluirNossa, Alessandra, eu me sinto em casa no teu blog, sabia? Eu ADORO seus textos, eles sempre tem um fundo de verdade, não importa se não queremos vê-la. Obrigada por escrevê-los.
Beijos