Minha marca é poder dizer não quando ouço milhões de vozes dizendo sim, minha marca é poder soltar meu corpo e girar na chuva. Minha marca é conseguir sorrir quando a tristeza avança, amargurando meu coração. Minha marca é, às vezes sem querer, passar uma ideia a diante. Minha marca é me sentir mal ao escrever ideia sem acento.
Minha marca é esquecer de colocar uma música para tocar quando estou no computador, é ler mil vezes a mesma frase de um livro para entende-la totalmente, ou ler um livro em um dia achando que abalei.
Minha marca é gostar de ler Clarice Lispector antes das oito da manhã, ou colocar a cabeça pra fora da janela para arejar as ideias. Minha marca é perder o celular uma vez por semana, tropeçar de dez em dez passos e fingir que é normal, mesmo me sentindo mal.
Minha marca é rimar, mesmo odiando. Minha marca é não achar uma palavra que se encaixasse perfeitamente depois de odiando, é achar que a frase ficou incompleta, é querer deletar o texto inteiro.
Minha marca é a imperfeição mais agressiva. E é um agressivo tão desajeitado...
Minha marca é não chorar, minha marca é chorar, minha marca é me contradizer, me maldizer, me auto-flagelar.
Minha marca para mim é inexistente se comparada a de outros. Para minha mãe é mais importante que todos esses outros. Mas e quando ela se for, quem lembrará?
Minha mão, :B |
Todas as palavras já escritas.
ResponderExcluir