E pra piorar a situação com os pais ia de mal a pior, sua mãe vivia dando discursos sobre Roxane ser melodramática demais, e que nada disso iria ajuda-la. E seu pai não falava nada, quando ele dizia tinha que ser feito.
Ela já havia tentado de tudo, mas não tinha se dado muito bem em nenhuma das suas tentativas falhas.
Sua mãe estava sentada no impecável sofá branco, na sala de estar, quando Roxane chegou atrapalhando sua concentração na última Vogue que havia saído.
Ela sentou ao lado da mãe, e tentou ao máximo fazer uma cara de cachorrinho abandonado. Sua mãe sempre tivera mais poder que seu pai, mesmo que ele desse sempre a última palavra.
- Mãe? - ela falou timidamente.
- Sim, Rox... - Débora ainda estava com os olhos grudados na revista.
- Você não vai sentir saudades de mim?
- Am... - ela ergueu o rosto e lançou um olhar felino para Roxane - claro que vou querida, nós só estamos pensando o que é melhor para você e...
- E o melhor para mim é ir para o Geneva College Women - Roxane a interrompeu.
- Exatamente querida, e espero que você já tenha se despedido de todos na sua escola, eu sei que é horrível interromper o seu ano letivo nesse ponto, mas suas aulas à tarde eram para esse motivo, para se adiantar e chegar ao mesmo ponto que todas as garotas na Suíça, se anime garota, você sabe que a mamãe te ama, não é? - e dizendo isso voltou à atenção para uma modela magérrima com um lindo vestido amarelo, o qual parecia que Débora havia se apaixonado.
Roxane de uma resmungada, mas logo saiu de cena, ela sabia que a mãe não queria ser malvada com ela, mas ela estava em cima de um muro entre chutar a cara de sua mãe ou chutar a porta e sair correndo, e ela sabia que as duas opções eram bem anti-realistas no momento. Não queria lembrar do namorado que um dia teve, e nem de sua amiga, era melhor deixar esquecido em algum canto inexplorado de seu cérebro, pelo menos por enquanto.
Então foi até a cozinha onde provavelmente encontraria Margo, ela lhe daria um bom chá de camomila, um biscoito de chocolate e palavras que a fariam se sentir melhor.
***
Margo era rechonchuda e tinha um ar "mãezona", as vezes com a cabeça enrolada em um pano, e outras com um rabo de cavalo. Usava aventais diferentes a cada dia, as vezes floridos, as vezes de uma cor só, era alegre e cativante, começava a crescer madeixas brancas em sua cabeleira ruiva fogo. Era comum em todos os aspectos, nem se botasse uma cesta de frutas como Carmen Miranda conseguiria aparecer.
Às vezes Roxane achava que ela era o que valia estar viva, quando recebia notas baixas ela a fazia estudar, quando seu pai só fazia ela ter mais recuperações e receber mais xingamentos.
Olhando para o passado Roxane conseguia ver mais Margo do que sua própria mãe, algo que era totalmente inaceitável, pois não foi dentro de Margo que ela passou nove meses, foi em Débora, não era pra ter um laço mais forte correndo entre elas?
Mas esses pensamentos eram passageiros, era ela feliz, isso que importava.
Imagem:VanessaClass'
P.S.: Essa história está ficando incomumente grande, nunca escrevi nada que passasse de quatro capítulos, e bom, pelo jeito esse vai passar, um dos meus objetivos para 2010 era escrever algo maior do que 20 páginas, vou conseguir! Se vocês quiserem ver os outros capítulos eles estão AQUI!.
P.S.²: Achei um blog muito criativo e legal, Eu podia..., é sobre tudo que queríamos fazer. Ele tem postangens pequenas (uma foto e uma frase), eu particularmente já li todas, e achei ótimas, nos fazem pensar que as vezes poderíamos dar mais de nós e esquecer um pouco o que é certo ou errado. Tem poucos seguidores e eu não sei quem o escreve, mas parabéns para a pessoa, por que a idéia é maravilhosa.
Beijos e bom começo de semana para todos, espero ter dado uma boa leitura.
Ainda bem que eu pedi pra ti continuar.
ResponderExcluirTô amando a história *---*
beijos
aleeee, sério, essa história ta muito boa,
ResponderExcluire é bom tu continua mesmo (y)
HAHA. mas de verdade, ta boa demais.
<3333