Eu tenho dessas coisas, de dizer que sei o que falar que sei o que fazer, mas na verdade eu não sei. Acho que eu sou uma brutamonte engaiolada, e ainda não aprendi a fugir, de mim mesma nem dos outros.
Poucas coisas me emocionam de verdade, ou me afligem de modo aterrorizador, o que mostra que minha vida é um tédio ou que eu tenho um coração de pedra e nervos de aço, e sinceramente essas duas opções me deixam enojada.
Hoje de manhã o sol apareceu.
Não vou negar que tenho meus dias ruins, mas sei também que existem os dias bons, em que parece que eu bebi a felix felicis e nada pode dar errado quando eu estou assim.
Mas milhões de coisas giram em torno de mim, e eu sei que bombas são feitas para estourar, e eu sou o que eu chamaria de bomba eterna, depois que eu estouro começo a contagem regressiva de novo, que pode ser para daqui a dez dias ou dez minutos, depende quem está ao meu lado, e onde eu estou.
Os meus sentimentos são intocados de tal maneira que tenho medo de abrir o porta-jóias que os guarda. A chave está perdida, não me atrevo a procurar, tenho medo de descobrir qual é o tamanho do estrago dentro de mim, dos tão intocados sentimentos.
Eu mesma me contradisse neste último parágrafo, peço desculpas, mas essa sou eu, cheia de curvas morais.
Esse texto é uma limpeza na alma, um up geral em mim mesma, esse texto sou eu querendo expor o que eu guardo em mim sinto, o que eu sou, ou o que eu pretendia ser.
Não sou muito boa em falar de mim mesma, eu minto, não para melhor, também não vou dar uma de humilde e dizer que é pra piorar, simplesmente minto, digo que meus sentimentos são intocados, quando na verdade não são, não os que ficam fora da caixinha pelo menos, eu omito partes, como por exemplo, não dizer que antes de fazer sol hoje de manhã, parecia que ia chover.
Essa realmente sou eu, com muitas delongas, muitas palavras soltas, e algumas frases que se encaixam.
Foto: Por mim! haahaa
"[...]O que é a vida? Por que viver? Viva, responderão a você, enquanto não morre. Fácil de dizer! Pois é: Apaixonar-se quando jovem, depois casar-se, fazer filhos e a caminho da velhice preparar almoços, retorcendo-se em resmungos sem esperança: é essa a vida? Será que eu quero uma vida assim? Eu quero me tornar grande, extraordinária. Sonhos, sonhos! Somente os sonhos me dão a possibilidade de ser feliz, pelo menos de vez em quando.
"Oh, como gosto de escrever! Pois é, escrevi e me acalmei. Como se a mão de alguém tivesse rearrumado tudo na minha alma, de tal modo que não permaneceu sequer uma partícula infinitesimal que possa me perturbar [...]".
Página 29 de O diário de Nina, prometo fazer uma sinopse desse livro e indicar, depois de eu terminar de lê-lo é claro. Nina é como Anne frank, mas não está presa, vive sob o regime de Stalin, e sofre por isso. Era 1932 e ela estava com 14 anos quando escreveu isso, em 1937 ela foi presa pelas coisas que havia escrito no diário, contra o governo e segundo a NKVD contra o povo!
Beijos, Alessandra.
Escreve o que sinto é o que sei fazer de melhor, rs. É bom desabafar através da escrita também. Nos faz sentir bem...(eu pelo menos), rs.
ResponderExcluirTambém tô precisando disso, embora a sensação de vazio persista, não me deixando perceber meus próprios sentimentos.. enfim!
ResponderExcluirTem selinho pra vc no meu blog..
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